ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)

TUXA luistuxa gmail.com
Terça-Feira, 10 de Março de 2009 - 14:18:19 WET


Boa tarde
Nas costas dos outros vejo as minhas, atenção que podem dizer o mesmo do
colega. Haverá sempre quem critique os seus QSO's, não tenha a mínima
dúvida. Importa mesmo é que continue a fazê-los, para não deixar as
frequências às moscas.Quanto aos engenheiros, deixe lá os homens em paz...
Também quanto à polémica que tem levantado com o morse, sabe que isso é como
andar de mota, só depois de experimentar é que se dá valor e começa a
gostar. Perca um bocadinho do seu tempo e inscreva-se num curso de morse,
vai ver que não se arrepende e ainda me vai dar razão.
Abraço

73, CT1GUJ
Luís Braz

2009/3/10 João Cunha <ct2gsn  gmail.com>

>  Eu jurei a mim mesmo que nãqo dava mais nenhuma opinião neste fórum sobre
> nada
> mas quando leio o que li não posso ficar indiferente.
> Estive na Banda do Cidadão muitos anos foi a melhor escola que pude ter
> como operador de radio ,ainda hoje opero da mesma  forma ,não sou daqueles
> que pela razão de tirarem  a carta de amador mudaram at´+e a sua maneira de
> ser .
> Sou o que sou e não me sinto mal com isso, aliás também nunca bebi não bebo
> bebidas alcoólicas por isso não encaixo no padrão que o colega quer por nos
> utentes da Banda do Cidadão .Conheci muitos e bons operadores e até técnicos
> de radio que ainda hoje estão nas bandas de amador que foram bons operadores
> nos 27 Mhz.
> Com respeito aos defeitos de todas as bandas ,confeço que tambem já estou
> farto de em detern«minadas frequencias escutar sempre os mesmos sem " pucha
> papagaio" nem "pucha cabra" mas com G3 ,TURRAS ,MAINATOS MACHIBOMBOS E
> OUTRAS PALAVRAS QUE PASSADOS 30 ANOS AINDA HÃ GENTE QUE TEM QSOS DESTES.
> or isso venha o diabo e escolha .
> Seja de que forma for eu serei sempre radioamador imdependentemente da
> ligislação.
> Cada dia que passa fico mais a saber que há ainda muita gente que julgam
> que os Sntos andam de avião .
> A PARTIR DESTA NÃO COMENTO MAIS ....
> PARA SER RADIOAMADOR NÃO SE TEM QUE SER ENGENHEIRO
> MAS Hà MUITO ENGENHEIRO QUE QUE NÃO FARIA FALTA NENHUMA SER RADIOAMADOR.
> TENHO DITO.
>
> CT2GSN       JOÃO CUNHA
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> 2009/3/10 José Miguel Miranda Barroso da Fonte <etjfonte  ua.pt>
>
> Se eu for mestre do bisturi, isso faz de mim médico (cirurgião)?
>>
>> Operadores de rádio não são necessariamente rádioamadores. O serviço de
>> amador e amador por satélite é por definição, um serviço de cariz
>> científico
>> com o objectivo de instrução pessoal na temática da rádio-electricidade e
>> afins.
>>
>> Para, simplesmente, operar rádio, tem por exemplo o serviço público de
>> acesso não condicionado, denominado Banda do Cidadão, e serviços isentos
>> de
>> licença, tais como os PMR e LPD, estes últimos comungam de alguns canais
>> em
>> 433 MHz com o serviço de amador. Peço desculpa por parecer algo radical
>> mas
>> de facto era assim que deveria ser, talvez uma visão utópica…
>>
>> Pelo que sei, há festas noutras bandas, pelo que não é preciso virem todos
>> para o serviço de amador a “puxar papagaiosâ€, a emitir dos seus QT’s (acho
>> que é QTH mas depois da última cerveja alguém comeu uma letra), a rirem-se
>> enquanto primem o PTT (Push-To-Talk), a fazerem QSO sem espaços entre
>> câmbios, a deixarem disparar o temporizador do repetidor,
>> consecutivamente,
>> num QSO de alguns minutos, etc.
