ARLA/CLUSTER: Packet-radio VHF/UHF

Sergio Matias sergio.matias gmail.com
Quinta-Feira, 14 de Maio de 2009 - 17:59:03 WEST


Boas.

Tenho acompanhado as mensagens que têm chegado, e permitam-me mais
alguns comentários.

Tal como o colega CT2HKY, no ano em que obtive a licença de amador
(1998), comecei logo a operar em Packet no VHF, modalidade que sempre
gostei muito, e que já conhecia anteriomente.
Divergências á parte entre NET/ROM e FlexNet, sempre utilizei o que
considerava melhor, e sempre acompanhei a evolução desta modalidade,
em termos de software e hardware.

Certo é que a evolução e facilidade de acesso à Internet acabou por
aos poucos extinguir a modalidade do Packet em modo conectado,
juntamente com as incompatibilidades que entretanto surgiram entre os
modems/TNC's e software/sistemas operativos. A única vertente que
sobreviveu foi o APRS, que trabalha em modo não conectado. O que se
passou em Portugal não foi diferente do que se passou no resto da
Europa, nomeadamente na Alemanha, que tinha uma rede bastante boa e
que aos poucos se foi extinguindo.
Como somos todos amadores, a sobrevivência do Packet deveu-se ao
trabalho e às contribuições voluntárias por parte dos utilizadores e
responsáveis pelos sistemas. A partir do momento em que o número de
utilizadores diminuiu drasticamente, tornou-se questionável a
manutenção e funcionamento dos sistemas.

Surgiram questões pertinentes nesta discussão, mas na minha opinião,
acho que se deveria manter "viva" esta modalidade, e com uma rede
minimamente funcional.
Claro que os "1200bps" há muito que estão ultrapassados. Existiram
outras alternativas muito mais rápidas, mas que nunca foram
implementadas em Portugal.

Sejamos realistas, que é que necessita de VOIP e Streaming Vídeo,
p.ex., via Packet AX.25?
Para isso temos as comunicações de voz analógicas ou digitais (D-Star,
etc.) e p.ex. a TVA para vídeo, nos segmentos do espectro de rádio
_exclusivos_ dos radioamadores, sem depender de serviços comerciais de
terceiros para efectuar as interligações.

A títtulo de exemplo, a 9600bps com ou sem TCP/IP sobre AX.25, é
suficiente para troca de informação ponto-a-ponto, com aplicações de
BBS, FTP, Chat e outros. Em tempos idos, esta lista de correio podia
muito bem estar integrada no sistema de boletins de uma BBS AX.25,
assim existisse rede e utilizadores. E, pasme-se, numa rede e
protocolo _exclusivos_ para radioamadores, sem depender do acesso à
Internet.
Ainda, quantas entidades conhecem que tenham alocado uma gama de IP's
como a rede AMPR classe A 44.0.0.0/8 ? Não muitas, certamente.

Pessoalmente, ainda tenho algum hardware por testar, composto por um
modem 1k2/9k6 com porta USB e com software compatível com Windows XP,
ou seja, um pouco mais actual, excepto nas velocidades. Mais que não
seja, irei testá-lo sozinho, com os meus equipamentos.

Também já analisei a questão da transferência de dados por D-STAR em
1200 MHz, mas o preço dos equipamentos é proibitivo para a maioria, a
questão de ser em 1200 Mhz é limitativa em termos de cobertura, e a
funcionalidade em termos de ligações ponto-a-ponto e/ou
ponto-multiponto não está muito bem explicada, pela informação que se
encontra disponível.

Posto isot, chamem-me retrógrado se quiserem, mas incluam também os
que gostam de AM, de CW, de válvulas, e de escutar broadasts em ondas
curtas, p.ex. ;-)

Muito mais haveria por dizer, mas preferia discutir mais algumas
ideias acerca deste tópico via rádio.
Para quem quiser discutir Packet, APRS, AX.25 e afins via rádio,
estarei disponível.


Cumprimentos,

--
Sérgio Matias, CT1HMN


2009/5/8 Sérgio Matias:
> Boas.
>
> Gostava que os colegas me informassem quais os sistemas de packet-radio (ou
> rádio-pacote?) que ainda estão em funcionamento actualmente em VHF e UHF.
> Não estou interessado nos de APRS, apenas packet-radio em modo conectado,
> BBS's, nodes e afins.
>
>
> Cumprimentos,
>
> --
> Sérgio Matias, CT1HMN




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