RE: ARLA/CLUSTER: Evolução do número de radioamadores em Portugal (incluindo 2010)

Segunda-Feira, 2 de Agosto de 2010 - 18:28:59 WEST

Gostei do que li, mas vivemos no sec 21 . O pior é que já no sec 15 existiam
os velhos do Restelo e esses estão a todos os níveis a afundar-nos.

Vejamos o caso do Japão e Eua, países de terceiro mundo.

A classe mais baixa tem uma pequena faixa de emissão em todas as bandas.
Para aprendizagem.

Agora digo eu

Faço a escuta e respeito a lei

Ao fim de 2 anos faço exame e passo para cs7 ou outro indicativo na altura

Como não posso operar ou tenho dificuldade em deslocar-me para a casa deste
ou daquele ou associação, não tendo contacto com um equipamento quer de v ou
onda curta, sou amador.

E depois como amador subo á frequência sem saber sintonizar um transceptor?

Creio eu que para se ser amador não é necessário saber construir um
transceptor ou é?

O que é necessário é uma boa dose de bom senso, e nada melhor do que os
próprios amadores para alertarem falhas deste ou daquele amador, e
denunciá-lo se este for ordinário ou abusar do espectro anedvertivamente.
Ajudarem na emissão ou ajudar no que for necessário.

Privar um amador seja de classe 3 “ esses “como já ouvi no sentido
pejorativo, sem poder emitir, está tudo dito.

Mas creio eu que voltamos ao Fascismo ou é impressão minha? 

Espanha. Faz exame tira o EA e emite, Espanha aqui ao lado, um país de
terceiro mundo.

Portugal, país de gente esperta que por vezes só se coça para dentro.

Em vez de se copiarem bons exemplos de outros mundos inventa-se.

Sr., C. Mourato, agradeço a explicação com o email enviado, mas não creio eu
desistir de “ Tentar ser Radioamador “, e pratica-lo como um Hobby, muito
embora pondere vir a entregar o meu can, pois ser amador sem emitir não é
nada.

Tem razão quando diz que os culpados são a Anacom. Serão?

Pois como o Sr., sabe muitos foram aqueles que Hoje são de classe A, por
passagem administrativa. Tenho colegas que nunca souberam morse, mas são
classe A da altura e com morse.

Depois existem algumas associações, que pedem á Anacom que a classe 3 possa
emitir com 5 Watt, e a pedir mais utilização do espectro, para os ct5.

Note que em uma hora tive que responder a 40 questões, mas para a classe c
20 questões numa hora, acha justo?

Será que a nova legislação é assim tão favorável a alguém?

Não será melhor quem de direito respeitar o desejo de se ser amador?

Não alongo mais este assunto, sentido porém é o País que temos

Obrigado

De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Carlos Mourato
Enviada: domingo, 1 de Agosto de 2010 18:05
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Evolução do número de radioamadores em Portugal
(incluindo 2010)

Colegas Pedro e Gil

Isso deve-se certamente ao "desleixo" com que a ANACOM brindou os exames
para qualquer categoria, nos ultimos anos de vigência do antigo regulamento.
Vocês, os "exilados" por 2 anos na classe 3, são os "pagantes" involuntários
dessas aberturas demasiado liberais, em que qualquer pessoa,e sem qualquer
preparação, ia fazer exame para a classe B e passava, pois os exames eram
sempre iguais. Era só pedir as respostas a quem tivesse feito exame e estava
garantido. facilitismos que deram no que deram. Uma autentica pouca vergonha
e falta de decoro que se assistiu durante tempos, principalmente nos
repetidores de VHF, onde apareciam "cromos"  a dizer "alhos e bogalhos" como
se estivessem ao telefone...E depois se alguem lhes chamava a atenção, ainda
eram malcriados. Esses 2 anos, embora não concorde em parte com isso, serve
de alguma forma de triagem, pois quem gosta de radio, pode reclamar, mas
acaba por aguentar o passar do tempo e depois entra em força e tenho a
certeza que vai progredir. Quem vinha para as bandas de amador só com a
intenção de fazer bagunçada, pois encontra essa barreira e desiste. 

Muita coisa está errada no novo regulamento, e o acesso às diversas classes
poderá ser revisto, mas que não voltemos ao que era antes, pois isso deu mau
resultado.

Tambem quero lembrar, e já disse isto aqui várias vezes, que não julguem os
actuais amadores classe 3, que ir para o radioamadorismo sempre foi um mar
de rosas e que tudo eram facilidades. Nada disso Já foi muito pior, e eu
testemunho isso, depois de 33 anos de radioamadorismo. Já para não falar no
radioamadorismo dos tempos da ditadura, que eu só conheci como escuta, e em
que nem a marca de um cabo coaxial se podia referir pelo radio.

