RE: ARLA/CLUSTER: Apresentação e avaliação do ano de vigência do DL nº 53/2009
Eduardo Arraia
arraia e2mec.com
Terça-Feira, 30 de Março de 2010 - 22:44:13 WEST
Boa noite,
Na verdade é lamentável!
Somos governados por incompetentes!!!
73"
Eduardo A.
CT1EEW - CT01110
www.navpt.com
-----Mensagem original-----
De: cluster-bounces radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces radio-amador.net] Em nome de Pedro Ribeiro
Enviada: terça-feira, 30 de Março de 2010 22:08
Para: cluster radio-amador.net
Assunto: ARLA/CLUSTER: Apresentação e avaliação do ano de vigência do DL nº
53/2009
Boa noite,
Chamo-me Pedro Ribeiro e sou professor no ISEL, na área de redes de
comunicação bem como coordenador de operações da rede central do
Instituto Politécnico de Lisboa.
Há uns meses, essencialmente pela frustração que é actualmente o
processo politico/burocrático em qualquer das funções que exerço
profissionalmente, resolvi à titulo de "hobby" de casa voltar a mexer
nestas coisas da RF.
Na adolescência andei pelos CB durante uns bons anos, até ter vindo para
Lisboa estudar e na altura fui também colaborador de uma rádio local na
manutenção de estúdios e sistemas de difusão (já estive na "classe" do
1,5KW nesse contexto)
Apesar de ir realizar o exame de Amador de Classe 3 amanhã,
essencialmente por ter assumido como objectivo pessoal, não deixo de
ficar triste pessoalmente e pensando noutros em situação semelhante.
Perdoem-me o que alguns podem assumir como arrogância, mas, acho que com
umas semanas de revisão da matéria desta área que tive no curso
conseguia passar no exame de Classe 1, não tenho tal pretensão, o
estututo de "hobby" que pretendia manter era apenas para "brincar" um
pouco com linhas de transmissão, antenas e modos de transmissão em
diversas bandas.
Infelizmente verifico que a lei publicada à cerca de 1 ano cria um fosso
que é deveras desmotivante da entrada nesta comunidade, apesar de
considerar que o facto de ter um curso superior da área me deveria
dispensar dos exames técnicos, não me importo de os fazer por
compreender a necessidade de uma avaliação comum aos candidatos das
diferentes origens, no entanto o facto de realizar um exame e pagar as
taxas associadas à legalização como amador classe 3 e depois ficar
basicamente com o direito de fazer o mesmo que já faço há meses, de vos
escutar é frustrante. E durante 2 anos!!
Alguns podem argumentar que poderei transmitir acompanhado por colegas
de classe superior, no entanto, há que concordar que é uma situação que
não encaixa no "ritmo" dos anos actuais, se é "hobby" é para realizar em
tempos livres e os meus (e acredito da maioria de vós) são curtos, não
posso ir todos os dias a uma associação ou a casa de um colega (conheço
alguns mas nem têm QTH na zona).
Fará sentido investir em equipamento (caríssimos muitos deles) para
fazer RX durante dois anos até ficarem obsoletos e a PTT servir de
casulo para aranhas?
Como raio querem que me prepare se nem sequer posso praticar?
Como seria se ao termos tirado a carta de condução tivessemos que estar
2 anos sem conduzir, apenas a ver os outros? É mais perigoso transmitir
em equipamentos de amador que conduzir um veículo?
Que fique claro que não sou apoiante do caos nem da entrada anarquica de
pessoal sem o conhecimento das regras de funcionamento da comunidade
amadora, no entanto, considero que este aspecto da lei deveras
desadequado, acho que fazia mais sentido uma limitação de bandas e/ou
frequencias e potencias à classe 3 e a existência de um "tutor" que
fosse de forma reactiva (não necessariamente presencial) acompanhando a
formação dos novos membros.
Desculpem a mensagem longa, mas precisava de contexto para a "questão"
propriamente dita.
O que é que vós a titulo pessoal ou no contexto das associações acham do
resultado deste aspecto (e de outros que achem por bem) da lei em vigor
à cerca de 1 ano?
Têm numeros estatísticos acerca da variação da "população" da comunidade
amadora?
Não acham que estão (eu, talvez amanhã, mas só em RX) em extinção?
Não fará sentido pressionar o regulador no sentido do ajuste das regras
de forma a garantir a sustentabilidade da comunidade?
Notas finais:
QTH em São Francisco, Alcochete
Já tive algumas conversas sobre o assunto com pessoas de algumas
associações.
Estou a realizar esforços no sentido de reactivar a estação CS1SEL que
há alguns meses está parada e suportava diversos serviços de modos
digitais (APRS, AX.25 gateway, etc.) à comunidade na zona de Lisboa.
Espero não ter metido já a "pata na poça" para correrem comigo antes do
primeiro TX.
Acho que não excedi o tempo do repetidor, este não tem limitações (ainda!)
73's para todo o pessoal!
--
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Pedro Ribeiro
Professor Adjunto
Departamento de Engenharia de Electrónica e
Telecomunicações e de Computadores (DEETC)
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL)
Instituto Politécnico de Lisboa (IPL)
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