FW: ARLA/CLUSTER: E por falar em calendários... resposta ao colega Carlos Mourato.

Miguel Andrade ct1etl gmail.com
Domingo, 31 de Agosto de 2008 - 15:43:15 WEST



-----Original Message-----
From: Miguel Andrade [mailto:ct1etl  gmail.com] 
Sent: Sunday, August 31, 2008 3:41 PM
To: 'Carlos Mourato'
Subject: RE: ARLA/CLUSTER: E por falar em calendários...

Alô Mourato,

Obrigado pela tua participação neste tópico.
Como somente hoje regressei à base, somente neste momento me foi possível
responder.
Concordo com que escreves pois já me aconteceu o mesmo.
Não é por essa razão que devemos desmoralizar e abstermo-nos de lançar novas
ideias.
Vamos ter fé no futuro pois nada é eterno.
Há por aí colegas com muito valor que devem ser incentivados com novas ideias e
desafios.
Portugal é feito de contradições e de extremos... ou somos muito bons ou somos
muito maus.
Está na altura certa para começarmos a ser iguais aos outros.
Ainda tenho esperanças na mudança.

73's de Miguel Andrade ( CT1ETL )
IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
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From: Carlos Mourato [mailto:radiofarol  gmail.com] 
Sent: Friday, August 08, 2008 4:55 PM
To: ct1etl  gmail.com; Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: E por falar em calendários...

Miguel!
 
As ideias são boas!...Estou de acordo contigo. Porem, com o "modus
operantis" reinante no nosso meio, no qual tambem estou incluido, é extremamente
dificil avançar com qualquer coisa. Lembras-te daquele projecto que eu fiz com
tanto trabalho e despesas à minha custa, ir às serras fazer medidas, sobre os
repetidores em Portugal, antes das decisões da ANACOM? ...Apresentei isso às
"comunidades" que deviam estar interessadas, e ao "publico em geral. Fui quase
crucificado, porque sugeria a mudança de frequencia de uns 3
repetidores!...Bem!...até parece que eu tinha feito alguma coisa contra o
radioamadorismo, tal foram as vozes (poucas felizmente) que se levantaram
imediatamente!...Resultado: A ANACOM impôs a sua vontade, mais uma vez cheia de
"erros", e em vez de 3 repetidores, quase todos tiveram que mudar!...O panorama
a nivel nacional dos repetidores piorou, e só não assistimos a graves
interferencias, porque apesar de passar-mos a vida a reclamar que queremos
frequencias só para nós, e a reclamar contra o QRM, as frequencias e os
repetidores estão às moscas. Só em 145.700 chego a receber 6 repetidores quando
está boa propagação. (S. Cacem, Marrocos, Badajoz, Trevim, S. Marta e Madeira).
Claro que depois da barracada que foi isso dos repetidores, todos me vieram dar
razão, mas já era tarde demais....A ANACOM tinha já imposto as suas ideias. No
entanto ao que parece, nem sequer com erros que cometemos, aprendemos alguma
coisa.
Eu tenho varias ideias, que até poderiam ser interessantes, mas antes de tudo
era preciso cultivar um espirito diferente entre todos os amadores de radio,
para que as mesmas pudessem ter exito.
Doia a quem doer, o radioamadorismo está cheio de gente que não presta para
estar neste hobby!...Talvez eu seja um dos que estão a mais!...Ou não entendo os
outros, ou estou velho e ultrapassado !
 
