ARLA/CLUSTER: Que fazer?

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Terça-Feira, 17 de Agosto de 2010 - 15:02:37 WEST


Caro Colega Donato Macedo-CT3JT,

Não consigo perceber o que se passa com as diversas autoridades da Região Autónoma da Madeira e em especial e inclusive com o Sr. Delegado Regional da Madeira da ANACOM.

O que nos relata aqui é uma serie de crimes de tal modo graves, que não tenho palavras para os qualificar nas suas consequências.


João Costa, CT1FBF 


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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Donato Macedo-CT3JT
Enviada: terça-feira, 17 de Agosto de 2010 13:49
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: ARLA/CLUSTER: Que fazer?


Boa tarde a todos os colegas... 
Decidi hoje vos dar a conhecer uma situação de "rádio-terrorismo" que acontece desde há longos meses na Região da Madeira.
Do meu tempo disponível ao nosso hobby, dedico certamente mais de 80% a fazer scanning, e uns meros 20% a emissão. Mas raramente mesmo apeado, estou longe dum dos meus Alincos DJ-C7.
Por questões óbvias, não vou aqui denunciar abertamente o protagonista (isso já fiz por diversas veze à Anacom (XEO46962994:46947646 e XEO47010454:47010353) e a outros serviços do Estado). Contudo espero colher junto dos colegas algum outro aconselhamento que porventura esteja me esteja a faltar.
Há um nosso colega habilitado com a  "anterior" categoria C, que desde há muito tempo procura divertir-se, importunando e interferindo em algumas frequências, quer do VHF marítimo e inclusivamente da rede analógica da PSP do Funchal.
Cedo começou por solicitar reportes meteorológicos à marinha portuguesa através da frequência de chamada (156.800 CH-16) reportando um indicativo ou nome de embarcação falsa, depois evoluiu para uma frequência militar da marinha (dito canal 39) até à rede analógica da PSP de UHF...
Quando identifiquei já no ano passado a modulação do colega no referido canal 16 a solicitar reportes meteo, (na altura falava com o colega em questão) e advertiu-o posteriormente dessa intromissão (nada que ele não soubesse, apesar da sua juventude), mas de pouco valeu.
Em Fevereiro de 2010, aconteceu a tal tragédia natural na Madeira. Na altura a Marinha Portuguesa fez deslocar a Fragata Corte-Real ao arquipélago. Novas intromissões em frequências afectas ao VHF-marítimo detectei, algumas das quais junto de equipas móveis que andavam a operar nalgumas partes do Funchal...Acontece também, que este incremento das brincadeiras protagonizadas por este nosso colega, deu-se sobretudo após a mudança de residência do mesmo, para uma posição mais cimeira da cidade do Funchal, que não é agora correspondente aos dados que a Anacom tem do seu registo de utente do serviço-Amador.
Na altura e dada a gravidade da situação, procedi à denúncia junto da Anacom, com conhecimento da Marinha Portuguesa sobre tais interferências e dei a informação da nova morada do alegado prevaricador.
Passado pouco tempo, detectei novas intromissões, agora também na rede analógica (UHF) da PSP com alguns insultos à mistura. Estas interferências normalmente ocorrem em período nocturno. Nesta altura liguei ao oficial de serviço às comunicações via 112 e após a minha identificação dei os dados que dispunha enquanto continuava a ouvir as interferências...Ao mesmo tempo formalizei nova denúncia à Anacom. Passado algum tempo, recebo um email do Sr. Delegado Regional da Madeira da Anacom a agradecer as minhas informações, que iriam tratar deste caso e até tinham reuniões agendadas com a autoridade marítima.
Passou-se mais algum tempo sem que detectasse qualquer actividade rádio, que lícita ou ilícita da referida pessoa. Depois notei que o colega já aparecia nas "nossas" frequências de forma natural. Pensei eu que se havia reabilitado...
Até que hoje, aos primeiros minutos do dia (00h30), voltei a ouvir o colega na mesma frequência de chamada marítima (CH 16 156.800), com voz "enrolada" a chamar SICOMAR-MADEIRA e POSTO RÁDIO do FUNCHAL sob um nome de embarcação falsa, a reportar uma emergência a sul da Madeira...Os serviços de emergência tentavam que ele mudasse para outro canal, mas a pessoa em questão não respondia às questões concretas, ora simulando má recepção (através de portátil), ora afirmando já não ter leme e outras situações. Perante isto novamente contactei o 112, que entretanto passou a chamada para a Protecção Civil regional, que por sua vez passou à Polícia Marítima, onde identifiquei-me e relatei que o que se estava a passar, era na verdade um embuste! Também denunciei o facto NOVAMENTE à Anacom, com os dados que dispunha...Imagine-se se sairia um navio para o local da falsa ocorrência e houvesse um acidente com os voluntariosos marinheiros? Além do dispêndio de recursos?
É certo que todos os dias temos falsos-alarmes via telefone, desde cabines telefónicas, telefones descartáveis, etc...Mas isto já é demais. Não tenho mais dados, nem ninguém sequer quis perguntar-me por outros adicionais...
O país tem assistido nos últimos dias, ao flagelos dos incêndios, alguns por mãos criminosas...E isto tudo que relatei é o quê? A quem cabe monitorizar o espectro rádio-eléctrico? É a mim que sou (também) um "radio-amador de RX"?...
Agora, só mesmo denunciando isto em fóruns da especialidade e inclusivamente na comunicação social.

Obrigado!

CT3JT-Donato Macedo  






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