Re: ARLA/CLUSTER: Ruminações
TUXA
luistuxa gmail.com
Quarta-Feira, 25 de Março de 2009 - 12:43:42 WET
CarÃssimo Paulo e restantes colegas
Gostei da sua maneira de ver as coisas, embora sobre a banda de cidadão
muita coisa haveria por dizer. Espero que o Cluster tenha voltado Ã
agradável troca de idéias entre Radioamadores com R grande.
73, CT1GUJ
Luis Braz
2009/3/25 Paulo Calvo <ct1idw gmail.com>
> Estimados Colegas,
>
>
>
> Tenho lido as mensagens sobre a nova legislação e fico surpreendido por
> alguns dos comentários e não resisto a tecer algumas considerações:
>
>
>
> 1 - A idade mÃnima passa para 12 anos. Acho esta medida muito positiva, é
> um passo na direcção certa. Não fazia sentido que para ser radioamador e
> caçador a idade mÃnima fosse a mesma. A comparação entre uma espingarda
> calibre 12 e um transceptor não é possÃvel. Por muito poucos adolescentes
> que façam exame
>
>
>
> 2 - Ainda acerca da idade mÃnima não consigo perceber como é que alguns
> colegas desprezam esta medida, em especial colegas com responsabilidades
> associativas... Esta novidade abre oportunidades fantásticas.
>
>
>
> 3 - Pertencer à classe A significa que foram superadas provas que qualquer
> pessoa pode realizar. Exclusão feita aos que conseguiram passagens
> administrativas. Isto não quer dizer que um colega com a classe A seja
> superior ao colega de classe B ou C. Quer apenas dizer que se deu ao
> trabalho de aprender a matéria e fazer o exame. Estes dois factos permitem
> que tenha mais privilégios que os outros colegas. Chamo a isto recompensa
> pelo trabalho feito.
>
>
>
> 4 - Há colegas que têm orgulho em ser da classe B ou C. Bom para eles. Não
> percebo é que tenham orgulho em ficar por aÃ, demonstra falta de ambição e
> muita falta de vontade de aprender.
>
>
>
> 5 - Um colega escreveu que em vários anos de radioamador não aprendeu
> nada... Não percebo como...
>
>
>
> 6 - Pertencer à classe C não é uma fatalidade. Alguns defendem mais
> privilégios para a classe C mas ninguém é obrigado a pertencer à classe C, o
> exame directo para a classe B era possÃvel. Só não o faz quem não sabe a
> matéria e não quer (ou pode) aprender. Mas as pessoas que não podem
> aprender são poucas, seja por falta de tempo, motivação ou outras razões.
>
>
>
> 7 - Queixam-se alguns do silêncio nas bandas. Talvez mas cada um opera no
> seu estilo. Há quem tenha conversas de horas e quem faça contactos de
> segundos. São preferências. Há quem opere todos os dias e quem só o faça nas
> férias. Confesso que a última vez que fiz um contacto foi em Maiorca no ano
> passado. São opções de vida.
>
>
>
> 8 - Telegrafia e fonia... Quem não sabe telegrafia parece odiar a
> telegrafia... A telegrafia oferece oportunidades de contactos muito
> superiores à fonia! Dá trabalho aprender, não é coisa que se compre,
> conquista-se aos poucos.
>
>
>
> 9 - O CB não é uma porta de entrada para o radioamadorismo. Como pai não
> quero expor o meu filho à linguagem por vezes utilizada na banda do cidadão.
> Admito que muitos utilizadores sejam pessoas educadas, mas existem por lá
> javardos suficientes para tornar a banda do cidadão um local a evitar.
>
>
>
> 10 - O acesso ao CB compra-se, o acesso ao radioamadorismo conquista-se.
> Conquista-se com trabalho, estudo e prestação de provas. Acho muito bem que
> o acesso ao radioamadorismo seja mais difÃcil, sejamos poucos mas bons.
>
>
>
> 11 - A lei recentemente aprovada permite à ANACOM alterar a regulamentação
> sem recorrer ao poder legislativo. Esta é uma faca de dois gumes... Pode ser
> bom ou mau.
>
>
>
> 12 - Muitos colegas se queixam da situação mas parece que não sabem o que
> querem.
>
>
>
> 13 - Um colega chegou a ameaçar que publicaria QSOs que tem gravado. Este
> estimado colega devia saber que isso é proibido pela lei que nos rege.
>
>
>
> 14 - Um certo "colega" identifica-se como CT1 quando é CT2! Mas que é isto!
> Se isto acontecesse noutro sÃtio não só esse "colega" ficaria a falar
> sozinho mas também seria punido exemplarmente.
>
>
>
> 15 - SSTV não é um modo digital... Lá por hoje em dia se fazer com um
> computador, continua a ser analógico...
>
>
>
>
>
> Conclusão:
>
> O radioamadorismo, tal como em tudo na vida, deve ser uma actividade onde o
> esforço seja recompensado. Todos devem ter as mesmas oportunidades, embora
> nem todos sejam iguais.
>
> Esta é uma porta de entrada para o mundo da tecnologia, mas só deve ter
> acesso ao radioamadorismo quem demonstrar de forma clara que tem os
> conhecimentos, as aptidões sociais e a educação suficientes.
>
> A ANACOM infelizmente apenas pode avaliar os conhecimentos técnicos e
> legais.
>
> Ser radioamador tem de ser um privilégio que se conquista com trabalho,
> esforço e vontade de aprender, isto sem esquecer o respeito pela lei.
>
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> 73 de CT1IDW
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