Re: ARLA/CLUSTER: A Radiodifusão Publica na Era Digital nos E.U.A.

Radiophilo radiophilo gmail.com
Quarta-Feira, 9 de Junho de 2010 - 20:51:24 WEST


Ás vezes não resisto a uma boa provocação.
Notícias como estas perturbam-me, e não consigo ficar indiferente:

1. A senhora está cheia de razão. A missão dela é produzir e difundir
programas de rádio para as massas. Que lhe importa se o meio utilizado é a
rádio analógica, a rádio digital, a internet, ou qualquer outro meio? O que
lhe importa é a eficácia e economia desse meio. Tudo o resto é secundário.
As massas agradecem.

2. Para mim como amante de rádio, não é indiferente. A mim pouco me importa
o conteúdo dos programas de rádio. Não presto grande atenção ao que eles
dizem, nem me encantam particularmente as músicas que tocam. O que me
importa mesmo mesmo, é que me chegue via rádio. Posso passar muito tempo a
escutar uma estação longínqua nas ondas curtas, ou uma noite a zarelhar e a
orientar a antena de quadro para receber estações francesas ou alemãs em
onda média, e lembro-me de me divertir imenso na época das esporádicas a
sintonizar os canais de TV da Banda I pelas horas soalheiras. Não era
certamente para ouvir as últimas notícias do Luxemburgo.

3. No dia em que acabarem as emissões em ondas médias, não será mais
possível ligar um diodo de germânio a um bocado de fio comprido, a uma terra
e a um auscultador telefónico e em cinco minutos apresentar a alguém o
"mistério" da rádio.

4. Como radioamador, acho "estranho" o uso das redes públicas de
telecomunicações para suportar as comunicações de amador. Acho "estranha"
essa tendência moderna dos radioamadores "descerem" para o nível dos
radiocomunicadores, tal como sugeriu alguém num artigo também recentemente
aqui publicado no forum, em nome de uma "ascensão" tecnológica. Se querem
ser comunicadores, usem o skype. se querem ser radioamadores, usem o
espectro que têm. Não para chegar à estação de ecolinque mais próxima, mas
para chegarem à fala com quem pretendem.

Antes de começarem a atirar setas muito afiadas, devo esclarecer que aceito
perfeitamente que haja diversos motivos para se ser radioamador, embora
creia que não são tantos assim, e que o que vai acima é apenas a minha
opinião, ou melhor ainda, o meu sentimento.

Cumprimentos,
António Vilela
CT1JHQ

2010/6/9 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>

>
> NPR CEO Vivian Schiller said in April, 'We need to make sure
>  that we are constantly thinking about a diversity of audience.'
> Public broadcasting in the digital age
>
> The Wall Street Journal carries an interview with Vivian Schiller,
> president and chief executive of *National Public Radio* (NPR) who
> predicts Internet radio will take the broadcast tower's place.
>
> NPR is a public-service organization with a mission to provide for an
> informed public and a goal of universal access.
>
> The interview covers the changes NPR has made to bring their broadcasting
> to a modern audience and in the interview Vivian Schiller says:
>
> "*In the next five to 10 years, Internet radio will take [the broadcast
> tower's] place*, and there's no reason why we should be fearful about it.
> In fact we should embrace it, especially on mobile. *Mobile is the second
> coming of radio*. It has been a godsend for us, because mobile devices are
> so easy to take with you, and you can listen to any stream you want."
>
> "...*whether they're listening via an Internet stream or broadcast, it's
> identical. So why do we care*?"
>
>  Read the full Wall Street Journal interview at
>
>
> http://online.wsj.com/article/SB10001424052748704764404575287070721094884.html?mod=WSJ_Tech_LEFTTopNews
>
> _______________________________________________
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> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
>
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