ARLA/CLUSTER: Uma experiência promissora e outra vez as pilhas especiais.

Miguel Andrade ct1etl gmail.com
Sexta-Feira, 14 de Janeiro de 2011 - 22:27:03 WET


Caros colegas, 

No seguimento da minha intervenção no tópico " Curiosidades ", começo por
vos apresentar uma experiência simples que me chamou a atenção.
A descoberta foi acidental e, para que não restem dúvidas, não estou a
defender que funcione, apenas estou a partilhar uma experiência que irei
reproduzir, pois estou bastante céptico sobre os resultados apontados.
Interessante projecto a experimentar -
http://diy-free-electricity.com/2011/01/how-to-get-free-energy-from-static-e
lectricity/?tid=tkarpenpile. 
Não é necessariamente só quando a trovoada vos ameaçar as transmissões, mas
para quem usa este tipo de antena, pode desligar o extremo que liga ao
sintonizador. e seguir as instruções -
http://www.nikolateslasecret.com/?hop=greenopt, ( vejam o filme ). 
Seguindo a teoria, até podem começar a recarregar o telemóvel com uma antena
de HF !?!?!?
Só depois de ensaiar é que terei opinião formada.

No entanto este tópico surgiu pelo culminar de uma promessa minha, há cerca
de uma semana.
Tal como informei na altura, a minha disponibilidade é de facto muito
escassa, mas compromissos são compromissos.
Já esta madrugada, após umas trocas de mensagens que terminaram só às 0:26
de ontem, lá estive às voltas pela Internet para vos trazer algumas
novidades e satisfazer, dessa forma, a minha própria curiosidade.
Queria começar por esclarecer que partilho da ideia de que, ao nível da
tecnologia e conhecimento actuais, as máquinas de movimento perpétuo, também
conhecida como motores contínuo, são ainda uma quimera.
Quanto à chamada Pilha de Karpen, criada por Vasiliescu Karpen, a tal que
supostamente deveria ter parado de funcionar há muitos anos mas, ao que
parece, presumivelmente um jornal da Romeno testemunhou que ela ainda
indicava os níveis de energia normais ( 1 volt ) há algum tempo atrás.
ficará ainda muito para explorar.
Tal como o colega Eduardo Arraia e outros, continuo algo descrente, até
porque não estudei o suficiente sobre o assunto nem os próprios cientistas
estarão muito convencidos dos fundamentos pelos quais tal desempenho poderia
ter tido lugar ou ser explicado. 
A teoria defendida por alguns, é que há uma transformação da energia térmica
em energia mecânica, outros baseiam-se nas leis da termodinâmica, mas
ninguém está ( que eu tenha conhecimento ) até agora, em condições de dar
uma explicação não " sobrenatural ".
O assunto tem dado que falar, tanto na Roménia, como no estrangeiro, o que
quer dizer que a resposta não será talvez tão linear como nós pensamos.
O meu interesse não está ligado ao facto de poder ser ou não uma eventual
máquina de movimento perpétuo, mas na qualidade de ser uma potencial fonte
de energia alternativa, embora não tenha agora quaisquer ilusões sobre a
aplicabilidade ao radioamadorismo.  
Convinha no entanto começar por confirmar uma suspeita minha.
O museu apontado pelo colega Eduardo Arraia é um homónimo do que nos
interessa, ou seja, do Muzeul National Tehnic Prof. Ing. Dimitrie-Leonida,
situado na morada Str Candiano Popescu 2, Bucuresti , 75206, Roménia e não
na República Checa.
Vejam as seguintes ligações para compreenderem a localização ou para
conhecerem o museu:
http://www.electricaserv.ro/en/muzeu.jv.php/
http://wikimapia.org/1097383/Dimitrie-Leonida-National-Technical-Museum
http://www.informator.md/en/tourist-information/romania/bucuresti/free_time_
entertainment-museums_and_memorial_houses-prof._ing._dimitrie_leonida_techni
cal_museum-79-bucuresti/

