ARLA/CLUSTER: ANTENAS COMO COMPRAR..? Por CT1BWW.

Pedro Redondo ct1hzu gmail.com
Terça-Feira, 10 de Novembro de 2009 - 20:04:03 WET


João,

Obrigado por ter colocado no forum este artigo. É sem dúvida bastante
esclarecedor e poderá ajudar alguns colegas que neste momento estejam na
mesma situação que o colega Marques esteve antes de adquirir a Optibeam.

Eu próprio antes de comprar a minha antena estive na mesma situação e, as
mesmas questões me surgiram na altura, embora alguns dos pressupostos não
fossem os mesmos, obviamente.

A minha zona é também bastante ventosa, especialmente durante os meses de
Outono e Inverno, mas não foi isso que me fez demover da escolha que fiz...
Depois de ponderar bastante bem os prós e os contras entre uma antena do
tipo yagi e quad acabei por optar por esta última... ou melhor... optei
pelas duas. Isto é, acabei por adquirir uma quadra cúbica para as bandas dos
10-15-20 metros e sobre o mesmo boom, 2 yagis de 3 elementos, 1 para os 40 e
outra para os 17 metros. Deste modo acabei por ficar com uma antena
directiva para as bandas dos 10-15-17-20-40 metros.

Tal como o colega Marques referiu, as antenas cúbicas dada a sua estrutura
física, são bastante propensas a que algo de ruim lhes aconteça, ainda mais
se a zona onde a mesma se encontre é ventosa. No entanto depois de estudar a
sua estrutura decidi que algo mais teria de ser feito para reforçar a mesma.
Acabei por espiar os elementos da quadra cúbica ao boom com fio de kevlar.
Estas espias vão desde a extremidade do boom passando pelas extremidades e
centros dos elementos de fibra de vidro indo novamente ao boom na
extremidade oposta. Adquiri também um tubo em fibra de vidro de 2 polegadas
com 3 metros de comprimentos e uma parede de 8mm o qual está transversal ao
boom e que serve de espia lateral do boom. Ou seja, mais uma vez das
extremidades laterais do boom saem dois cabos que passam pelas extremidades
do tubo de fibra, indo novamente ao boom na extremidade oposta. Em termos
visuais e visto de cima é como se formasse um losango...

Com estes reforços penso que aumentei a sua resistência, não lhe retirando
flexibilidade que também é preciso... as forças exercidas pelos ventos têm
de ser escoadas por algum sítio e por isso a estrutura não deverá ficar
totalmente rígida.

Se eu tivesse optado por uma antena tipo Optibeam, que era a minha 2ª
escolha, sendo esta antena bastante conceituada, não ía concerteza para cima
da torre, tal como vem de fábrica. Iria certamente levar alguns "upgrades"
no sentido de, não só lhe reforçar a estrutura, mas também de a proteger
eficazmente contra as intempéries, é que, o ambiente marítimo e o alumínio,
regra geral, não são bons amigos. E sendo a torre fixa e sem carrinho,
baixar a antena para efectuar qualquer manutenção é impensável...

Para terminar até por que já vai longo, quero sobretudo realçar a ideia de
que nada é impossível, basta pensar um pouco e colocar mãos à obra. A título
de curiosidade, devo dizer que a minha antena demorou 1 semana inteira a
montar (no topo do prédio) e com a ajuda de alguns digníssimos colegas +/- 1
manhã de Sábado para a colocar no topo da torre...