>>
>> É um facto que estou a generalizar mas a palavra diz tudo, generalizar,
>> quando de facto deveria ser a excepção. Também é um facto que a culpa é de
>> muitos CT1, que ao verem isto acontecer, preferem ignorar. Eu sou um pouco
>> assim, ignoro a maior parte das vezes, e quando digo algo em vez de
>> ouvirem
>> e reconhecerem um ou outro erro, preferem “atacar†ou ter uma atitude
>> prepotente daí o ignorar cada vez mais.
>>
>> Eu fiz CB, foi uma boa escola mas nunca vi nenhum papagaio onde pudesse
>> puxar. Tinha eu os meus 14 anos e nunca vi o Lindo Sol Brasileiro, nem
>> piriquitos, e macanudo deve ser algo tipo elfo.
>>
>> Cedo tive consciência que não era aquilo que queria. Na cidade em que
>> vivo,
>> não havia amadores, não havia informação, não havia nada, apenas vontade.
>> Felizmente o, agora, CT1ELQ pediu informação ao ICP e uns tempos depois
>> éramos uns quantos amadores. O gosto pela rádio era tal que condicionou o
>> meu futuro, através das minhas opções escolares e posteriormente
>> académicas.
>>
>>
>> Posso dizer que o meu primeiro rádio de HF multibanda foi adquirido apenas
>> em 2007. Antes tinha uma herança dos meus tempos de CB, que apenas me
>> permitia o uso dos 10 metros. E este problema, cuja limitação não é o
>> conhecimento, pois já era classe A, mas sim o factor económico? Pois é,
>> Felizmente com o evoluir dos anos os rádios ficaram mais baratos, existem
>> em
>> maior quantidade e devo dizer que a minha condição económica também se
>> alterou. De facto é simples ir ao supermercado comprar cerveja, puxar pela
>> goela e toca a falar…
>>
>> Apesar de não ter rádio (HF multibanda) isso não me impediu de fazer,
>> ensinar e aprender, aprender, aprender…
>>
>> Se tiver que “lutar†um pouco para fazer deste serviço (hobbie) um lugar
>> melhor, que seja.
>>
>>
>> Existem imensas actividade que um CT2 e um CT5 (incluem-se aqui uns
>> quantos
>> CT1) podem fazer em VHF e UHF. No caso dos CT2, até que têm muitas bandas
>> onde podem “trabalhar†com a excepção dos 20, 15 e parte dos 10 metros em
>> fonia. Limitações essas que PODIAM ser circundadas durante os concursos.
>>
>> Note-se o PODIAM pois pelo que vi no novo decreto, deixam de poder, e
>> aqui,
>> aplica-se a todos. Espero ver este ponto numa das portarias a sair em
>> breve.
>>
>> “Sem exame sí faria Morse que quer quer gosta e quem sabe quem não sabe
>> ,procederia da mesma forma estudava como estuda agora com os mesmos meios
>> e
>> quando chegar em frequencia e se sentir capaz de escutar e transmitir
>> ,força
>> .
>> não é o exame que atesta nada. “
>>
>> Confesso que tive alguma dificuldade em perceber a frase mas depreendi o
>> conteúdo e de certa forma até concordo, mas o cerne da questão seria
>> outro,
>> algo do género, nem todos os médicos são bons médicos (e não, sou mestre
>> do
>> bisturi logo sou médico).
>>
>> Infelizmente essa é a mentalidade reinante sendo depois o serviço de
>> amador
>> visto cada vez mais, como a nova CB, ao contrário de outros tempos em que
>> o
>> serviço de amador, de facto, inovava.
>>
>>
>> Peço mais uma vez desculpa pelo teor da mensagem mas estou de ressaca e só
>> vejo água a correr nesta lista…
>>
>> Já estou a ver a rima: “Bora pedir um ICOA na Zé Malhoaâ€
>>
>> Ah! E já agora… um chavão: “Quantidade não é qualidadeâ€.
>>
>> 73 de ct1enq
>>
>>
>> PS: Desta vez foi mesmo de uma assentada, sem revisão e sem reflexão pois
>> a
>> falta de cerveja faz destas coisas… Na próxima já não faltará cerveja para
>> continuar a festa!
