ARLA/CLUSTER: Haiti "da noticia à intervenção"

RADIOAMADORES PROTEÇÃO CIVIL anarprociv gmail.com
Sexta-Feira, 12 de Março de 2010 - 17:23:51 WET


A SUSF e ANARPROCIV estiveram hoje representadas no seminário organizado pelo Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, subordinado ao tema "HAITI - uma historia para contar" . Como primeiro critico da constituição da missão portuguesa, o Presidente da SUSF -APC, entendeu por bem estar presente neste seminário que considerou de extrema utilidade, não só porque foi esclarecedor sobre o facto de apesar dos "Canarinhos " não terem sido formados para este tipo de cenários, terem tido afinal um desempenho adequado na missão em causa. Contudo não pode este responsável deixar de criticar, o facto do Estado Português ter formado e preparado especificamente para este fim, no então Serviço Nacional de Protecção Civil, homens e mulheres voluntários de diversas forças de protecção e socorro, e ter enviado para esta missão pessoas que embora competentes em determinadas áreas não foram formados para por exemplo instalar campos de deslocados ou desalojados, ou para as relações  com os organismos internacionais de resposta às catástrofes . Por outro lado importa ainda salientar que para além dos ex. voluntários do SNPC ficaram em terra outras forças formadas para o efeito, constituído este facto aos olhos de João Saraiva, uma inversão de valores . Ficou ainda patente neste seminário o facto dos responsáveis operacionais e políticos desconhecerem , ou ignorarem a existência em Portugal de organizações capazes de assegurar as radiocomunicações a tempo inteiro nestes cenários, ao invés da comunicação temporária por satélite, reforçando este facto a nossa convicção de que temos de continuar a demonstrar a utilidade publica em detrimento de esperar pelo reconhecimento espontâneo por parte dos responsáveis governamentais. 
Contudo, as associações que representamos não podem deixar de felicitar os intervenientes na missão HAITI, pelo seu desempenho, face as limitações existentes, e até de sentir orgulho na aventura que levou a bandeira nacional a solo Haitiano, pese embora o facto de como portugueses que somos, mantermos a característica de  exigirmos sempre mais, na expectativa de que das nossas criticas possam resultar sempre mais e melhores respostas às emergências, "porque, qualquer catástrofe possível de ocorrer, mais cedo ou mais tarde ocorrerá".
Fica ainda o orgulho de a missão ter tido um bom desempenho, e de afinal estarmos errados na convicção de que seria uma missão inócua, mais importante do que exigir, e criticar, é reconhecer o mérito, e saber admitir quando a nossa critica não é totalmente justa, pois no centro das nossas preocupações esteve sempre presente a segurança dos nossos compatriotas que integraram esta missão.

Persistirá no entanto sempre uma duvida para os que foram e os que ficaram: Podíamos ter feito mais e melhor?

A Proteção Civil somos todos nós com diferentes graus de responsabilidade. O principal agente, é o cidadão, a primeira ajuda a chegar, e o primeiro a dela necessitar.

Bem haja à ANBP por esta iniciativa de qualidade.

Cumprimentos,

SUSF & ANARPROCIV - Associações de Proteção Civil
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