ARLA/CLUSTER: Re: Resposta ao Francisco Costa (CT1EAT) sobre a proposta.

Francisco Costa, CT1EAT listas_ct1eat sapo.pt
Quinta-Feira, 24 de Janeiro de 2008 - 23:07:48 WET


Caro João

Acho que é patente a minha visão idealista da realidade nacional.
Mas acho que a tua visão realista e conhecedora é
porventura demasiado pessimista. Logo a tua proposta,
na minha opinião, é demasiado redutora, e coloca a
fasquia muito por baixo...
São diferentes perspectivas, que explicam as diferentes
soluções.

> Não existe qualquer tradição em Portugal, nesta área,
> de concursos de 24H.

A tradição já não é o que era. E se não se corta com
algumas tradições (como a recentemente mostrada na
tv, de deixar as crianças fumar no dia de reis), nunca
se passa da cepa torta...


> Por outro lado, e como bem sabes certamente, em
> VHF e UHF em média por tropo, os melhores contactos
> realizam-se ao nascer e ao pôr do Sol, isto a um nível
> de +- 500 Km. Assim, pessoalmente considero que o
> Sábado é o melhor dia para os concursos com horários
> entre as 14H e as 22H UTC, com possibilidade de ser
> estendido ao Domingo entre as 7H e as 12H UTC

O facto de um concurso durar 24h não obriga ninguém
competir as 24h. Por outro lado, à excepção do IARU
desde os Pirinéus, muito poucos QSO se devem realizar
entre as 00.00 e as 06.00h. Mas parece-me ridículo um
concurso ter dois períodos de operação, com um
período "oficial" de descanso. Eu acho que isso deve
ser uma escolha pessoal, e quem se levanta mais cedo
tem o prémio de fazer mais contactos!
Por outro lado, acho uma violência para os operadores
/P, depois do trabalho de montarem o "estamine",
não terem o gozo de mais umas horas no Domingo.
Por último, o facto de se operar nos dois dias, em
períodos opostos, permite desfrutar de diferentes tipos
de condições/propagação.


>> " 4) Estação Fixa/Portátil, Mono Banda/Multi banda,
>> Mono/Multi operador (esta última apenas em multi banda)"
> Sendo os dois primeiros pares exequíveis e aplicáveis não
> me parece que o segundo o seja rapidamente,

Não se trata de exequidade. Apenas se permite essa possibilidade.
Só participa nessa modalidade quem assim decide.
E não se "falseia" resultados do modo que referes:
> onde são todos mono operadores mas utilizam a/as mesma/as
> antena/as e o mesmo/os rádio/os no mesmo sitio.


> Assim, optei pela formula minimalista da Categoria única
> para estações fixas, móveis ou portáteis, (todos contra todos).

Com isto é que não posso concordar, de todo.
É tratar como igual aquilo que é desigual.
Não acho correcto. Não é justo, nem leal.


>> "6) FM/SSB (eventualmente CW)"
>> Penso que já respondi a este item, desde á muitas dezenas de anos
> que se tenta em Portugal, sem sucesso, implementar a banda lateral
> e o morse nos concursos nacionais em VHF e UHF

Como no caso anterior, o facto de haver SSB (ou CW) não obriga
ninguém a operar nesse modo. Apenas se dá essa possibilidade.
Sei que existe o problema da polaridade (FM/V vs SSB/H), mas
actualmente, em virtude dos equipamentos mais vendidos recentemente
(IC-706, IC-7000, FT-857, FT-897, etc), existe em Portugal mais
potenciais operadores de banda lateral nos 2m do que havia anteriormente.
Basta que ponham as antenas "deitadas" no mastro, com a vantagem
de fazer QSO distantes, logo mais valiosos em termos de pontuação.


> pois acham uma concorrência "desleal" quando a maioria em
> concurso dispõem unicamente de equipamentos com FM.

Se é desleal, então (ainda que eu ache um absurdo) que se crie
duas categorias: FM e SSB.


> não me parece importante a opção QTH Loc e/ou Abrev. Distrito
> excepto para outros fins. Alias, como sabes e nesta área utiliza-se
> predominantemente o QTH Loc.

Porque é que eu introduzi aqui a questão dos distritos?
Porque, se vamos usar multiplicadores, os QTH loc são em
número muito limitado (10), e distritos são quase o dobro,
logo mais multiplicadores em jogo.
Por outro lado, quem participa desde áreas com pouca actividade,
tem um incentivo extra: sabe que vai ser procurado porque no seu
distrito só está ele, e eventualmente, mais um ou dois.


> "10) Logs só em suporte electrónico, formato Cabrillo"
> Pois, isto implicaria excluir os colegas que não têm computador

Caro João, conhece algum radioamador português (ao menos
os que participam em concursos) que não tenha computador???
Eu não conheço nenhum.


> Assim, em conclusão, e do meu ponto de vista, o aumento
> para já do grau de exigência e complexidade não é compatível
> com os "churrascos" e as amenas "sardinhadas" que são
> os concursos nacionais na sua essência.

Então que se crie o concurso da melhor almoçarada!
Mas não se ande a enganar/brincar com quem tem espírito
competitivo. Ou se faz bem, ou mais vale não se fazer.


> Por ultimo, quanto ao CT1FBF ser "Award Manager" de algo,
> não será este certamente, hihihi.

É uma pena. Não vejo mais ninguém a ocupar esse posto.
É também uma oportunidade perdida se a ARLA não
aproveitar esta sugestão. Daria certamente um impulso
aos concursos e à operação em VHF e UHF.


73 F.Costa, CT1EAT
www.qsl.net/ct1eat 






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