>>
>> ________________________________________
>> De: cluster-bounces  radio-amador.net
>> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de João Cunha
>> Enviada: domingo, 8 de Março de 2009 18:17
>> Para: nobre.santos  netvisao.pt; Resumo Noticioso Electrónico ARLA
>> Assunto: Re: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>
>> Continuo a não entender  o problema de certas pessoas relativamente ao CW.
>> Aí vou eu bater na mesma tecla,porque é que mesmo não gostando de Morse e
>> gostando de fonia,e como CT2 classe B sem Morse não poder usufruir de
>> determinadas frequencias que não são especificas de morse ,mas até mais de
>> fonia   ,ter que fazer exame de Morse não entendo .
>> Sem exame sí faria Morse que quer quer gosta e quem sabe quem não sabe
>> ,procederia da mesma forma estudava como estuda agora com os mesmos meios
>> e
>> quando chegar em frequencia e se sentir capaz de escutar e transmitir
>> ,força
>> .
>> não é o exame que atesta nada.
>> Por causa dessa lei do tempo dos Afonsinhos estão muitos bons operadores
>> impedidos de uzar os 20 metros os 15 e outras frequencias muito
>> interessantes em fonia.
>>
>> MOSE SIM SEMPRE MAS PARA QUEM GOSTA ,ACABAR COM O MORSE NUNCA.
>>
>> CT2GSN    JOÃO CUNHA
>>
>>
>> 2009/3/7 Jorge Santos <nobre.santos  netvisao.pt>
>> Colega Joel.
>>
>> Uma das razões que leva colegas B a reclamarem direitos é exactamente o
>> facto de existirem CT1's sem morse, portanto a sua afirmação está de todo
>> errada, aliás existem tantos CT1's sem morse do que com, consulte a lista
>> publicada pela ANACOM e poderá ver que essa informação não está correcta.
>>
>>
>> 73’s from:
>> ***********************************
>> CT1JIB / Jorge Santos
>> QTH-Locator : IM58mo
>> CQ Zone: 14 / ITU Zone: 37
>> Watch data in www.qrz.com
>> QSL Via: Bureau or Eqsl: www.eqsl.cc <http://www.eqsl.cc/>
>>
>> REP Member# 1748
>>
>> ARLA Member# 070
>>
>> ARRL/LoTW Member# 2000232451
>>
>> AMSAT Member# 36900
>>
>> EPC Member# 5302
>>
>> *
>>
>> Sysop of CQ0DSA, CQ0DAH, CQ0DCH
>>
>> D-Star System
>> ************************************
>>
>>
>>
>> Joel Lobão escreveu:
>> Caro colega,
>> Não vi em parte alguma do texto do CT1ENQ algo que sugerisse uma luta de
>> galões.
>> Quanto a CT1's sem morse não existe. Todos os CT1 estão habilitados a
>> fazer
>> morse, quer tenham feito o exame quer tenham passado administrativamente.
>> Além disso há poucos segmentos da banda de amador que um CT1 não possa
>> operar. Que me lembre só os 6m a faixa de 7100 a 7200 e 70Mhz, pois esses
>> carecem de uma licença especial que só é atribuida à classe A.
>> Acho que todos querem o bem do radioamadorismo. Apenas cada um tem a sua
>> visão do que é melhor...
>> CT1HXB
>>
>> 2009/3/7 fernando seco <fernando.seco  netvisao.pt
>> <mailto:fernando.seco  netvisao.pt>>
>>
>>    " é normal escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos
>>    segmentos que lhes "eram/são" permitidos"
>>
>>    Porque é que quando se refere aos CT2 não refere classe B? Sim
>>    porque existe uma grande parte dos CT1 classe B.
>>    "Talvez CT1s ..." tem duvidas que tambem os haverá?
>>
>>    Já agora qual a diferença em provas prestadas entre um CT1 sem
>>    Morse e um CT2 ? O "exame" foi diferente? As pessoas fizeram os
>>    exames que lhe foram exigidos para a classe e foram aprovados ou
>>    não ponto final.
>>
>>    Existem bons e maus em todas as classes e se for de mau caracter
>>    ha-de ser em todas .
