ARLA/CLUSTER: Identificação de estações repetidoras de fonia em VHF/UHF

Pedro Ribeiro (CR7ABP) cr7abp gmail.com
Sexta-Feira, 22 de Outubro de 2010 - 12:03:31 WEST


Apesar de não ser obviamente utilizador frequente dos repetidores, 
concordo parcialmente com a opinião.

Neste momento, até mais que o incómodo da identificação, me preocupa a 
não identificação de outros ou o não fornecimento da informação mínima 
necessária para o seu uso ...

Já em Junho tinha enviado para a lista um comentário similar acerca 
deste assunto a propósito do assunto levantado à altura pelo colega 
António Matias.

Sou perfeitamente de acordo, os parâmetros técnicos verbosos são 
desnecessários.

Algumas sugestões que daria se tivesse opinião no assunto ...

Os repetidores devem identificar-se de 10 em 10 minutos, nunca se
sobrepondo a QSO em curso, caso no momento em que seria de emitir a
identificação a repetidor estivesse ocupado, a identificação seria
enviada apenas quando o utilizador terminasse a emissão.
  > A sobreposição de áudio é deveras incómoda e inútil

A identificação completa (callsign/locator/frequência/tom/responsável)
seria em morse, a velocidade rápida/aceitável seguida de uma
identificação verbal em código fonético internacionalmente reconhecível
(números em inglês) do identificador do emissor somente.
  > Encurtar anúncios e ainda assim embeber todos os detalhes técnicos
de forma formatada/standardizada em CW, anúncio verbal do identificador
apenas para quem não saiba CW

No final de cada utilização era gerado um "rogerbeep" discreto atrasado
de 500ms~1s em relação ao momento em que o repetidor deixa de ter
portadora na recepção.
  > Para simples validação da activação de repetidores e legível
separação de emissões.

As emissões dos repetidores terem obrigatoriamente presente o mesmo tom
usado para activação
  > Para permitir que com um simples "tone scan" o transceptor fique a
saber o tom para activação/uso
  > Para permitir o uso de CTCSS e evitarmos ser incomodados por ruídos
que abrem o "squelch" simples de portadora quando estamos à escuta de um 
repetidor e ainda limitar à audição de um repetidor especifico, quando 
até nós chegarem vários na mesma frequência.

Existência de uma tabela "online" e oficial, na página do regulador, com 
toda a parametrização técnica de cada repetidor legalizado, actualizada 
em tempo-real, incluindo os fora de serviço/avariados.

73!

On 16-06-2010 20:57, Antonio Matias wrote:
 > Boas
 > Também acho deveras interessante a aberração que são os identificadores
 > dos repetidores em fonia.
 > Aquilo é ultra-irritante, não há quem aguente andar em stand-by num
 > repetidor.
 > Curioso, é que tenho constatado que os demais repetidores PMR,
 > Comerciais, Protecção-Civil etc, têm identificadores em CW. Já os
 > amadores, que são efectivamente os únicos operadores de rádio que ainda
 > usam Morse, têm os seus repetidores com a saturante gravação de fonia de
 > 10'' em 10''  a interromper QSO's..
 > Vá-se lá entender estas coisas....
 > Se a Anacom não tinha ninguém que soubesse Morse, arranjasse. Agora com
 > os repetidores assim é não não há pachola para os operar.
 >
 >
 > 73
 > Matias
 >
...



On 22-10-2010 10:10, Sergio Matias wrote:
> Relativamente aos "PROCEDIMENTOS PARA O FUNCIONAMENTO E UTILIZAÇÃO DAS
> ESTAÇÕES REPETIDORAS DE FONIA NAS FAIXAS DE VHF E UHF DO SERVIÇO DE
> AMADOR" (link
> <http://www.anacom.pt/streaming/RepFoniaV1_30mai08.pdf?categoryId=186442&contentId=590494&field=ATTACHED_FILE>),
> mais concretamente em:
>
> 5 - Características técnicas e operacionais comuns ao funcionamento das
> estações repetidoras:
> vii) difusão do indicativo de chamada da estação e da respectiva
> localização: obrigatória em fonia, com um período máximo de 10 minutos,
> podendo nesta difusão ser divulgados outros dados relativos ao
> funcionamento da estação, em fonia ou em código de Morse;
>
> ocorrem-me três ou quatro questões:
>
> 1 - Porquê a "difusão do indicativo de chamada da estação e da
> respectiva localização, obrigatória em fonia"? (ver nota 1)
> 2 - Aquando da aprovação/publicação deste documento, não existiram vozes
> discordantes sobre esta imposição, por forma a manter o sistema anterior?
> 3 - Qual a utilidade real e prática da identificação em fonia, da forma
> exaustiva implementada em alguns repetidores?
>
> Nota 1: Diz em "2 - Âmbito", do mesmo documento, o seguinte; "Este
> documento não constitui um regulamento, mas apenas um conjunto de linhas
> enquadradoras do funcionamento e da utilização das estações repetidoras,
> cujas disposições serão mandatórias caso sejam expressas nas licenças ou
> na regulamentação aplicável."
>
>
> Para um melhor enquadramento das questões, analisemos um caso concreto
> do antes (CQ0AR), e do agora (CQ0VARB) repetidor da Arrábida em VHF:
> - antes: "CT0AR ARAS" emitido em código morse (MCW)
> - agora: identificação em fonia "Charlie Quebec Zero Vitor Alpha Romeo
> Bravo, RV cinquenta e nove; estação repetidora de VHF da Serra da
> Arrábida; India Mike cinquenta e oito Mike Lima; ARLA - Associação de
> Radioamadores do Litoral Alentejano; Tom: setenta e quatro ponto quatro
> Hertz"
>
> São notórias as diferenças.. Para quem pretende utilizar o repetidor,
> necessitará de toda esta informação, periodicamente?
>
> Para terminar.. Reconheço que é sempre muito mais fácil criticar depois
> da obra feita do que propriamente ter um papel activo e determinante nas
> alturas de decisão e recolha de opiniões. Também não sou particularmente
> grande entusiasta das comunicações em VHF/UHF FM, mas para quem pretende
> monitorizar um repetidor que tem uma identificação como a do CQ0VARB (p.
> ex.), torna-se exaustivo ao fim de pouco tempo, mesmo sem tráfego.
>
> Fica o desabafo..
>
> Cumprimentos,
>
> --
> Sérgio Matias, CT1HMN
>
>
>
> _______________________________________________
> CLUSTER mailing list
> CLUSTER  radio-amador.net
> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster


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Pedro Ribeiro
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( Decreto-Lei 53/2009, Art 8, 2a e Art 5, 3a )
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