ARLA/CLUSTER: Vantagens ANAPROCIV novos radioamadores

Afonso Marques amarques efacec.com
Segunda-Feira, 9 de Agosto de 2010 - 09:17:04 WEST


Peço desculpa de intervir numa discussão ( amigável) , mas só queria deixar uma pergunta : as localidades em questão são de facto cidades ou não ?  É que, tanto quanto me recorde o colega que fez a correcção, que já nem me lembro quem foi, limitou-se a referir o facto , não disse que era justo ou deixava de ser . Tudo o resto creio que não é para aqui chamado . Reclamações desta índole , talvez na Assembleia da República ...

 

Boa semana

 

CT1RH

 

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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Mário Osório
Enviada: segunda-feira, 9 de Agosto de 2010 2:00
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Vantagens ANAPROCIV novos radioamadores

 

 

Boa noite

 

Caro colega Arthur

 

Antes de mais não sei o porquê de lamentar a minha observação... Aquilo que escrevi é verdadeiro e está documentado. O colega pode não gostar mas factos são factos e não há volta a dar! Eu não sou acomodado nem descrente de nenhuma das localidades que referi, onde foi o senhor buscar essa ideia? Não ponho em causa nada nem ninguém excepto os conhecimentos do caro colega que julga que o título de uma localidade interfere em algo concreto. 

 

Então para ficar um pouco mais elucidado, eu vou fazer uma breve explicação. Os critérios para atribuição do título de localidade variaram ao longo dos tempos. Tempos houve em que para ser cidade, bastava ser sede episcopal como tal ainda hoje temos alguns exemplos dos quais se destaca Miranda do Douro por ser a cidade portuguesa com o menor número de habitantes (cerca de 2100), menos que algumas aldeias, mas também há o caso de Lamego que muito cedo se tornou cidade por via da igreja! Na idade média também se criavam cidades por vontade régia por exemplo Vila Real de Santo António para efeitos de defesa. Houve evolução e os critérios foram sendo alterados sendo actualmente necessários reunir estes seguintes três requisitos: requisito demográfico e densidade populacional (número de habitantes). Requisito funcional que é a influência exercida pela cidade sobre as áreas envolventes e ao tipo de actividades a que a população se dedica. Requisito  jurídico-administrativo que se aplica a cidades definidas por decisão legislativa por exemplo capitais distritais . O caso destas três localidades é raro. Estes três concelhos em concreto nunca aspiraram a ser cidade! Este facto não é novo e envolve-se num significado histórico complexo e estudado há décadas. Embora há muito excedam os critérios para se tornarem cidades nunca iniciaram nenhum processo nesse sentido, ao contrário de outras antigas vilas que se tornaram cidades como por exemplo Ermesinde, Vila Nova de Gaia ou Vila Nova de Famalicão. Como vê, a suposta ligação politico-económica que o colega afirmou não faz o mínimo sentido, não sendo mais do que uma especulação tentar ligar esses municípios á câmara de Lisboa. Para finalizar, penso que as regras neste aspecto são claras não havendo nenhum atropelo á democracia.

 

 

Saudações a todos

 

73' de CT2HTM

 

Mário Osório

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