ARLA/CLUSTER: Identificação de estações repetidoras de fonia em VHF/UHF

Pedro Ribeiro (CR7ABP) cr7abp gmail.com
Sexta-Feira, 22 de Outubro de 2010 - 12:36:46 WEST


Não é suposta a independência (tanto quanto possível) do radioamadorismo 
da Internet?

Se eu for para os Açores passar umas semanas, ou tenho de ir à Internet 
buscar tabelas de repetidores de fontes não oficiais e correr o risco de 
alguns até estarem fora de serviço ou da fonte por desactualização não 
ter todos os parâmetros correctos ou caso o repetidor forneça de alguma 
forma os parâmetros (tom no mínimo), poderei usa-lo sem dependência 
nenhuma e necessidade de atafulhar as escassas memórias de alguns 
equipamentos com todas as parâmetrizações de repetidores que 
hipoteticamente um dia necessitarei de usar.

Não sou contra a identificação CW ser também apenas o indicativo, no 
entanto, a não ser que se tenha uma tabela actualizada sempre à mão, 
ficamos sem saber se o repetidor em questão será o mais adequado para os 
contactos que pretendemos ...

Exemplo:
Na minha posição (QTH) recebo com boas condições nos 145,700 MHz os RV56 
de Santiago do Cacém e do Alto Trevim, Lousã.
Se não fosse utilizador frequente da zona e recebesse o anuncio de ambos 
apenas com a identificação CQ0VLO e CQ0VSTC como sabia qual usar e que 
tom de activação usar para contactos com o Algarve?
O locator ajuda neste aspecto.
Repare que muitos repetidores nem sequer permitem o "scan" do tom já que 
não enviam na emissão o tom usado na activação do módulo receptor.

73!