73 de CT4RK

 
Em 08/08/08, Miguel Andrade <ct1etl  gmail.com> escreveu: 
Caros colegas,

Pelo facto de estar de férias e de hoje ( ainda ) me encontrar em Lisboa, (
embora esteja de partida esta tarde ), tive finalmente uma oportunidade para
intervir nesta prestigiada lista com novos tópicos.
O assunto que ora vos proponho para reflexão vem no seguimento do meu recente
pedido de desculpas por um erro de calendário, enviado numa outra mensagem
anterior.
Sendo responsável pela edição das duas versões do boletim informativo ( escrita
e radiodifundida ), continuo a deparar-me com a infeliz sobreposição de
acontecimentos todos os anos, sem que ninguém faça nada para o evitar, ( para
além de criticar mas sem oferecer alternativas ).
Longe vão os tempos em que cheguei a propor algumas soluções para o movimento
associativo fragmentário que cultivamos, as quais, diga-se de passagem não
surtiram qualquer efeito prático.
Em parte isso deveu-se à mentalidade reinante, mas não recuso responsabilidades
ao afastar-me conscientemente de ter assumido quaisquer acções práticas na luta
pela prossecução das minhas ideias. Espero que compreendam que, acima de tudo, a
minha particular teimosia em abdicar, firme e convictamente, de qualquer papel
nos processos propostos por mim, se destinava a preservar a minha imparcialidade
e a não ser conotado com alguma hipotética estratégia de benefício em proveito
próprio ( nomeadamente quando me propuseram para vários cargos de acordo com
essas mesmas propostas ).
Ainda assim, há casos práticos onde uma outra forma de pensar daria muito bom
proveito a todos sem excepção.
Será muito difícil os meus prezados colegas perceberem as vantagens de uma
organização de eventos coordenada a nível nacional ?
Já não tivemos anos de contratempos e controvérsias suficientes para agirmos
finalmente ?
Aqui vai mais uma proposta... agora façam o que a vossa consciência vos ordenar
!


Proposta ( rudimentar ) para a tentativa de resolução para os problemas de
sobreposição na calendarização de eventos ( passo por passo ) :

1) Organização do calendário OFICIAL de acontecimentos de todas as entidades
colectivas ou de radioamadores a título individual, a nível nacional, ( aqui se
inclui desde os concursos, passando pelas estações especiais, pelas " patuscadas
", pelos colóquios, pelas feiras... enfim, tudo aquilo que habitualmente
necessite de uma data e de uma oficialização ).

Formalidades e concepção prática - Numa primeira fase e a título experimental,
um colega ( ou mais ), de preferência sem vínculo associativo ( para evitar os
previsíveis conflitos de poder entre associações ), era NACIONALMENTE
reconhecido como gestor ( vulgo " manager " em dialecto " radioamadorístico " )
do calendário OFICIAL, quer pelas organizações quer pela comunidade em geral.
A tarefa deste(s) colega(s) seria extremamente simples ( desde que todos
colaborassem ), senão vejam...

a) Elaboração de um regulamento simples, ( afinal uma ferramenta desta natureza
é do mais elementar e simples sendo perfeitamente clara e fácil de gerir ).

b) Criação de um endereço de correio electrónico ( vulgo e-mail ), para onde
TODOS os radioamadores responsáveis pela organização de eventos ( a nível
particular ou associativo ) enviariam as suas mensagens, centralizando a
informação.

c) Aproveitamento de um dos excelentes recursos particulares já existentes (
mais uma vez para evitar os previsíveis conflitos de poder entre associações ),
e estou-me a lembrar apenas a título de exemplo do blogue - CT-Spot
Radioamadorismo em Portugal - http://ct-spot.blogspot.com/ - ( atenção porque é
SOMENTE e APENAS um exemplo para vos dar uma ideia ), no qual se faria a
divulgação das actividades... após uma cuidadosa gestão a fim de se evitarem as
actuais sobreposições.
Em alternativa, ( mais uma vez para evitar os previsíveis conflitos de poder
entre associações ou os melindres tão previsíveis )... criava-se mesmo uma
página na Internet só para esse efeito.

2) Reconhecimento.

Sem o reconhecimento e aceitação deste trabalho por parte de todos ( ou pelo
menos da maioria ) o mesmo seria uma total perda de tempo.
Na minha opinião muito pessoal, está na altura de finalmente nos descomplexarmos
e de vez.
Quem teve oportunidade de ler um excelente artigo de opinião da autoria do
colega Pere Texidó ( EA3DDK ) " O Radioamadorismo em Crise ? - Algumas reflexões
", publicado inclusivamente na Revista QSP; concordará comigo se eu afirmar que
não é escandaloso uma função tão simples e útil como esta não vir a ser
assumida, pelo menos numa fase inicial, por nenhuma associação em particular, (
nem mesmo pela representante da I.A.R.U. em Portugal ).
Trata-se de assumirmos, de uma vez por todas e em definitivo, que os tempos são
outros. O associativismo paternalista e " feudal " de outrora, tem que contrair
brevemente um novo papel e mudar um pouco as respectivas funções ou soberanias
evocadas, particularmente se quiser sobreviver na sociedade actual em rápida
mudança.
Reconhecidas a nível nacional tais funções simples praticadas de forma
independente, os colegas gestores de calendarizações passavam a centralizar em
si as seguintes funções descritas já a seguir no ponto 3).