Quando me iniciei no radioamadorismo, em 1977, comecei por tirar o que na
altura era a "carta de operador amador", com a validade de 2 anos.  a minha
carta de operador com o numero 1663 dava-me o direito de operar uma estação
já devidamente licenciada e na presença do seu titular. Não dava direito a
indicativo nem estação própria. Para ter indicativo tinha que se pedir
licença de instalação de estação, e depois uma vistoria à mesma estação sem
a qual não poderia ter indicativo. Se a vistoria não detectasse
anormalidades então passados uns bons 6 meses lá vinha o indicativo. Se ao
fim desses 2 anos não se fizesse exame de CW então estava tudo estragado e
la ficava só uma pequena faixa nos 2m para falar com ninguem, pois nessa
altura não existiam transceptores de VHF à venda, e muito menos repetidores.
Quem quisesse falar em 2m tinha forçosamente que montar os equipamentos, e
marcar QSOs por carta, com alguem que se tivesse sorte estaria no seu
alcance, ou então "fechava a loja".É ainda de salientar, que nessa altura
não existiam a enorme quantidade de rádios que existem hoje, e comprar um
transceptor para HF em SSB era para amadores abastados. Escutava-se muita
estação de construção caseira, sendo a minha uma delas, pois aos 16 anos não
tinha nem de longe dinheiro para comprar um rádio...Mais a mais que vivia
numa aldeia da Beira Baixa, onde nunca ninguem tinha ouvido falar em
radioamadorismo. Não havia internet, e a unica maneira de trocar ideias era
por carta ou pelo radio. Aos 17 anos construi o meu primeiro emissor
receptor de 2m com material oferecido por outros amadores e a partir daí fui
evoluindo para o que sou. Quero com isto exemplificar, que é certo que é um
sacrificio talvez infundado essa de estarem 2 anos à espera de poder
transmitir, mas não esqueçam que em 1977 eu podia ter esperado mais de 2
anos por um indicativo!!!...Era não ter estação ou não fazerem a vistoria, e
então nada feito!!!

Para terem uma ideia era assim: tempo de espera médios:

para o exame da classe D --------------------5 a 6 meses

Para o exame da classe C com CW----- podia ir até 1 ano

Para exame da classe B ou A---------------podia ir até 1 ano

para a vistoria -------------------------------------cerca de 6 ou mais
meses

Para receber o indicativo -------------------- de 6 meses a 1 ano dependendo
do resultado da vistoria. 

Agora é só somarem os tempos e verem que afinal, as coisas não eram um mar
de rosas...E ja nem falo nos que chumbavam nos exames, pois felizmente não
foi o meu caso.

tenham lá calma que o tempo passa a voar. Talvez depois vejam alguma
utilidade nesses dois anos.

Claro que cada um tem a sua opinião e eu respeito-a. Agora é elementar que
respeitem tambem a de quem da vossa é diversa.

73 de CT4RK

No dia 1 de Agosto de 2010 10:49, Gil <eduardo.gil  sapo.pt> escreveu:

Só não é importante para quem tem categorias a partir de ct5 ou é?

De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de manel nor
Enviada: domingo, 1 de Agosto de 2010 02:30
Para: pribeiro-ham  net.ipl.pt; Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Evolução do número de radioamadores em Portugal
(incluindo 2010)

!!!! realmente é uma grande chatice e motivo muito peocupante!!!!.

                  73

Em 1 de agosto de 2010 01:29, Pedro Ribeiro (CR7ABP)
<pribeiro-ham  net.ipl.pt> escreveu:

Baseando-me nos dados disponíveis na antiga página da estatística no "site"
da ANACOM e dos existentes na tabela dos indicativos registados até
26/07/2010 (recentemente públicada pelo regulador), gerei um gráfico similar
ao que eles tinham, já incluindo os dados de 2010 e tratando de forma
agregada os colegas com categoria B e B com Morse.

Fiquei deveras surpreendido com os resultados.
A serem realistas os dados, fico feliz por o ritmo a que as pessoas passam a
"SilentKey" é abaixo do que esperava. O número de amadores das categorias da
legislação antiga não desceu, mas provavelmente aqui temos o factor dos que
no ano passado, após publicação da nova legislação e antes que entrasse em
vigor foram fazer exame para nova categoria. Outro factor será o atraso com
que um SK é removido da listagem por o regulador só detectar essa situação
provavelmente por expiração do CAN.

Os que já andavam por cá e atentos, expliquem-me porque é que no meio deste
movimento de categorias se conseguiu a maior subida de sempre nos totais.
Foram pessoas estavam fora e que alguém lhes telefonou a dizer para irem
fazer exame de categoria C para serem radioamadores antes que a nova lei
entrasse em vigor e tivessem de ficar 2 anos a brincar aos "wannabe ham" ?
Não consigo perceber ...

73!

-- 
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Pedro Ribeiro
Indicativo: CR7ABP
QTH: São Francisco, Alcochete
GRID LOC: IM58MR
** Limitado a RX em Classe3 até 31/03/2012 **
( Decreto-Lei 53/2009, Art 8, 2a e Art 5, 3a )
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

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CLUSTER mailing list
CLUSTER  radio-amador.net
http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster

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Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal

 Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. Salve o
espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados.
Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes
interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia
power line. Proteja o ambiente
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