On 22-10-2010 12:11, Antonio Matias wrote:
> Colega Pedro.
> Tudo bem.
> Mas para que raio é precisa toda essa informação?
> Então o indicativo não basta?
> Já viu se nas matriculas dos carros usassem o mesmo sistema?
> Teria de lá vir escrito : nome do dono, morada, motor,
> chassi, combustível,  cor etc.
> É o que acontece presentemente com os repetidores. É ridículo.
> Indicativo e quanto muito o locator, mas sempre em CW seria o ideal.
>
> 73
> Matias
> CT1FFU
>
>
>
> No dia 22 de Outubro de 2010 12:03, Pedro Ribeiro (CR7ABP)
> <cr7abp  gmail.com <mailto:cr7abp  gmail.com>> escreveu:
>
>     Apesar de não ser obviamente utilizador frequente dos repetidores,
>     concordo parcialmente com a opinião.
>
>     Neste momento, até mais que o incómodo da identificação, me preocupa
>     a não identificação de outros ou o não fornecimento da informação
>     mínima necessária para o seu uso ...
>
>     Já em Junho tinha enviado para a lista um comentário similar acerca
>     deste assunto a propósito do assunto levantado à altura pelo colega
>     António Matias.
>
>     Sou perfeitamente de acordo, os parâmetros técnicos verbosos são
>     desnecessários.
>
>     Algumas sugestões que daria se tivesse opinião no assunto ...
>
>     Os repetidores devem identificar-se de 10 em 10 minutos, nunca se
>     sobrepondo a QSO em curso, caso no momento em que seria de emitir a
>     identificação a repetidor estivesse ocupado, a identificação seria
>     enviada apenas quando o utilizador terminasse a emissão.
>      > A sobreposição de áudio é deveras incómoda e inútil
>
>     A identificação completa (callsign/locator/frequência/tom/responsável)
>     seria em morse, a velocidade rápida/aceitável seguida de uma
>     identificação verbal em código fonético internacionalmente reconhecível
>     (números em inglês) do identificador do emissor somente.
>      > Encurtar anúncios e ainda assim embeber todos os detalhes técnicos
>     de forma formatada/standardizada em CW, anúncio verbal do identificador
>     apenas para quem não saiba CW
>
>     No final de cada utilização era gerado um "rogerbeep" discreto atrasado
>     de 500ms~1s em relação ao momento em que o repetidor deixa de ter
>     portadora na recepção.
>      > Para simples validação da activação de repetidores e legível
>     separação de emissões.
>
>     As emissões dos repetidores terem obrigatoriamente presente o mesmo tom
>     usado para activação
>      > Para permitir que com um simples "tone scan" o transceptor fique a
>     saber o tom para activação/uso
>      > Para permitir o uso de CTCSS e evitarmos ser incomodados por ruídos
>     que abrem o "squelch" simples de portadora quando estamos à escuta
>     de um repetidor e ainda limitar à audição de um repetidor
>     especifico, quando até nós chegarem vários na mesma frequência.
>
>     Existência de uma tabela "online" e oficial, na página do regulador,
>     com toda a parametrização técnica de cada repetidor legalizado,
>     actualizada em tempo-real, incluindo os fora de serviço/avariados.
>
>     73!
>
>     On 16-06-2010 20:57, Antonio Matias wrote:
>      > Boas
>      > Também acho deveras interessante a aberração que são os
>     identificadores
>      > dos repetidores em fonia.
>      > Aquilo é ultra-irritante, não há quem aguente andar em stand-by num
>      > repetidor.
>      > Curioso, é que tenho constatado que os demais repetidores PMR,
>      > Comerciais, Protecção-Civil etc, têm identificadores em CW. Já os
>      > amadores, que são efectivamente os únicos operadores de rádio que
>     ainda
>      > usam Morse, têm os seus repetidores com a saturante gravação de
>     fonia de
>      > 10'' em 10''  a interromper QSO's..
>      > Vá-se lá entender estas coisas....
>      > Se a Anacom não tinha ninguém que soubesse Morse, arranjasse.
>     Agora com
>      > os repetidores assim é não não há pachola para os operar.
>      >
>      >
>      > 73
>      > Matias
>      >
>     ...
>
>
>
>
>     On 22-10-2010 10:10, Sergio Matias wrote:
>
>         Relativamente aos "PROCEDIMENTOS PARA O FUNCIONAMENTO E
>         UTILIZAÇÃO DAS
>         ESTAÇÕES REPETIDORAS DE FONIA NAS FAIXAS DE VHF E UHF DO SERVIÇO DE
>         AMADOR" (link
>         <http://www.anacom.pt/streaming/RepFoniaV1_30mai08.pdf?categoryId=186442&contentId=590494&field=ATTACHED_FILE
>         <http://www.anacom.pt/streaming/RepFoniaV1_30mai08.pdf?categoryId=186442&contentId=590494&field=ATTACHED_FILE>>),
>
>         mais concretamente em:
>
>         5 - Características técnicas e operacionais comuns ao
>         funcionamento das
>         estações repetidoras:
>         vii) difusão do indicativo de chamada da estação e da respectiva
>         localização: obrigatória em fonia, com um período máximo de 10
>         minutos,
>         podendo nesta difusão ser divulgados outros dados relativos ao
>         funcionamento da estação, em fonia ou em código de Morse;
>
>         ocorrem-me três ou quatro questões:
>
>         1 - Porquê a "difusão do indicativo de chamada da estação e da
>         respectiva localização, obrigatória em fonia"? (ver nota 1)
>         2 - Aquando da aprovação/publicação deste documento, não
>         existiram vozes
>         discordantes sobre esta imposição, por forma a manter o sistema
>         anterior?
>         3 - Qual a utilidade real e prática da identificação em fonia,
>         da forma
>         exaustiva implementada em alguns repetidores?
>
>         Nota 1: Diz em "2 - Âmbito", do mesmo documento, o seguinte; "Este
>         documento não constitui um regulamento, mas apenas um conjunto
>         de linhas
>         enquadradoras do funcionamento e da utilização das estações
>         repetidoras,
>         cujas disposições serão mandatórias caso sejam expressas nas
>         licenças ou
>         na regulamentação aplicável."
>
>
>         Para um melhor enquadramento das questões, analisemos um caso
>         concreto
>         do antes (CQ0AR), e do agora (CQ0VARB) repetidor da Arrábida em VHF:
>         - antes: "CT0AR ARAS" emitido em código morse (MCW)
>         - agora: identificação em fonia "Charlie Quebec Zero Vitor Alpha
>         Romeo
>         Bravo, RV cinquenta e nove; estação repetidora de VHF da Serra da
>         Arrábida; India Mike cinquenta e oito Mike Lima; ARLA -
>         Associação de
>         Radioamadores do Litoral Alentejano; Tom: setenta e quatro ponto
>         quatro
>         Hertz"
>
>         São notórias as diferenças.. Para quem pretende utilizar o
>         repetidor,
>         necessitará de toda esta informação, periodicamente?
>
>         Para terminar.. Reconheço que é sempre muito mais fácil criticar
>         depois
>         da obra feita do que propriamente ter um papel activo e
>         determinante nas
>         alturas de decisão e recolha de opiniões. Também não sou
>         particularmente
>         grande entusiasta das comunicações em VHF/UHF FM, mas para quem
>         pretende
>         monitorizar um repetidor que tem uma identificação como a do
>         CQ0VARB (p.
>         ex.), torna-se exaustivo ao fim de pouco tempo, mesmo sem tráfego.
>
>         Fica o desabafo..
>
>         Cumprimentos,
>
>         --
>         Sérgio Matias, CT1HMN
>
>
>
>         _______________________________________________
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>         CLUSTER  radio-amador.net <mailto:CLUSTER  radio-amador.net>
>         http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
>
>     --
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>     Pedro Ribeiro
>     Indicativo: CR7ABP
>     QTH: São Francisco, Alcochete
>     GRID LOC: IM58MR
>     ** Limitado a RX em Categ. 3 até 31/03/2012 **
>     ( Decreto-Lei 53/2009, Art 8, 2a e Art 5, 3a )
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>
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