ARLA/CLUSTER: APRS

Paulo Calvo paulo.calvo brilhomania.pt
Quinta-Feira, 2 de Julho de 2009 - 09:59:25 WEST


Meus caros amigos, por definição, nesta e noutras áreas das comunicações, um repetidor retransmite os dados que recebe simultâneamente, sem os analisar e sem os alterar.
Podem argumentar como quiserem mas é assim que funciona.
Se um equipamento altera os dados que recebe e os retransmite não é um repetidor. Pode ser um comutador chamem-lhe o que quiserem mas repetidor é que não.

O software, firmware e hardware são parte integrante do digipeater.

Numa rede AX.25 a diferença entre os diversos tipos de nós que existem é essencialmente a capacidade de decidir o que fazer com as tramas válidas, havendo geralmente três decisões possiveis, reencaminhá-las, retransmiti-las ou descartá-las.

O AX.25 deriva do protocolo X.25 que continua a ser usado em todo o mundo em redes comerciais e os conceitos são comuns entre os dois protocolos.
Estes mesmos conceitos são usados em praticamente todo o tipo de redes de dados e não faz sentido que nós "inventemos" definições.

O uso de definições standard facilita a discussão e resolução de problemas...

Paulo Calvo
  ----- Original Message ----- 
  From: CT2HKY 
  To: ARLA-Cluster 
  Sent: Wednesday, July 01, 2009 6:46 PM
  Subject: ARLA/CLUSTER: APRS


  Boas para todos, mais uma vez.

  > Para mais um repetidor tem um canal de entrada e um de saída, um digipeater apenas tem um canal...

   
  Caro colega Paulo Calvo, aqui em Portugal é que só trabalhamos com digipater's em uma única frequência half-duplexer, na Alemanha, onde há uma bela rede de AX.25, nomeadamente para packet, até existia digis full-duplexer, ou seja, usavam um rádio dualband, e o rádio recebia por exemplo em Vhf e transmitia em Uhf, o que fazia com isto que ao mesmo tempo que se estava a receber os sinais numa banda, estavam a ser enviados ao mesmo tempo na outra, a velocidade de transmissão de dados era muito maior, posso-lhe dizer e garantir, que tive por algum tempo isso assim configurado numa BBS e mesmo a 1200 baud's, era tudo (tráfego) passado em muito pouco tempo, agora imagine no caso das redes Alemãs onde se trabalhava a 9k6, 19k2 e até a 38k4 com esta forma de transmitir full-duplex.

  Por tanto, se a definição de repetidor estiver "presa" por essa situação de usar um ou mais canais, isso depende na forma que se interpretar canal, digo eu...

  Para que no futuro possamos ter uma ou duas boas redes de aprs, na realidade os DIGI's devem ser considerados repetidores, logo, terão que ser legalizados em nome de associações, porque se assim não for, não tarda em vez de Gateway's passa tudo (Internet to RF), teremos DIGI's por todas as esquinas e ruas deste país, já lá vai o tempo que estes equipamentos eram caros e difíceis de se conseguir...!!! já só falta alguém conseguir fazer com que os DIGIs aumentem os path, ou seja, um wide3-2 ao entrar sair como wide7-6, trace7-7.

  Quanto a:

  > Eu sei disso, mas um digipeater altera a informação que recebe e retransmite-a.
  Por exemplo uma trama com WIDE3-3 sai com WIDE2-3.

  isto é o que o firmware que o faz e não o DIGI, ou seja, os algoritmos do firmware para APRS foi assim concebido, porque nos digis de packet, usava-se algo do género: "CT2HKY to CT2HKY-6 via HKYNOD*" e aqui, se a frame recebida tivesse o * junto do HKYNOD, que é o ssid do DIGI de packet era sinal que já era uma frame repetida se estivesse sem o * era a transmissão original ainda.

  Continuação de boa tarde para todos e também boas comunicações digitais.


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