ARLA/CLUSTER: Re: Corrente

Radiophilo radiophilo gmail.com
Quinta-Feira, 17 de Julho de 2008 - 23:27:47 WEST


Jorge,

Complementando a tua mensagem, penso que a lei de Joule também aqui uma
excelente aplicação. Infelizmente não chega, porque embora sirva para
calcular a potência fornecida à pista, não dá qualquer ideia da potência
dela extraída por outros fenómenos. Como dizia o Matias, isso é muito
variável.
Na prática existem normas para o cálculo da corrente máxima em função da
espessura do cobre, da largura da pista e da diferença de temperatura entre
o cobre e o ambiente. Cada um destes 3 factores é importante.

Não tenho nenhuma norma comercial sobre o tema, o que seria talvez o mais
apropriado mas as normas comerciais em geral são pagas. Costumo usar normas
militares, que têm a vantagem de ser gratuitas e de fácil acesso. A norma
militar aplicável ao caso é a MIL-STD-275 que traz muitas recomendações
úteis para o projecto de PCBs, incluindo o dimensionamento das pistas.
Recomendo a sua consulta.

Quanto ao teu exemplo, eu diria que te esqueceste da vírgula, eram 2,5
amperes e não 25, ou então estavas a referir-te a uma largura de pista de
2cm e não de 2 mm..
Senão vejamos, De acordo com essa MIL-STD, a densidade de corrente máxima a
considerar para uma pista de 0.03 x 2 mm e para uma diferença de temperatura
de 20º (entre a pista e o ambiente) seria de cerca de 40 A/mm2 (assumindo o
pior caso). Ora a densidade que propões é cerca de 400 A/mm^2, cerca de 10
vezes mais.

Eu diria que os 3 A/mm2 propostos pelo CT1TE são muito conservativos e com
esses valores a placa não deve aquecer nadinha.

Cumprimentos,
António Vilela
CT1JHQ
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