ARLA/CLUSTER: Novo Regulamento inovador da CB em Espanha.

CT1CKP ct1ckp sapo.pt
Quarta-Feira, 14 de Abril de 2010 - 17:28:23 WEST


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CT0437 - CT1CKP
----- Original Message ----- 
From: "ARLA - Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano" 
<cs1rla.arla  gmail.com>
To: "Cluster / ARLA" <cluster  radio-amador.net>
Sent: Wednesday, April 14, 2010 3:11 PM
Subject: RE: ARLA/CLUSTER: Novo Regulamento inovador da CB em Espanha.


Prezado Paulo,

A minha escassez de oportunidades para participar com a regularidade
que muita satisfação me daria aqui neste fórum é tão evidente, que
tive que o fazer num raríssimo e apertado intervalo entre tarefas de
serviço até para o consultar.

Uma vez que estou a utilizar o endereço institucional, solicito à
moderação que faça o especial favor de validar esta participação,
tomando as devidas precauções para a manutenção do anonimato do mesmo.

Por uma mera contingência do acaso, vinha aqui à procura de uma outra
mensagem, quando deparei com estes teus comentários.
Como a coincidência se deu durante o intervalo de almoço, em prejuízo
da minha pausa para a refeição, aqui vão uns comentário que considero
pessoalmente muito úteis para todos os leitores. Só lamento antever um
longo texto, certamente alvo das tuas observações irónicas, tal como o
fizeste no passado a esse propósito.


No entanto aqui vai disto :

Devo ser de facto muito estúpido para ( ainda ) não ter percebido a
razão pela qual toda e qualquer forma de comunicação via rádio, toda e
qualquer forma de técnica radioeléctrica, toda e qualquer forma de uso
da radiação electromagnética ou mesmo notícias de qualquer âmbito
ligadas a essa área científica, não possa fazer parte deste fórum
denominado "ARLA/CLUSTER", independentemente do serviço do qual o
autor do tópico seja utente ou reconhecido pelo ICP-ANACOM.

Os utilizadores da Banda do Cidadão, os utilizadores do Sistema
Profissional de Rádio Móvel ( vulgo PMR ), os utilizadores do Sistema
de Rádio Móvel Pessoal ( vulgo PMR446 ), os radioescutas, os " DXistas
", os radioastrónomos, os locutores de radiodifusão ( por vezes também
considerados radialistas ), os amadores de rádio e os Radioamadores,
só para referir alguns, têm todos algo remotamente em comum, embora o
nível de conhecimento técnico e a própria utilização que fazem das
radiocomunicações ( ou da ondas radioeléctricas ) sejam, obviamente,
muito distintas... tão diversas como a respectiva entrega à ciência,
ao conhecimento, à instrução, ao saber, ao estudo e à experimentação
nesta área.

Quantos de nós temos interesses distintos no seio do Serviço de Amador ?

Quantos de nós fazem uso de várias destas formas de uso das 
radiocomunicações ?

Quantos somos simultâneamente utentes de vários serviços ?

Compartimentar demasiado tem os seus riscos...

Quando a diferenciação chega a limites pouco coerentes com a
realidade, caímos no risco de nos tornarmos ou separatistas ou
dissidentes.

Em ambos os casos, como já aconteceu aqui comprovadamente neste fórum,
a marginalização torna-se impossível de ser evitada.

Por outro lado, o radicalismo impede-nos de evoluir e de acompanhar as
mudanças à nossa volta.

A natureza ensina-nos que as espécies especialistas são as mais
propensas à extinção, enquanto as generalistas conseguem mesmo
ultrapassar, com sucesso, episódios catastróficos de extinção em
massa.

Neste fórum, para além das definições legais, ainda não foi possível
ler uma explicação coerente sobre o que é actualmente ( e na realidade
) o Serviço de Amador. Houve sim várias discussões, algumas muito
animadas, outras até a necessitarem de moderações devido ao nível a
que alguns intervenientes fizeram baixar a controvérsia.

E com estes discursos inflamados e posições, mais ou menos eruditas,
chegamos a alguma conclusão ?
Poucos devem ter mudado de opinião, após tais filosóficas dissertações
de conhecimento.

