ARLA/CLUSTER: Concursos VHF e UHF Portugueses

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Quinta-Feira, 23 de Abril de 2009 - 17:16:08 WEST


Boa tarde Matias, CT1FFU.

Durante muitos anos bati-me pelas alterações, a nível nacional, escrevendo para a QSP e em vários Fórum na Internet, tanto ao nível do Modo como da Polarização maioritariamente utilizados em concursos de VHF e UHF organizados em Portugal, sem quase nenhum sucesso, diga-se em abono da verdade.

Inclusive e por fim, lá se consegui que se realizassem algumas experiências, com a inclusão mesmo do cw e de pontuação diferenciada nos regulamentos em termos do Modo utilizado; a resposta foi quase ou praticamente nula, com 98% das estações a utilizarem FM e a polarização vertical.

Mas um dia, encontrei a resposta na própria pergunta que diversas vezes formulei - concursos nacionais em VHF e UHF.

E quanto a mim e em primeiro lugar,  tudo tem haver com a dimensão territorial;  a maioria das estações portuguesas que gostam de participar nos concursos nacionais em VHF e UHF situam-se todas a menos de 300 km dos seus correspondentes. Quanto ao Modo, também a maioria das estações nacionais em VHF e UHF gostam preferencialmente de operar em FM e faz-lhes sempre alguma confusão falar outra língua que não o português. Por sua vez, atrevo-me a dizer, que mais de 95% das estações que operam regularmente em VHF e UHF em fixo, móvel ou Portátil* não demonstra o mínimo interesse em utilizar outra polarização que não a vertical por uma questão de comodidade,espaço, etc; o que ao invés implicaria sempre instalar mais antenas, alem das corriqueiras verticais.

Assim sendo e a nível internacional, isto remete-nos para concursos locais ou regionais o que maioritariamente é o que são os nossos concursos nacionais em VHF e UHF; geograficamente falando, mesmo quando são de âmbito internacional no regulamento.


Resta aqui o caso das regiões autónomas da Madeira e Açores. Por uma questão geográfica na Madeira, a maioria das estações situam-se quase todas na parte Sul das Ilhas da Madeira e Porto Santo, o que só por si já é um grande factor para dificultar os contactos com o continente em VHF e UHF. No caso das regiões autónomas dos Açores, infelizmente já se encontram fora, na maioria das vezes, do famoso ducto troposferico do Atlântico Norte.

Quanto a mim e por uma questão de equidade e competitividade e partindo dos pressupostos atrás referidos todos os regulamentos dos concursos nacionais  deveriam ter como único modo a utilizar o FM e a polarização a vertical, pois conforme o colega Pinto, CT1ANO, referiu uma vez violentamente não é a mesma coisa fazer um concurso em SSB e em FM, tendo por base o mesmo regulamento.

João Costa,CT1FBF

*O entendimento de estação portatil em concursos não é o mesmo de que aquele que existe na legislação, ou melhor é mais abrangente do que aquele que é tipificado na legislação.

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De: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de antonio matias
Enviada: quinta-feira, 23 de Abril de 2009 14:51
Para: rep-redeemissoresportugueses  yahoogrupos.com.br; cluster  radio-amador.net
Assunto: ARLA/CLUSTER: Concursos VHF e UHF Portugueses

Boas Tardes.
Tenho observado ultimamente, que as associações portuguesas estão desenvolvendo
esforços conjuntos com vista a estimular a actividade competitiva nos concursos de altas frequências.
É positivo e é de louvar o empenho.
Todavia, prevejo que enquanto se mantiver a portuguesa tendência de andar orgulhosamente só, estas actividades
estão condenadas ao fraco impacto nos adeptos de concursos.
Isto porque:
Está instaurado um colectivo torcer de narizes por parte da maioria dos colegas ao VHF.
Não os censuro, pois muito de tráfego que ocorre nesta frequências, não é recomendável a ninguém que goste de educação civismo.
Também está instaurado em Portugal, e não sei porquê, nos nossos concursos, o uso de polarização vertical e o modo FM.
Ora isto é atroz para concursos.
Não só a polarização torna limitativo o alcance e eficiência da estação, como o FM obriga a maior ocupação de banda e menor sucesso nos contactos
a longa distancia.
Acho que tem de haver aqui um trabalho intensivo dos organizadores a promoverem  alterações para que possamos convergir
com as normas dos restantes concursos internacionais.
É imperativo o uso de SSB, nas bandas adequadas, e antenas com polarização horizontal.
Com SSB a largura de banda exigida é muito menor e há mais eficiência nos QSO's.
É preciso motivar as estações portuguesas de topo, destas lides, a participar e de igual forma os colegas dos outros países.
Só assim se vislumbrará  algum sucesso para o campeonato nacional de VHF e UHF

Esqueçam lá o FM e que os 2m são repetidores.
Existe um fantástico novo mundo para descobrir de DX nos 144.200  a 144.400 SSB



73's
Matias
CT1FFU




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