ARLA/CLUSTER: Morse, 172 anos

Carlos Pinheiro karlus.pinheiro gmail.com
Quarta-Feira, 6 de Janeiro de 2010 - 16:43:23 WET


*Morse faz demonstração do telégrafo*
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*Samuel Morse fez há 172 anos, a 6 de Janeiro de 1838, a primeira
demonstração do telégrafo, um sistema que desenvolveu por força das
circunstâncias.*

O norte-americano era, acima de tudo, um amante das artes: ao longo de
grande parte da vida, pintou um sem número de retratos e cenas históricas e
estudou nas melhores academias de Arte dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.


Foi assim até 1825, quando recebeu uma carta a dar-lhe conhecimento - tardio
- da doença terminal da mulher. A impossibilidade de a acompanhar de perto
aguçou-lhe o engenho: Morse dedicou-se à criação de um sistema de
comunicação rápido a longas distâncias. Cerca de uma década depois,
patenteou o primeiro telégrafo electromagnético. Ao mesmo tempo, definiu um
formato para codificar mensagens.

Surgia, assim, o Código Morse, cuja primeira demonstração aconteceu na
cidade de New Jersey, com a apresentação pública do telégrafo, um dos mais
importantes instrumentos de comunicação à distância que utiliza impulsos
eléctricos para emitir e receber sinais.

Desde a sua criação, conheceu inúmeras utilizações porque, “sendo tão
simples e universal, o código Morse permite a comunicação de pequenos
volumes de informação sobre canais de pequena largura de banda e através de
meios com adversidades, como sejam interferências ou grandes distâncias”,
explica Sérgio Reis Cunha, do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de
Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Ao longo dos tempos, a linguagem Morse evoluiu para as comunicações via
rádio. “Foi com naturalidade que isso aconteceu, porque o rádio operava como
um telégrafo sem fios. Em cenários de guerra, foi usado para o
estabelecimento de comunicações a longa distância. Sendo um meio de
comunicação de símbolos, foi particularmente útil no estabelecimento de
comunicações encriptadas. Foi, por isso, extremamente relevante nas duas
grandes guerras mundiais”, conclui o especialista.

A tecnologia evoluiu a um ritmo galopante “e o futuro das comunicações
abre-nos imensas oportunidades”. Sérgio Reis Cunha reconhece que, hoje em
dia, o Código Morse é visto como uma ferramenta obsoleta. Mas não deixa de
ser utilizado, nomeadamente, por radioamadores para a transmissão de
mensagens à escala planetária (maioritariamente na banda de HF) e na
identificação de estações de transmissão de outros sinais.

E “em situações de calamidade, em que os mais avançados sistemas de
telecomunicações e internet deixam de funcionar, a linguagem Morse é um meio
altamente eficaz para transmitir algo tão simples como …---… (SOS)”.

CT1PT
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Carlos Pinheiro
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