3) Funcionamento.

a) recepção das propostas.
Em qualquer altura do ano poderiam ser enviados os dados sobre eventos
organizados. Contudo, por uma questão de respeito pelo trabalho sério e até como
garantia de participação activa... convinha que, salvo casos excepcionais, as
propostas fossem remetidas com, pelo menos, um mês de antecedência ( e não uma
semana ou menos como actualmente muitas vezes os eventos são divulgados ).
As associações, por seu turno, comprometiam-se, de forma voluntária, a
realizarem as respectivas Assembleias-gerais no final do ano civil ( isto é, em
Dezembro e não, como até agora acontece, entre Janeiro e Abril ), facilitando
dessa forma as decisões sobre o planeamento para o ano subsequente.
Assim procedendo possibilitariam a organização de acontecimentos logo no
primeiro trimestre e evitariam atrasos na elaboração do mapa anual relativo ao
trabalho dos gestores de calendário.
Teria igualmente que se cultivar o cuidado de um planeamento mais rigoroso e
antecipado, há imagem do que acontece com os nossos colegas da Escandinávia, do
Centro da Europa, do Japão ou dos países anglo-saxónicos mais evoluídos... e não
à Portuguesa - " vamos andando e vamos vendo... se nos apetecer depois se
organizará qualquer coisa mais tarde... senão logo se verá... conforme nos
apetecer na altura e dependendo de que lado soprar o vento; uns dias antes logo
se anuncia aquilo que entretanto nos vier há ideia assim nos seja dada a graça
de uma inspiração no momento ".

b) confirmação da disponibilidade de data tendo em consideração as actividades
já agendadas a nível nacional e mesmo ponderando alguns acontecimentos de nível
internacional de grande interesse para os participantes nacionais, ( como os
concursos para o Campeonato URE de VHF-UHF ( mais uma vez, atenção porque é
SOMENTE e APENAS um exemplo para vos dar uma ideia ).

c) caso as datas propostas estivessem já ocupadas, verificariam a
compatibilidade entre os dois acontecimentos ( através dos horários, tipo de
evento e duração respectiva ).
Em caso de incompatibilidade, prevaleceria a ordem de marcação, sendo as
propostas de ocorrências incompatíveis com o calendário já existente remetidas
de novo aos seus proponentes para reavaliação e proposta de novas datas.
Em casos muito concretos e excepcionais, esta última regra poderia
inclusivamente ser invertida, ou seja, a nova proposta prevalecer sobre um
evento já calendarizado anteriormente, em virtude de situações de força maior ou
de outra ordem prática.

d) publicação dos acontecimentos agendados no supra referido calendário através
dos meios propostos anteriormente em 1. C), ( ou outros melhores e mais
funcionais ).

e) divulgação junto das entidades consideradas ajustadas, como órgãos ou pessoas
com idêntica função no estrangeiro ou a nível internacional, por exemplo.


Depois deste esforço todo, só faltava alguém publicar uma intervenção neste
tópico a dizer que este sistema já existe actualmente.
Também não se perdia nada com isso. Eu ando desesperadamente à procura de uma
tal ajuda pois... nem todos são simpáticos ao ponto de nos mandarem notícias
sobre o que estão a organizar por esse país fora.
Se pensam que neste jardim, à beira mar plantado, informar-vos sobre o que por
cá se vai organizando é só ficar debaixo da árvore à espera que os frutos
amadureçam... estão muito enganados !
Um abraço a todos e boas ideias.


73's de Miguel Andrade ( CT1ETL )
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P.S. Se levar algum tempo a responder-vos é porque estou para fora até ao início
de Setembro.
Tenham lá paciência... são as merecidas férias.




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CLUSTER  radio-amador.net
http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster



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