ARLA/CLUSTER: TDT: Subsídios a grupos carenciados para que a televisão chegue a todos

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quinta-Feira, 10 de Março de 2011 - 13:41:17 WET


Governo garante subsídios a grupos carenciados para que televisão chegue a todos

O Governo garante que vai subsidiar os grupos com menores recursos financeiros, os cidadãos com necessidades especiais e as instituições de cariz social para garantir que todos os portugueses tenham acesso à televisão digital terrestre (TDT).  

"Todos os portugueses vão poder assistir [à TDT] independentemente do local onde vivam e dos seus rendimentos, através de um programa de subsidiação aos grupos de menores recursos financeiros, cidadãos com necessidades especiais e instituições de comprovada valia social", disse hoje o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça. 

O ministro falava durante a apresentação da primeira campanha de sensibilização da opinião pública portuguesa sobre o 'switch-off' (cessação das emissões analógicas) e passagem definitiva para o digital em Abril de 2012, mas escusou-se a esclarecer mais pormenores sobre os subsídios a atribuir ao ser questionado pelos jornalistas após a iniciativa. 

Durante a apresentação, António Mendonça sublinhou desta forma duas ideias: a necessidade de garantir um adequado período de passagem do analógico para o digital até ao "apagão" final e da igualdade de oportunidades. 

Em declarações anteriores à Lusa, o Governo já tinha dito que as pessoas com grau de deficiência de pelo menos 60 por cento, as que recebem rendimento social de reinserção ou pensões inferiores a 500 euros vão ter direito a comparticipações de cerca de 50 por cento na compra dos descodificadores. 

"Somos o primeiro país da Europa com cobertura total", disse António Mendonça, lembrando 2,7 milhões de habitações não serão afectadas, restando apenas cerca 1,5 milhões de lares com televisão por antena o que obriga à migração para a TDT. 

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), José Amado da Silva, frisou a questão da igualdade, admitindo que a "dificuldade é atingir o 'todos'" e sublinhando que "o que é decisivo" é que nenhum português fique excluído. 

"O caminho é difícil, vamos ter vários pontos de referência, mas também é possível alguns desencantos. O nosso desafio não é só fazer o 'switch-off é para que cada português não fique sem televisão", reforçou. 

A campanha de sensibilização da opinião pública arrancou hoje em diversos suportes, como a televisão, rádio, imprensa, internet e também no exterior, e terá duas fases - a de sensibilização para a mudança e, mais tarde, em Setembro ou Outubro a de obrigatoriedade de mudança. 

A TDT permite melhor qualidade de imagem e som, transmissão em alta definição, pausa da emissão e gravação de programas para USB, mas estas últimas funções só estão disponíveis em descodificadores mais caros. 

Fonte:Lusa 





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