73's de
Pedro, CT1HZU
2009/11/9 João Gonçalves Costa <joao.a.costa  ctt.pt>

>  *ANTENAS COMO COMPRAR? *
>
> **
>
> Quando em Dezembro fiquei sem poder utilizar a minha Force 12 C4 porque os
> ventos que fustigaram a Costa do Estoril foram tão fortes com rotação brusca
> danificando severamente parte dos elementos de 20 Metros e 40 Metros. Optei
> por alterar o sistema de antenas. Com a proliferação de diversos
> fabricantes, comecei por elaborar um pequeno estudo baseado nas minhas
> necessidades de modo a conseguir a  melhor escolha.
>
>
>
> 1º exclui outra hipótese que não fosse tipo Yagi (antenas tipo Quad não se
> adaptam a zonas muito ventosas e sobretudo em torres fixas sem “carrinho) ou
> não telescópicas),assim como antenas cujos elementos sejam unifilares tipo
> spiderbeam. Fiz então a lista incluindo as seguintes marcas: Cuschcraft,
> Force 12,  Hy-gain, Mosley Optibeam, Sommer, Spiderbeam, Steppir,
> Tennadyne,  Titanex.
>
>
>
> De seguida enumerei os pontos principais para a minha escolha que foram:
>
>
>
>         ·         Valor máximo do “budget” orçamento ( ou seja o valor
> máximo que me dispunha a
>
>                gastar!)
>
>         ·         As frequências que pretendo trabalhar ( ou seja para que
> bandas!).
>
>         ·         Tamanho (dimensões do Boom de do elemento mais comprido)
> Peso total da
>
>                antena
>
>         ·         Ganho e Rejeição Frente Costas
>
>         ·         Curvas de SWR
>
>
>
> O Valor é importante pois permite-nos saber se podemos comprar 1 antena
> apenas ou se neste valor podemos comprar 2 ou mais antenas.
>
> As frequências para as quais pretendemos o melhor desempenho, isto é para
> quantas bandas queremos a nossa antena.
>
> As dimensões e o peso são importantes para assim podermos adaptar a nossa
> antena ao nosso mastro ou torre.
>
> Se a nossa torre é telescópica ou se possui “carrinho” de transporte
> torna-se mais simples, se possuímos pouco espaço para antenas com elementos
> compridos já é mais difícil;  se a nossa torre é do tipo fixa com guias
> (espias) é mais difícil para nós a colocação de antenas pesadas, enfim temos
> que saber bem as nossas condições.
>
> Propriedades como o Ganho da antena ou a rejeição frente costas, também são
> importantes apesar de hoje todas as antenas do mercado possuírem uma
> resposta favorável ás nossas exigências.
>
> Curvas SWR (Standing Wave Ratio) o ROE (Relação de Ondas Estacionárias)
> quer isto dizer como efectuar as afinações para que possamos ter uma boa
> curva de SWR!
>
>
>
>
>
> Não  se pretende com este artigo afirmar que uma marca de antenas  é
> melhor que outra ou que o desempenho de uma antena é superior a outra,
> também não se pretende influenciar na escolha o que se pretende é contribuir
> para ajudar a que futuramente quando se pretenda escolher determinada antena
> sejam ponderados os prós e contras.
>
>
>
> Queria uma antena mais robusta ( para aguentar os fortes ventos atlânticos
> que fustigam a zona da costa do Estoril) que pudesse  trabalhar
> desafogadamente entre os 7 MHz e os 29 Mhz , que não fosse muito pesada pois
> a minha Torre é de sistema fixo espiada. E sobretudo não existe espaço
> envolvente para antenas com o “boom” mais que 18’ ( cerca de 6 metros).
> Queria uma antena SEM “traps” continuo a acreditar que as antenas sem “
> traps” possuem melhor recepção pois os “traps” originam perdas na antena.
> Sei que este assunto é discutível!  A minha antena deverá ainda ter uma
> boa curva de SWR em todas as bandas que o seu ganho e rejeição frente costas
> seja razoável. Como conheço bem as antenas PKW, Cushcraft, e Force 12,  pois
> foram a minhas antenas anteriores e  já ajudei na montagem de outras
> antenas  Hy-gain, Sommer, Mosley , Force 12, KLM, Tagra e ECO a minha
> escolha foi a marca alemã OPTIBEAM.
>
>
>
> [image: OptiBeam]
>
>
>
> Já vai para alguns anos quando contactei via rádio DF2BO, Thomas Shemenger
> na altura usava uma C4 Force 12 e ainda me lembro da nossa conversa sobre
> antenas sem traps com espaçamento diferente e espaçamento simétrico , já na
> altura fiquei convencido mas como tinha uma antena praticamente nova não
> podia alterar, nessa altura comentei com o Tom “ na próxima vez que tiver
> que trocar de antenas possivelmente optarei por Optibeam!  E assim foi!  comparando
> preços, tamanho do boom,  desempenho e sobretudo a ferraria e material foi
> feita a opção de Optibeam 1-40 e Optibeam 9-5 .
>
>
>
>
>
> *OPTIBEAM ANTENAS*
>
> **
>
> Por mais que nos custe falar sobre antenas, chegamos á conclusão que  a
> maior parte dos radioamadores é capaz de gastar centenas e milhares de euros
> em transceptores, amplificadores, equalizadores ou microfones de estúdio e
> até mesmo equipamento considerado supérfluo. Quando todos sabemos que o mais
> importante numa estação é  a antena.
>
>
>
> Este “esquecimento” torna-se fatal sobretudo se o operador for um
> entusiasta do DX (Contactos a longa distância) e Concursos . Muitas vezes
> preocupado em “pôr” um sinal fortíssimo nos antípodas carrega o seu
> amplificador
>
>
>
> [image: OB12-6]
>
> As antenas multibanda Optibeam  foram projectadas utilizando os melhores
> programas de software  e nos Shortwave- feixes optimized . Na prática os