>>
>>    Isto em vez de puxarmos todos no mesmo sentido para o futuro do
>>    rádioamadorismo, parece uma luta de galões para ver quem é o o melhor.
>>    CT2GAI
>>
>>    ----- Original Message ----- From: "José Miguel Miranda Barroso da
>>    Fonte" <etjfonte  ua.pt <mailto:etjfonte  ua.pt>>
>>    To: "'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'"
>>    <cluster  radio-amador.net <mailto:cluster  radio-amador.net>>
>>    Sent: Saturday, March 07, 2009 2:33 AM
>>    Subject: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>
>>
>>
>>
>>    A prova que foi de uma assentada, é a de que comecei por tentar
>>    fazer uma
>>    comparação com os dois antigos decretos e a certa altura o cansaço
>>    já era
>>    notório e acabei por atirar alguns pensamentos. Eram quase três da
>>    manhã
>>    quando enviei a mensagem, isto depois de um dia de trabalho cansativo.
>>    A reflexão que existiu foi a de alguns pensamentos recorrentes,
>>    daí algumas
>>    ideias já estarem definidas.
>>    :)
>>
>>    Quanto ao comentário do colega João Martins, o que posso dizer é
>>    que se isto
>>    fosse uma utopia, até os CT5 podiam ser CT1, desde que respeitassem as
>>    imposições legais. Infelizmente, mesmo podendo ser identificados,
>>    é normal
>>    escutar colegas CT2/CT5 (e talvez CT1s) fora dos segmentos que lhes
>>    "eram/são" permitidos. Eram, porque agora não sabemos como vai ser.
>>
>>    (Gostei da estória do Inocêncio eheh)
>>
>>    No entanto, em relação ao novo decreto, houve uma questão que me
>>    suscitou
>>    curiosidade. Era, e continua a ser por mais 90 dias, comum escutar
>>    colegas
>>    dizer que bastava pedir um indicativo especial para operar todas
>>    as bandas,
>>    Isso, como já foi provado, é mentira. Mas existia outra questão.
>>    No decreto
>>    de 1995, artigo 18º ponto 2, diz:
>>
>>    "2 - O ICP pode, sempre que se realizem concursos entre os amadores
>>    nacionais, ou entre estes e os estrangeiros, mediante proposta
>>    fundamentada
>>    de amadores ou de associações de amadores, autorizar, durante o
>>    período
>>    desses concursos e para essa finalidade, a utilização sem restrição de
>>    distância, tipo de emissão ou de categoria de amador, de qualquer
>>    das faixas
>>    de frequência atribuídas ao serviço de amador."
>>
>>    Ora, este ponto era interessante e eu concordava com ele, mas e agora?
>>
>>    Agora é o Artigo 14º (da Lei de 2009). Este diz:
>>
>>    " Autorizações especiais
>>    1 - O ICP -ANACOM pode conceder autorizações
>>    temporárias para o funcionamento de estações, com localizações
>>    definidas, nos termos do n.º 1 do artigo 15.º, que
>>    não cumpram no todo ou em parte as disposições técnicas
>>    definidas no presente decreto -lei, a titulares de CAN,
>>    com excepção dos da categoria 3, bem como a titulares
>>    de licenças de estação de uso comum ou de documento
>>    habilitante válido emitido pela CEPT, UIT ou país com o
>>    qual Portugal tenha um acordo de reciprocidade.
>>
>>    2 - O ICP -ANACOM pode autorizar, em determinados
>>    eventos ou iniciativas, que indivíduos não habilitados para
>>    o efeito utilizem estações de amador, sob a supervisão de
>>    amadores das categorias 1, A ou B.
>>
>>    3 - As autorizações referidas nos n.os 1 e 2 são atribuídas
>>    mediante requerimento dirigido à ANACOM que
>>    invoque o objectivo exclusivamente de promoção e divulgação
>>    do conhecimento tecnológico e científico ou de
>>    desenvolvimento de actividades experimentais no âmbito
>>    das comunicações electrónicas em geral e das radiocomunicações
>>    em particular.
