Re: ARLA/CLUSTER: Notícias da AMRAD: Adormecido no espaço durante 40 anos
Rui A. Caldeira
ct1dnj gmail.com
Sexta-Feira, 23 de Dezembro de 2011 - 13:57:13 WET
Sr. Vilela,
Quando diz que
"... A novidade está mesmo no facto de alguém se dar ao trabalho de
"alongar semanticamente" meia dúzia de factos mal digeridos e fabricar uma
notícia que aparenta ser tendenciosa, enganosa ou até mesmo falsa,
misturando o Posat em tom menor. Com que intriga? Não me atrevo a especular
em público. ..."
o que posso dizer é que "*tendencioso, enganoso e falso*" é dizer que o
satélite é português! A única coisa portuguesa neste satélite foi o cheque
emitido para o pagar!!! E se tiver a tal *pachorra* para investigar melhor
poderá chegar à conclusão de que até o papel desse cheque foi feito a
partir de pasta de celulose importada da Finlândia!!
ct1dnj
2011/12/22 AV <radiophilo gmail.com>
> sr. Caldeira,
>
> Obrigado pelo seu comentário, tão pertinente como oportuno.
> A mim também me aconteceu ler e reler a notícia para ficar mais ou menos
> na mesma:
>
> Sobre o satélite, o artigo diz que esteve "adormecido no espaço durante 40
> anos", para logo a seguir dizer que teve uma vida operacional de 2 anos e
> que "foi contactado regularmente durante cerca de 25 anos". Apesar disso,
> os tais outros ingleses "conseguiram manter este satélite em funcionamento
> depois de 40 anos a viajar no espaço em órbita terrestre", mas o artigo
> conclui que "O grupo de cientistas que em 1971 desenvolveram o satélite
> X-3, colocaram em 2011 o satélite Prospero a funcionar depois de ter estado
> 40 anos adormecido no espaço". Ao invés do Posat, claro!
>
> Uma vez que o artigo pouco esclarece, fiz uma breve pesquisa sobre o
> assunto e aprendi o seguinte:
>
> 1. O Prospero teve uma vida operacional de 2 anos.
> 2. Foi contactado uma vez por ano durante 24 anos (até 1996).
> 3. Em Setembro deste ano (2011) houve uma iniciativa (ainda em curso) para
> tentar retomar o contacto com o satélite.
> 4. Devido à antiguidade do satélite e possivelmente ao longo tempo desde o
> fim da sua vida operacional, não se encontrou durante algum tempo
> documentação técnica necessária à operação do satélite, julgando-se esta
> ter sido perdida.
> 5. A equipa de universitários que está a tentar reactivar o satélite
> contactou alguns colaboradores do projecto original no sentido de obter os
> códigos de comando do satélite, sem sucesso.
> 6. Finalmente encontraram os códigos escritos num papel numa biblioteca.
> 7. Infelizmente, apesar de várias tentativas feitas até agora (Dezembro de
> 2011), esta equipa não obteve sucesso em contactar o satélite.
>
> Referências:
> http://en.wikipedia.org/wiki/Prospero_(satellite)
> http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-14783135
> http://blogs.ucl.ac.uk/prospero-satellite/
>
>
> Perguntará o sr. Caldeira com inteira propriedade "mas o que é que o Posat
> tem a ver com isto tudo?". Pois também não lhe sei dizer, mas diria que
> quem atribua o minimo de crédito á notícia, ainda que indevido, ficará com
> a ideia que o Posat não saiu muito bem visto.
>
> Quem, como eu, acompanha de forma distante estes temas dos satélites, sabe
> ou pelo menos ouviu dizer que isto de recuperar satélites já desactivados
> não é novidade nenhuma e que não é descabido esperar que tanto o Prospero
> como outros satélites venham a ser reactivados com sucesso.
> A novidade está mesmo no facto de alguém se dar ao trabalho de "alongar
> semanticamente" meia dúzia de factos mal digeridos e fabricar uma notícia
> que aparenta ser tendenciosa, enganosa ou até mesmo falsa, misturando o
> Posat em tom menor. Com que intriga? Não me atrevo a especular em público.
>
> Mas diz o sr. Caldeira e muito bem, que o reuso dos satélites é uma coisa
> boa e que não nos deve passar ao lado. Não podia concordar mais. Olhemos
> então para o exemplo do Posat. Julga-se que terá uma vida orbital ainda de
> umas boas dezenas de anos. Se é verdade o que se diz de se poderem ter
> curto-circuitado as suas baterias, então há esperança que, à semelhança do
> que já aconteceu a outros satélites
> <http://www.amsat.org/amsat-new/satellites/satInfo.php?satID=9>o Posat
> volte à vida. Se isso acontecer, o facto de o satélite poder operar nas
> bandas de amador torna-o muitíssimo mais interessante para nós do que o
> Prospero. Não é expectável que a informação técnica necessária para operar
> o satelite se perca numa biblioteca qualquer. Há até uma organização em
> Portugal que tem responsabilidades e, ao que consta, capacidade técnica
> para procurar aceder e processar a informação para esclarecer a comunidade
> sobre estes assuntos.
> Receio bem, no entanto, que já todos tenhamos percebido de que lado eles
> estão e o que é que vão dizer quando abrirem a boca sobre o Posat. É pena,
> pois continua a ser o único satélite português.
>
> Agradeço e retribuo os votos de um Feliz Natal, a si e à sua família.
> Aproveito para alargar estes votos a todos os subscritores da lista
> ARLA/CLUSTER, em particular aqueles que lhe atribuem grande significado: os
> cristãos e os ateus.
>
> 73,
> António Vilela
> CT1JHQ
>
>
> 2011/12/21 Rui A. Caldeira <ct1dnj gmail.com>
>
> À atenção do sr. Vilela e sr. Osório
>>
>> Li repetidas vezes esta notícia e nela não consigo encontrar nenhum sinal
>> de maledicência relativamente ao POSAT-1, entendi sim outra coisa
>> relativamente ao reuso desse tipo de satélites, coisa que se lhes passou ao
>> lado. Deverei inferir neste caso que a negação estará do vosso lado!! E
>> que não seja por isso que deixe de desejar um Bom Natal!
>>
>> ct1dnj
>
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