> testes críticos incluem optimization (Computer science)  isto é foram
> feitos os cálculos matemáticos de modo a obter o máximo de rendimento
> garantindo o mais elevado desempenho eléctrico e mecânico.
>
>
>
> As antenas multibanda Optibeam distinguem-se pelas seguintes qualidades
> técnicas: uso “ da ordem especial acoplada directa do sistema de
> alimentação” em antenas yagis Multibanda. Por estas qualidades técnicas as
> propriedades eléctricas acima da média são conseguidas: a cobertura de banda
> com melhor eficiência e mais elevada que significa ganho quase constante,
> teste padrão de radiação inalterado , baixo ROE (SWR) obtendo-se
> constantemente 50 ohms   no ponto de ligação (feedpoint).
>
>
>
> As antenas multibanda Optibeam possuem na sua composição o melhor material
> da tecnologia alemã. Configurando tanto o sistema redondo ou quadrado de
> boom tornando a antena mais robusta, á placa de aperto ao mastro mais forte
> e rígida.
>
> Por estas qualidades técnicas as propriedades físicas são conseguidas:
> elevada estabilidade dos elementos inteiros do sistema perfeitamente
> alinhados e fixados de encontro á suspensão menor da torsão .
>
>
>
> Antenas com “traps” têm perdas, a cobertura de banda visível é reduzida, ao
> longo dos anos nota-se a redução da sua  eficiência , antenas cujos
> elementos sejam de fio como por exemplo antenas quad tendem a ter perdas
> quando os mesmos se vão deteriorando ao longo do tempo. As antenas com
> sistemas de alimentação “abertos” não mostram a toda a cobertura de banda no
> que respeita ao ganho constante , radiação teste padrão inalterados e baixo
> SWR e não têm uma eficiência melhor.
>
>
>
> Os gráficos de ganho para as antenas Optibeam foram elaborados por meio de
> software específico calculando os valores e consequentemente não representa
> a informação exagerada dos negociantes. Por causa da técnica escolhida os
> gráficos de ganho das antenas monobanda são realizados em diversas
> frequência para cada Banda desde o segmento de telegrafia até ao final da
> Banda.
>
> As antenas Multibanda são consideradas “LONGLIVING” antenas de elevado
> desempenho, são as antenas mais indicadas para o radioamador mais exigente.
>
>
>
> [image: Phase Line Crossing OB9-5]
>
> Geralmente a respeito das suas peças a Optibeam Antenna Technologies
> evidenciou muito esforços e dedicou-se profundamente de modo a obter o  melhor
> sistema. Projectou e construiu inúmeros modelos de modo a conseguir a melhor
> estabilidade mecânica . Os diversos modelos actuais comercializados são o
> resultado desses estudos e de todos os protótipos e dos melhoramentos. Assim
> a estabilidade mecânica actual conseguindo-se um aparência óptica e uma
> excelente performance.  Todos os parafusos, porcas, anilhas, abraçadeiras
> em “U” são de aço inoxidável. Cada parafuso, abraçadeira são considerados
> como as restantes, peças importantes contribuindo para a sua qualidade.
>
>
>
> Esta imagem refere-se á linha de fase ao seu cruzamento (stub) é uma vista
> inferior da antena da linha cruzamento da fase no excitador da banda de 17
> Metros (a respeito do Modelo OB9-5) que resulta num SWR perfeito para todas
> as faixas .
>
> [image: Phase Line Crossing OB9-5]
>
> A tecnologia Alemã é levada a preceito. Como mostra a figura os elementos
> são isolados do boom por meio de suportes UV resistent , estes elementos de
> plástico são robustos e resistentes aos raios Ultra violeta. Estas peças são
> de fábrica e de diferentes tamanhos de modo a servir o diâmetros dos
> diversos elementos que compõem a antena.
>
>
>
> [image: Outer rope fixing]
>
> Esta imagem mostra o suspensor da antena em cabo de aço inoxidável que
> permite manter o boom sempre horizontal e os elementos
>
>
>
>
>
>
>
> [image: http://www.arraysolutions.com/images/boomtomast2.jpg]
>
> Dependendo do tamanho da antena e da posição desta cada antena possui um
> centro adaptável a cada tipo de mastro desde os 55mm até aos 65mm ou mesmo
> 75mm dependendo do tipo de antena com número de elementos.
>
>
>
> [image:
> http://www.sdz.it/images/antenne/big/bobbina-di-carico-per-la-fr.jpg]
>
> Na antena de 40 metros existe uma bobine para que o desempenho seja mais
> eficaz tornando assim mais broad. O desempenho da antena é então melhorado .
>
> [image:
> http://www.sdz.it/images/antenne/big/particolare-del-bullone-a-b.jpg]
>
> O sistema de aperto dos elementos é feito com parafusos “sextavados” em aço
> inoxidável usando um  o método de aperto diferente do habitual ; para que
> o tubo não entre em torção o aperto é só efectuado num dos lados ficando a
> “cabeça” do parafuso a efectuar pressão dentro do tubo exterior .  Este
> sistema inovador permite um melhor “Q” na antena e ao mesmo permite maior
> durabilidade.
>
> O conjunto de peças que formam as Antenas Multibanda OPTIBEAM são pré
> alinhados depois de devidamente ensaiados e testados.
>
>
>
>
>
>
>
> Mais informação no site pessoal de Manuel Alberto C. Marques, CT1BWW em :
> http://www.ct1bww.com/tecnica.htm
>
>
>
>
>
> Fonte: *CT1BWW web site http://www.ct1bww.com/*
>
> _______________________________________________
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> http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
>
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