>>
>>    4 - No caso a que se refere o número anterior, os requerimentos
>>    devem ser apresentados ao ICP -ANACOM com
>>    uma antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à
>>    data pretendida para o início de vigência da autorização.
>>    5 - Em casos excepcionais, devidamente justificados,
>>    o ICP -ANACOM pode dispensar o cumprimento do prazo
>>    a que se refere o número anterior. "
>>
>>    (A lei de 95 tem dois pontos.)
>>
>>    Ora, no ponto 1 refere o ponto 1 de artigo seguinte (15º), que diz:
>>
>>    "1 - As faixas de frequências atribuídas ao serviço de
>>    amador e ao serviço de amador por satélite, bem como as
>>    condições de utilização para cada uma das categorias a
>>    que se refere o n.º 1 do artigo 5.º, incluindo as respectivas
>>    potências de emissão são fixadas e publicitadas no Quadro
>>    Nacional de Atribuição de Frequências (QNAF)."
>>
>>    Se não estou em erro, acabou-se a cerveja...
>>
>>    Autorizações especiais, de cariz temporário, aplicam-se nos termos
>>    do ponto
>>    1 do artigo 15º. Este ponto refere que as categorias e suas faixas
>>    serão
>>    publicitadas no QNAF. Das duas uma, ou o QNAF vai ficar ainda maior ou
>>    alguém meteu água (na cerveja). Será o fim das eventuais excepções
>>    consentidas pela ANACOM após requerimento "fundamentado".
>>
>>    O texto além de mais extenso complica o que era fácil.
>>
>>    Comentários?
>>
>>    Já agora, alguém sabe as razões da divisão da banda dos 30m em 3
>>    parcelas?
>>    Não vi ninguém comentar isso. Já há algum tempo que vi esta
>>    divisão aparecer
>>    no QNAF mas não vi nenhuma reacção. O serviço de amador tem estatuto
>>    secundário nesta banda, mas e daí? Se nem nas bandas de estatuto
>>    primário
>>    com protecção estamos à vontade...)
>>
>>    Enfim, alguém para a "after-hours" na Zé Malhoa?
>>
>>    73 de ct1enq
>>
>>
>>    -----Mensagem original-----
>>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de João
>>    Gonçalves Costa
>>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 10:14
>>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>>    Assunto: RE: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>
>>    Muitos Parabéns CT1ENQ,
>>
>>    Pela sua bem elaborada e fundamentada analise que vem recentrar e
>>    enriquecer a discussão em muito do que é essencial se discutir no
>>    presente e
>>    para o futuro.
>>
>>    Discordando em alguns pontos por si abordados, caso do morse, no geral
>>    concordo com muito do que escreveu e do muito que existe para
>>    escrever e
>>    debater.
>>
>>    Infelizmente, muitas vezes ficamo-nos pela "espuma dos dias " e
>>    não paramos
>>    para distinguir o joio no meio do campo de trigo.
>>
>>    Discordo completamente desta sua frase "...escrevi isto duma
>>    assentada sem
>>    muita reflexão " pois não é de todo verdade.
>>
>>    João Costa,CT1FBF
>>
>>    ________________________________
>>
>>    De: cluster-bounces  radio-amador.net
>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>
>>    [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net
>>    <mailto:cluster-bounces  radio-amador.net>] Em nome de José Miguel
>>    Miranda
>>    Barroso da Fonte
>>    Enviada: sexta-feira, 6 de Março de 2009 2:49
>>    Para: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
>>    Assunto: ARLA/CLUSTER: O novo decreto (e a festa continua)
>>
>>
>>
>>    As notas introdutórias, do antigo e novo decreto, diferem, como
>>    seria de
>>    esperar. O decreto antigo começa por se queixar da complexidade e
>>    multiplicidade normativa do decreto de 1983. Também afirma que
>>    ocorreram
>>    alterações normativas que justificam as alterações que, entretanto,
>>    entrariam em vigor. Modificaram-se as categorias, faixas de
>>    frequências,
>>    classes de emissão (mas nem todas contempladas.) e dizem que a as
>>    práticas
>>    decorridas também ajudaram e reformular o "novo", de 1995, decreto.
>>    Acolhem-se princípios da WRC e CEPT (T/R 61-01 e T/R 61-02). Dai a
>>    existência de apenas 3 classes.
