<div><strong>Morse faz demonstração do telégrafo</strong></div>
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<div id="main_lead"><strong>Samuel Morse fez há 172 anos, a 6 de Janeiro de 1838, a primeira demonstração do telégrafo, um sistema que desenvolveu por força das circunstâncias.</strong> </div>
<p><font color="#000099">O norte-americano era, acima de tudo, um amante das artes: ao longo de grande parte da vida, pintou um sem número de retratos e cenas históricas e estudou nas melhores academias de Arte dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. </font></p>
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<p><font color="#000099">Foi assim até 1825, quando recebeu uma carta a dar-lhe conhecimento - tardio - da doença terminal da mulher. A impossibilidade de a acompanhar de perto aguçou-lhe o engenho: Morse dedicou-se à criação de um sistema de comunicação rápido a longas distâncias. Cerca de uma década depois, patenteou o primeiro telégrafo electromagnético. Ao mesmo tempo, definiu um formato para codificar mensagens.</font></p>
<p><font color="#000099">Surgia, assim, o Código Morse, cuja primeira demonstração aconteceu na cidade de New Jersey, com a apresentação pública do telégrafo, um dos mais importantes instrumentos de comunicação à distância que utiliza impulsos eléctricos para emitir e receber sinais.</font></p>
<p><font color="#000099">Desde a sua criação, conheceu inúmeras utilizações porque, “sendo tão simples e universal, o código Morse permite a comunicação de pequenos volumes de informação sobre canais de pequena largura de banda e através de meios com adversidades, como sejam interferências ou grandes distâncias”, explica Sérgio Reis Cunha, do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).</font></p>
<p><font color="#000099">Ao longo dos tempos, a linguagem Morse evoluiu para as comunicações via rádio. “Foi com naturalidade que isso aconteceu, porque o rádio operava como um telégrafo sem fios. Em cenários de guerra, foi usado para o estabelecimento de comunicações a longa distância. Sendo um meio de comunicação de símbolos, foi particularmente útil no estabelecimento de comunicações encriptadas. Foi, por isso, extremamente relevante nas duas grandes guerras mundiais”, conclui o especialista. </font></p>
<p><font color="#000099">A tecnologia evoluiu a um ritmo galopante “e o futuro das comunicações abre-nos imensas oportunidades”. Sérgio Reis Cunha reconhece que, hoje em dia, o Código Morse é visto como uma ferramenta obsoleta. Mas não deixa de ser utilizado, nomeadamente, por radioamadores para a transmissão de mensagens à escala planetária (maioritariamente na banda de HF) e na identificação de estações de transmissão de outros sinais. </font></p>
<p><font color="#000099">E “em situações de calamidade, em que os mais avançados sistemas de telecomunicações e internet deixam de funcionar, a linguagem Morse é um meio altamente eficaz para transmitir algo tão simples como …---… (SOS)”.</font></p>
<p>CT1PT<br clear="all">-- <br>Carlos Pinheiro<br><br></p></div></div>