A Pilha de Karpen

De acordo com as várias fontes consultadas, parece que de momento a Pilha de
Karpen não está em exposição pública, no museu anteriormente referido, por
questões de segurança, uma vez que aparentemente a instituição diz não
possuir orçamento para investir na segurança do artefacto.
No entanto, na página do museu, a pilha ainda consta do espólio anunciado -
« Pilele Karpen cu electrozi din aur şi platina, construite de Vasilescu
Karpen, fostul rector al Politehnicii în perioada 1920 - 1940 »; (
http://www.cimec.ro/Muzee/mteh/mteh.htm; acedido em 14-01-2011 à 1:47  ).

Graças à troca de mensagens privadas que se sucedeu à minha intervenção no
tópico " Curiosidades ", lançado pelo colega Manuel Jesus, recebi do colega
Paulo Fernandes uma interessante pista para aprender mais sobre esta
curiosidade, assim como outras referências sobre a questão das pilhas secas
-
http://ppp.unipv.it/Collana/Pages/Libri/Saggi/Nuova%20Voltiana3_PDF/cap5/5ne
w.pdf.
Concordo plenamente com as observações deste colega quando escreve que «
estas pilhas funcionam à muito tempo uma vez que a energia que lhes é
solicitada é muito pouca ( na ordem dos mW ) mas inevitavelmente acabaram
por se esgotarem da mesma forma que todas as outras onde as cargas são muito
superiores ».
Esta opinião é partilhada por mim e já a havia levemente aflorado na nossa
troca de mensagens particulares, no entanto há um parágrafo fundmental,
utilizado como exemplo, quando escreve - « imagine apenas um reactor atómico
dum submarino que apenas é " carregado " de 25 em 25 anos e as cargas que
lhe são solicitadas.
Agora imagine o mesmo a ser consumido apenas por uma lâmpada de bicicleta...
».
Já o colega Eduardo Arraia, numa das respectivas mensagens, havia
contribuído, de forma indirecta, através de um outro documento disponível
nas hiperligações da Wikipédia, o qual ajuda a compreender melhor a
explicação matemática para um funcionamento contínuo da Pilha de Karpen -
For a Continuous Working of The Vasiliescu-Karpen's Concentration Pile (
http://snet.elth.pub.ro/snet2004/Cd/circ/circ_O1.pdf; acedido pela última
vez a 14-01-2011 à 1:50 ).

No escasso tempo que me restou para pesquisa, encontrei mais dados da
constituição da pilha na " patente " do invento ( " Brevet D'Invention " )
e outros documentos de interesse podem ser encontrados em -
http://exvacuo.free.fr//div/Sciences/Experiences/Piles/.
Fiz esta descoberta num dos numerosos tópicos em fóruns onde o assunto é
debatido. 
Há informações interessantes que mais tarde terei muito gosto em partilhar
convosco, nomeadamente se alguém demonstrar interesse e a mesma curiosidade
do que eu.
De momento, aqui ficam alguns exemplos curiosos de algumas intervenções nos
fóruns, mas que eu desejaria muito de ter visto, senão discutidos desta
forma aqui no nosso, pelo menos abordados alguns destes pontos de vista :

Exemplo 1 : http://www.overunity.com/index.php?topic=10208.0 ( acedido a
14-01-2011 à 1:57 ) 

This article stipulates that a Karpen's battery is still working after 60
years: 
http://www.greenoptimistic.com/2010/12/25/karpen-pile/  

Vasilescu-Karpen, Romanian physicist, proposed batteries without chemical
reactions. They are made from an ionic solution in contact either with two
unreactive electrodes of different materials or of same material but one
completely immersed and the other partially or with two identical electrodes
in two non-miscible solutions in contact.

When the battery is producing a current, it becomes depolarized after a
while. After being disconnected, it polarizes slowly, and the cycle can
continue forever without chemical reaction or material consumption.
Vasilesco-Karpen says that current consumption lowers the battery
temperature, thus that energy is supplied by the environment ( constituting
a Maxwell's demon ). 