>>
>>
>>
>>    Ora, o novo decreto começa por afirmar que o decreto anterior
>>    demonstra a
>>    necessidade de actualização (com atraso de 14 anos). Afirmam que este
>>    decreto traduz esse esforço! (Bem, a começar com 6 categorias, parece
>>    simples!).
>>
>>
>>
>>    A verdade é que alguns dos erros do decreto de 1995 foram
>>    corrigidos. Alguns
>>    pontos do novo decreto já existiam no decreto de 1983.
>>    "Desapareceram" desde
>>    1995 e voltam agora, como o caso de um operador de classe inferior
>>    poder
>>    utilizar a estação de um amador de classe superior desde que
>>    respeitando as
>>    limitações da sua classe. Outro erro corrigido é a frase que
>>    consta no CAN,
>>    actual, de cada um, onde, no verso, diz:
>>
>>
>>
>>    "A instalação e utilização de estação de amador própria carece de
>>    licença"
>>
>>
>>
>>    A incoerência deste frase é tal que nem merece comentários, no
>>    entanto no
>>    novo decreto, o de 2009, Capítulo III artigo 9º ponto 1, é dito:
>>
>>
>>
>>    "O funcionamento de estações individuais de amador não carece de
>>    licença"
>>
>>
>>
>>    Contemplam-se normas, extensivamente, para as estações de uso
>>    comum, algo
>>    que não estava contemplado no decreto de 1995, o que é de salutar.
>>
>>
>>
>>    A renovação automática também me parece bem, contemplada na lei de
>>    2000 cuja
>>    aplicação excluía o serviço de Amador e Amador por satélite.
>>
>>
>>
>>    Depois surgem os erros, tipo: Artigo 6º ponto 3:
>>
>>
>>
>>    " Os CAN são válidos por um período de 10 anos, independentemente da
>>    alteração de categoria durante esse período."
>>
>>
>>
>>    Depois o ponto 4 diz:
>>
>>
>>
>>    " O CAN deve ser alterados nos seguintes casos:
>>
>>    a) Por iniciativa do ICP-ANACOM, sempre que se verifique uma alteração
>>    na categoria de amador;"
>>
>>
>>
>>    Esta "redundância" parece completamente desnecessária, do tipo,
>>    decreto de
>>    1995. Este é apenas um dos, alguns, casos. A verdade é que li o
>>    decreto uma
>>    vezes mas sempre na "diagonal" e foi o suficiente para perceber
>>    que os 14
>>    anos de espera não vislumbram nada de novo, apenas mais do mesmo,
>>    isto,
>>    mesmo sem conhecer o conteúdo das portarias que se avizinham.
>>
>>
>>
>>    Um dos pontos que me preocupa é o novo valor das taxas, tendo em
>>    conta que o
>>    serviço de amador NÃO É UM SERVIÇO PÚBLICO mas sim de cariz cientifico
>>    apesar da "CBização" que se tem verificado.
>>
>>
>>
>>    Preocupa-me a questão dos novos indicativos. Desde há uns anos que não
>>    entendo o que a ANACOM anda a fazer. Todos sabem que a série
>>    atribuída a
>>    Portugal é CQ-CU, já para não falar da série XX que se perdeu em
>>    2007 para a
>>    China sem que ninguém desse por ela (sem comentários).
>>
>>    A sub-divisão interna é internacionalmente conhecida:
>>
>>
>>
>>    CQ-CT 0,1,2,4,5,6,7,8 PORTUGAL
>>
>>    CQ-CT 3,9 MADEIRA
>>
>>    CU 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 AÇORES
>>
>>
>>
>>    Até aqui, e apesar dos erros do passado, tudo bem, até que os
>>    iluminados da
>>    Anacom se lembraram de começar a atribuir CQ0 para os repetidores
>>    continentais, CQ1 e CQ2 para as ilhas, no entanto uma estação
>>    continental
>>    "pode" pedir um indicativo com CQ2 para um concurso. Os CR até à
>>    data foram
>>    reservados para os buracos negros. Enfim, são estes os
>>    especialistas de
>>    trazer por casa, que recebem bateladas de euros ao fim do mês, que
>>    andam a
>>    deliberar e a gerir o nosso serviço.