E tal acontece pela mesma razão de que não foi ( nem será possível
nesta fase ), chegar-se a uma opinião mais ou menos consensual sobre o
que é na realidade o Radioamadorismo contemporâneo.
O Serviço de Amador está de tal forma sob pressão de um evolucionário
processo de mudança que, em vez de acentuarmos ( ainda mais ) as
nossas divisões, particularmente com discussões estéreis sobre a
essência do Radioamadorismo ou do Amadorismo de Rádio... deveríamos
estudar o assunto sem preconceitos.

Onde eu na realidade quero chegar é que de facto até é aceitável que,
segundo as tuas palavras, de facto « o CB não tem nada a ver com
radioamadorismo. O CB é uma forma básica e simples de fazer contactos
via rádio.
A tecnologia usada é obsoleta, os conhecimentos técnicos necessários
são poucos, os operadores são regra geral conservadores e resistem
fortemente à mudança ».

No entanto há duas importantes questões que devem ser esclarecidas.
Negar o acesso dos utentes da Banda do Cidadão a fóruns como este e
afirmar que « o CB não tem nada a ver com radioamadorismo »... é no
mínimo igual a dizer que os detentores de uma licença ( ou CAN ) para
o Serviço de Amador que o afirmam são igualmente « conservadores e
resistem fortemente à mudança ».

Isto porque, ao contrário de ti, acredito que o CB pode ser uma porta
de entrada para o Radioamadorismo.
Não o afirmo com base nas estatísticas que o comprovam, nomeadamente a
partir da década dos anos de 1990, mas... na minha experiência
pessoal.

O texto já vai demasiado longo para o tempo livre que ainda me resta
para prosseguir com a minha história de vida neste aspecto, senão
demonstrava-o claramente... a ti e a quem mais tenha dúvidas.
E também demonstraria que a generalização ( seja ela qual for ) é um
erro crasso e grosseiro de critério.
Os eventuais péssimos comportamentos éticos e técnicos da suposta
universalidade dos actuais utentes da Banda do Cidadão nem sempre
foram assim, nem tão pouco é lógico e racional negar-se a existência
de honrosas e muitas excepções a essa presumida regra.

Já aqui o afirmei inúmeras vezes no passado - não é com estas
comparações nem com o tipo de parâmetros que usas, que se consegue a
forma mais eficaz ou convincente de se fazer a distinção entre
serviços de radiocomunicações.

Em todos eles há utentes e utentes ( ou operadores e operadores ).
Todos os serviços de radiocomunicações, sem excepção, são constituídos
por pessoas e não por equipamentos ou aplicações informáticas
programadas.

O nível de conhecimento, a paixão e a entrega de cada um é bastante 
variável.
Conheço um obstinado " DXista " que tem conhecimentos técnicos
superiores à esmagadora maioria dos actuais colegas certificados para
o Serviço de Amador... e os exemplos podiam-se estender a outros
casos... incluindo à Banda do Cidadão.

Tal como muitos colegas que eventualmente lerão estas linhas, não me
envergonho de reafirmar aqui que foi graças à minha experiência na
Banda do Cidadão que me dispus ( e me preparei ) para o Serviço de
Amador.

Oxalá que me estivessem a ler igualmente os colegas que me receberam
no meu primeiro QSO.

Digo isto porque me tentaram enxovalhar, ou melhor, humilhar nessa
primeira emissão, nomeadamente por me terem catalogado logo como " 3X9
", logo após eu ter dito " a PTT " em vez de " o PTT "... na faixa dos
40 metros.
Essas atitudes lamentáveis não levam a lugar nenhum e os " colegas "
acabaram por perceber com quem se estavam a meter após a minha
reacção.
Apesar de até ter sido elogiado em frequência nesse dia por dois dos
participantes nesse memorável QSO, foi por pouco que a minha passagem
pelo Serviço de Amador não acabava na primeira emissão.