Vasilescu-Karpen seems to be a serious scientist. He has published numerous
papers accepted by the official French Academy of Sciences and still
readable in the archives. I have gathered some of them as well as its patent
(sorry, all in French): 
http://exvacuo.free.fr//div/Sciences/Experiences/Piles/  
See particularly his papers of 1927. 

I read also his more theoretical papers. Obviously he is not a crackpot. I
did not find any refutation of his theory. So there are many reasons to
think it could be very interesting to build and test different kinds of his
batteries - I will try myself -, to see the magnitude of the supplied power
and verify that we are really outside the framework of conventional
batteries ( in which the electrodes and/or electrolytes are consumed ).


Exemplo 2 : http://forum.softpedia.com/index.php?showtopic=220252 ( acedido
a 14-01-2011 às 2:15 - original em Romeno, pelo que a interpretação é minha,
não é de confiança e deverá ser lida com muitas reservas por essa razão ).

Desconheço se o inventor buscava a realização de uma máquina de movimento
perpétuo, contudo o conhecimento que dominamos actualmente sobre esse
assunto, indica-nos que essa conquista é impossível. 
Em relação à Pilha de Karpen, na minha opinião, não é difícil acreditar que
a mesma existe, mas será mais fácil explicar o seu funcionamento pelas
antigas crenças da bruxaria do que pela actual ciência.
Embora alguns sejam difíceis de verificar, devemos assumir os dados que se
seguem :

1 - Este dispositivo existe.
2 - É mantido em temperatura constante e não há ligações eléctricas a fontes
externas [ de fornecimento de energia ], assim como não existe qualquer
ligação a outro dispositivo de [ controlo ? ] de temperatura.
3 - O que consta da respectiva composição não causa reacções químicas, ou
melhor, nada é consumido.
4 - O dispositivo está isolado das ondas electromagnéticas, ou melhor, a
energia produzida é maior do que o que iria absorver eventualmente através
das ondas electromagnéticas.
5  - Ainda assim produz energia.

Então quais das seguintes opções são aceitáveis ? 

A - Se este mecanismo se trata de um caso exemplar de motor contínuo ( parte
inteligível para mim ), mas não observar as leis da termodinâmica, então o
que é tem de especial para funcionar ? 

B - Deve existir uma outra causa ( para além do acima exposto, caso
contrário, esta discussão é inútil ). O que poderá ser ? Deve haver uma
explicação qualquer para o seu funcionamento.

C - Deve existir algo para invalidar uma ( parte inteligível para mim ) das
condições 1 a 5.
Se assim for, não há discussão possível.

Pessoalmente, defendo a hipótese C, mas gostaria de ter outras opiniões. Uma
máquina de movimento perpétuo é algo muito importante e eu não quero desviar
a discussão como " X acreditando em Y, mas tendo Z sido demonstrado ". Pode
não ser um argumento sério.

Não sei se a minha interpretação do texto estará correcta na totalidade ou
no essencial, mas foi o que se arranjou. Se alguém tiver conhecimentos de
língua Romena poderia ajudar-nos, traduzindo esta discussão, não do início
até ao fim, mas pelo menos algumas intervenções, dado que a mesma me pareceu
promissora ( apesar das limitações provocadas pelo desconhecimento da língua
).

A terminar, apesar das fontes não serem da minha maior confiança, aqui vão
algumas notícias em Inglês :

http://www.greenoptimistic.com/2010/12/25/karpen-pile/
http://uk.ibtimes.com/articles/20101227/karpen-039pilebattery-produces-energ
y-continuously-since-1950-exists-romanian-museum.htm
http://gizmodo.com/5724818/this-battery-has-been-working-for-60-years?utm_so
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Com esta intervenção não pretendo, de forma alguma, desacreditar anteriores
intervenções dos colegas, mas sim chamar a atenção para um assunto que pode
vir a ter algum interesse suplementar para alguns e reavivar o tema...


73's de Miguel Andrade ( CT1ETL )
IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
CQ Zone 14 ********* ITU Zone 37
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