>>
>>
>>
>>    Hmm, eles sabem que podem ter indicativos com sufixos de dimensão 4.
>>
>>
>>
>>    Algo que me preocupa profundamente são as novas classes. O decreto
>>    de 95 já
>>    era suposto aproximar-se do modelo da CEPT dai terem desaparecido
>>    as cinco
>>    classes que existiam (A, B, C, D e E - sim a E existia, era em
>>    norma para as
>>    XYL, e todas as operadoras tinham sufixo do tipo CT1Yxx) e passarem a
>>    existir apenas 3. Já era suposto serem só três mas agora, julgo,
>>    pela razão
>>    de se evitarem passagens administrativas (os CT2 que se queixaram
>>    tanto
>>    perderam a oportunidade) serão 6. Seis para um universo de, menos
>>    de, 6000
>>    utentes dos quais metade deve estar inoperativa. Isto é no mínimo
>>    um absurdo
>>    mas talvez sejam as consequências do facilitismo verificado nos
>>    últimos
>>    anos, com exames de cruzinhas, e perguntas cuja resposta já era
>>    domínio
>>    público mesmo sem se saber o conteúdo dessa mesma resposta. Alias,
>>    basta
>>    ouvir as conversas no VHF (2m) hoje em dia, para se ouvirem os
>>    "macanudos"
>>    que para terem licença de amador deveriam saber coisas básicas como
>>    circuitos ressonantes série-paralelo, relação comprimento de onda e
>>    frequência, etc, mas são os primeiros a admitir que não percebem nada.
>>    Atenção estou a generalizar e não são apenas CT2, também são CT1s
>>    que pelas
>>    passagens administrativas subiram de classe (mas aqui a idade é um
>>    posto e
>>    não discordo). Mas também é verdade que existem muitos
>>    radioamadores que o
>>    são e no entanto não são especialistas sobre rádio-electricidade, mas
>>    procuram-no à sua maneira.
>>
>>
>>
>>    Vão-me desculpar, mas para falar existem muitas outras formas e
>>    algumas
>>    destas são hertzianas, que não o serviço de amador.
>>
>>
>>
>>    Quanto ao morse, continuo a achar que deve ser um factor de
>>    distinção. Foi a
>>    única "benesse" que as passagens administrativas me deram mas no
>>    entanto
>>    isso não me impediu de o aprender e tentar, sempre, melhorar e ser
>>    mais
>>    rápido. Com este modo podemos escutar balizas de satélites, cujo
>>    efeito de
>>    doppler, inviabiliza (ou dificulta bastante) a descodificação com
>>    métodos
>>    não humanos. Em situações de emergência, quando muitas vezes só
>>    temos acesso
>>    ao "keying" de um transceptor, que por razões várias possa estar
>>    danificado
>>    impossibilitando transmissões noutro modo. O "meteor-scattering"
>>    que recorre
>>    a "pings" ultra rápidos de morse, que obrigam a uma perícia imensa
>>    para em
>>    tempo real, desacelerar esses mesmos "pings", escutar o morse e
>>    responder à
>>    chamada. Enfim, uma panóplia de situações que recorrem ao ser
>>    humano e ao
>>    seu conhecimento adquirido. Quanto à informática, a "óptica do
>>    utilizador"
>>    não me parece relevante, mas o conhecimento dos modos digitais e
>>    sub-faixas
>>    alocadas e estes modos é importante.
>>
>>
>>
>>    Em relação às novas classes, não me parece que vá haver grandes
>>    alterações
>>    para as classes actuais, dai elas se manterem.
>>
>>
>>
>>    Enfim..
>>
>>
>>
>>    É tarde e escrevi isto duma assentada sem muita reflexão. Julgo
>>    que temos
>>    uns 85 dias, mais coisa menos coisa para tentarmos minorar os efeitos
>>    nefastos que esta lei possa trazer.
>>
>>
>>
>>    Esta é uma das minhas contribuições. para que a festa continue!
>>
>>
>>
>>    73 de ct1enq
>>
>>
>>
>>
>>
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