Mais te informo que, se através deste fórum, da Internet ou das
conversas " técnicas " que se escutam via rádio, se puder aferir o
grau médio de conhecimento técnico dos detentores de um CAN no nosso
país... eu estou muito satisfeito com o meu saber ao nível da
electricidade, da electrónica e de técnica radioeléctrica em geral.

Por não participar em certos tópicos neste fórum, não quer dizer que
seja um alheado dessas matérias, como já me deram a entender alguns
colegas.

Apesar de a minha maior paixão serem os sistemas irradiantes, a sua
teoria e experimentação, fiquem à vontade para apontarem as " asneiras
" que me tenham ouvido dizer ( ou lido ) sobre as aludidas matérias ou
sobre outras " especialidades " do Serviço de Amador.

No entanto... os meus primeiros 7 ou 8 anos de contacto com as
radiocomunicações começaram na Banda do Cidadão, meu caro Paulo.

Concordo que era outro tipo muito diferente de CB, pouco comparável ao
que é possível experimentar-se hoje, mas daí a aceitar, de ânimo leve,
que os meus conhecimentos técnicos necessários eram poucos ou
insuficientes para o meu primeiro exame para a certificação no Serviço
de Amador nas Classes D ou C ... vai uma grande distância.

É como digo, não somos todos iguais, e há uns mais autodidactas do que 
outros.

Apesar do Estado Português não exigir ( e muito bem ) para os utentes
de ambos os serviços um grau de conhecimentos técnicos sequer
comparável, uma atitude sobranceira, arrogante, proeminente e
paternalista não ajuda nada os que realmente gostam de
radiocomunicações a predisporem-se a candidatarem-se ao CAN.

Sou de opinião que deverias ler um pouco sobre o regime de " Apartheid
" e sobre o processo que resultou com o seu fim, em 1990, na República
da África do Sul.

Talvez te tornasses mais tolerante...

73's de CT1ETL - Miguel Andrade


-----Mensagem original-----
De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Paulo Calvo
Enviada: terça-feira, 13 de Abril de 2010 22:28
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Novo Regulamento inovador da CB em Espanha.


Para aquecer a coisa digo que o CB não tem nada a ver com radioamadorismo.
O CB é uma forma básica e simples de fazer contactos via rádio.
A tecnologia usada é obsoleta, os conhecimentos técnicos necessários
são poucos, os operadores são regra geral conservadores e resistem
fortemente à mudança.
Afirmo também que o CB não é uma porta de entrada para o radioamadorismo.
Aproveito para dizer que a maior parte dos operadores de CB não
possuem conhecimentos suficientes para obter uma licença de
radioamador, exceptuando talvez a classe C em que basta decorar alguma
legislação.

Noto ainda uma certa frustração por parte de algumas figuras "gradas"
do CB que bem se esforçam por tentar equiparar o radioamadorismo com a
CB.

Continuo a achar que este forum (cluster ou o que lhe quiserem chamar)
é moderado de forma sui generis.

Fala-se de CB, fazem-se afirmações incorrectas, fala-se de deuses e a
moderação não actua?

Não há mesmo pachorra.


----- Original Message -----
From: "João Gonçalves Costa" <joao.a.costa  ctt.pt>
To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'" <cluster  radio-amador.net>
Sent: Tuesday, April 13, 2010 5:52 PM
Subject: RE: ARLA/CLUSTER: Novo Regulamento inovador da CB em Espanha.


Escrevias tu Paulo Calvo..."Uma vez um "colega" quase me "incendiou"
neste fórum..." isto no sáb. 10-04-2010 às 11:44.

Não nos devemos admirar que por vezes te queiram "incendiar" ou que tu
próprio te desejes "incinerar" ;-)

Subscrevo a tua afirmação... " Já não há pachorra !"

João Costa, CT1FBF

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De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Paulo Calvo
Enviada: terça-feira, 13 de Abril de 2010 17:04
Para: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: Novo Regulamento inovador da CB em Espanha.


Esse indicativo não é de CB.
É da licença de amador Intermediate.
Que raio de mania dos CBs quererem ser iguais a nós!

Fiquem lá nos 27 e parem de chatear.

Já não há pachorra!

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