Re: ARLA/CLUSTER: Evolução do D-Star.

Antonio Matias ct1ffu gmail.com
Quinta-Feira, 6 de Janeiro de 2011 - 12:07:48 WET


Bom, aparte destas caldeiradas queria fazer um reparo:

O D-start é um modo de transmissão como outro qualquer.
Pode ser usado por operadores ponto-a-ponto, ou como se vulgarizou o termo "
nas directas"
Nada obriga que o D-star seja usado apenas em repetidores ou através da
Internet.
Assim sendo, é valido como qualquer outro modo para QSO, mesmo que seja em
concursos.

Melhores 73
Matias
CT1FFU-CR5A

No dia 6 de Janeiro de 2011 10:32, João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt
> escreveu:

> Caro colega Pinto, CT1ANO.
>
> Pelas suas palavras sou levado a acreditar que infelizmente não conseguiu
> atingir o cerne do exemplo que dei.
>
> Mais uma vez me deu a entender que não está muito aberto a compreender onde
> quis chegar com o aforismo do caso real que usei, vejamos se consigo
> comunicar-me de forma a que a “falta de argumentação” não seja uma barreira
> intransponível para a ideia que gostaria de partilhar consigo
> particularmente, e com todos os restantes subscritores deste Fórum, a fim de
> os convidar a reflectirem sobre um determinado número de questões essenciais
> para se compreender o Radioamadorismo actual.
>
> Independentemente de lhe proporcionar ou não alguma informação fundamental
> e muito importante sobre o sistema D-Star, a qual não considera nas suas
> intervenções, partilho, com toda a generosidade, apenas os seguintes 2
> pontos de partida (e questões anexas), para eventualmente poder vir a
> meditar, de outra forma, acerca do Radioamadorismo actual:
>
> - Admitamos que, pelo facto de um qualquer sistema de radiocomunicações no
> Serviço de Amador estar ligado a outros meios de telecomunicações, não possa
> ser encarado como uma forma de radiocomunicações clássica dos
> Radioamadorismo até finais do século passado.
> Dado que, em várias etapas, nomeadamente naquela em que o sinal é difundido
> nas faixas de frequências autorizadas no Serviço de Amador, o processo se
> comporta como uma forma tradicional de radiocomunicações no Serviço de
> Amador... Acha que é justo ou até razoável afirmar que se trata de um
> «sistema de comunicação não radioamadoristica»? Será mesmo que os contactos
> em D-Star são só consumados exclusivamente via Internet?
>
> Compreendo que é um entusiasta fervoroso dos desafios do Dx em Ondas Curtas
> e em VHF, um "atleta" dos concursos via rádio, se sintam algo distanciado
> dos contactos em longa distância com a intervenção “divina” dessa forma de
> propagação que pouco falha nem oferece resistência, conhecida pelo nome de
> Internet... mas será que faz algum sentido radicalizar opiniões de forma
> obtusa e intransigente, relegando o D-Star e o Echolink para um plano
> perverso, como se fosse uma transgressão, uma ofensa, um pecado ou um delito
> ao Radioamadorismo?
>
> Será que pelo facto de uma estação repetidora D-Star fazer uso de complexos
> sistemas de radiocomunicações em frequências de micro-ondas (que a
> esmagadora maioria dos Radioamadores nacionais não tem condições
> tecnológicos ou o conhecimentos técnicos para as implementar), nomeadamente
> nos feixes direccionados de ligação entre o local onde se encontra e o ponto
> de rede mais próximo, distante muitas dezenas de quilómetros... Será que
> podemos dizer, com absoluta convicção e clareza, que estamos perante uma
> faceta pouco técnica e de condição subalterna no Radioamadorismo?
>
> Será justo proibir aos colegas que de outra forma não teriam condições ou
> autorização para montarem uma antena de HF ficarem privados de comunicar com
> estações estrangeiros?... só pelo facto de isso não ser um Dx e a Internet
> ter aí um papel decisivo?... ou «quem não tem unhas não toca guitarra»?
>
> - O que é o Radioamadorismo no século XXI?... e o Serviço de Amador? (serão
> a mesma coisa ou coisas diferentes?).
>
> Tudo o que não é tradicional não pode vir a ter lugar no Serviço de Amador?
>
> Os jovens que não sentem o mínimo de interesse pelas formas tradicionais do
> Radioamadorismo no século XX... não podem ser Radioamadores no século XXI?
>
> Quem não tem possibilidade de montar uma estação típica do paradigma
> proposto pelos colegas conservadores, não tem o direito de experimentar
> outras modalidades?... ou temos que respeitar apenas aqueles puritanos e
> fundamentalistas que exigem estarmos todos habilitados a construir os nossos
> próprios equipamentos, termos espaço para elementos radiantes até para
> bandas como os 160 m, 80 m ou para os 40 m, bancadas, instrumentação com uma
> certa complexidade... um curso técnico de radioelectricidade?
>
> O Echolink é uma das escassas soluções para o colega Fernando Percheiro
> (CT1UP), senão mesmo a única, não estará você a defender a renuncia a um
> direito fundamental de um cidadão licenciado para o Serviço de Amador?
>
> Paralelamente pergunto-me... será que o D-Star não constitui de forma
> alguma um aspecto de progresso técnico-científico?... ou deveremos apenas
> configurar as nossas estações para a telegrafia (manipulação por tudo ou
> nada) sem modulação por uma frequência audível, utilizando o Código Morse?
>
> Onde deve parar a evolução?... no preconceito?
>
> Será o arquétipo tradicionalista o que mais fará evoluir e fazer crescer o
> interesse pelo Radioamadorismo?
>
> Será útil para todos (e cada um individualmente) não aceitarmos e
> respeitarmos a multiplicidade, a diversidade, a variedade e a abundância de
> opções técnicas ao nosso dispor no Serviço de Amador?... será útil
> catalogar, classificar pejorativamente e dividir?... ou... criar classes
> para além das oficiais, em que uns são “Radioamadores de Primeira” e outros
> “Radioamadores de Segunda”?
>
> Sem querer melindrá-lo, permita-me uma última brincadeira que espero não me
> leve a mal: se andar pelos nossos próprios meios (leia-se a pé), fosse a
> única forma permitida de locomoção ao ser humano, nomeadamente porque todas
> as outras eram indignas, ignóbeis ou impróprias... a nossa civilização seria
> certamente muito diferente hoje em dia (mesmo que se tivesse inventado a
> roda ou a hélice para outros fins).
>
> Dito isto, gostaria que pensasse melhor e não deixasse de andar de carro,
> de experimentar o helicóptero ou de usar o barco nas suas viagens...
> respeitando também quem opta pela bicicleta. Se para si pedalar numa
> bicicleta é descabido... pense só na utilidade que essa forma de locomoção,
> por alguns considerada desprezível, pode fazer por biliões de seres humanos
> que não têm actualmente outra alternativa de transporte.
>
> A terminar e só a titulo de informação geral; o crescimento do D-star e do
> OpenDstar que já está quase com a mesma quota de repetidores; no D-Star vai
> com 658 repetidores, no Dextra já vao em 417. Se isto não é evolução, o que
> será evolução!?
>
> João Costa, CT1FBF
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:
> cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Pinto
> Enviada: terça-feira, 4 de Janeiro de 2011 20:15
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: Evolução do D-Star.
>
> Boas uma vez mais.
> E agora para terminar com o devido respeito pelo colega CT1UP que não
> deveria ter vindo a esta discussão.
> Na verdade eu não vejo onde o infortúnio deste Colega tenha qualquer coisa
> a ver com Radioamadorismo, Piedade não por favor.
> Desta forma, por falta de argumentação do interlocutor nada mais tenho a
> dizer.
> Pinto  CT1ANO
>
>
>
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de João Gonçalves Costa
> Enviada: terça-feira, 4 de Janeiro de 2011 19:08
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: Evolução do D-Star.
>
> Boa Noite Colega Pinto, CT1ANO.
>
> Gostaria que um dia, para tal basta ir a um Echolink e fazer essa mesma
> pergunta ao colega Fernando Percheiro (CT1UP)que se encontra confinado a uma
> cama numa Casa de Repouso para idosos.
>
> Será que os seus contactos via internet, pois que não tem outra forma de
> poder comunicar com o mundo que sempre foi seu e quer continuar a estar
> ligado até ao fim dos seus dias, são Radioamadorismo..? A resposta que
> obtiver, é a mesma que eu lhe posso dar.
>
> João Costa, CT1FBF
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Pinto
> Enviada: terça-feira, 4 de Janeiro de 2011 18:39
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: Evolução do D-Star.
>
> Boa noite Colega João.
> Então o meu Amigo também é dos que acha que os contactos via internet são
> Radioamadorismo ?
> Agora surpreendeu-me.
> Pinto  CT1ANO
>
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de João Gonçalves Costa
> Enviada: terça-feira, 4 de Janeiro de 2011 12:16
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: ARLA/CLUSTER: Evolução do D-Star.
>
>  Caro Colega Pinto, CT1ANO.
>
> Não sei em que dados baseia as suas afirmações, mas não devem ser
> certamente nas mesma fontes que as minhas que relatam exactamente, e com
> possibilidades de aferição online, precisamente o contrario. Aconselho-o a
> verificar periodicamente os dados disponibilizados em:
> http://www.dstarusers.org/dsm_growth.html
>
> Por sua vez e em Portugal, não conheço nenhuma associação, que tenha
> anunciado a devolução dos equipamentos antes pelo contrario, existe sim a
> intenção de expandir o sistema com a colocação dos dispositivos já
> anunciados, em pleno funcionamento e com ligação à Internet.
>
> João Costa, CT1FBF
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Pinto
> Enviada: segunda-feira, 3 de Janeiro de 2011 23:47
> Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
> Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: Radioamadorismo Pobre/Rico existe?
>
> Boas noites.
> Partilho a ideia de que o D-Star é um sistema de comunicação (não
> radioamadoristica), que pelas dificuldades de implementação encontradas pela
> empresa que o desenvolveu (falta de aceitação) foi obrigada a abandonar não
> sem antes tentar vender todo o que puder do stock existente, a uns tantos
> incautos que agora não querendo reconhecer o logro em que se meteram (vulgo
> ensopar com batatas) continuam tentando dar vida ao morto.
> Entre os apoiantes desse tipo de comunicações, encontra-mos alguns
> responsáveis por Associações que por acaso agora, em tempos de falta de ( AR
> ) possivelmente terão de devolver os equipamentos e provavelmente outras
> coisas, porque na verdade Amigo Gomes não é uma questão de ricos ou pobres
> aquela coisa não é Radioamadorismo e ponto final.
> Pinto  --CT1ANO
>
>
>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
>
> _______________________________________________
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>
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>
>
-------------- próxima parte ----------
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