ARLA/CLUSTER: Ás associações...
Jorge Santos
nobre.santos netvisao.pt
Sexta-Feira, 8 de Agosto de 2008 - 00:48:35 WEST
Boas noites colegas.
O D-Star trouxe uma revolução às comunicações é indiscutível, a
possibilidade de um operador móvel contactar alguém que se encontre num
qualquer repetidor utilizando a "gateway" ou o link de micro ondas entre
repetidores, dá-nos a possibilidade quase ilimitada de estarmos sempre
disponíveis e quando não estivermos deixamos uma mensagem vocal além de
o nosso interlocutor ficar na nossa lista de "chamadas perdidas",
digamos que é quase um telemóvel, mas como uma vantagem é nosso,
operamos o nosso hobbie, pudemos fazê-lo a nível nacional ou
internacional e o melhor de tudo, sendo uma tecnologia nova (data de
nascimento 2003) ainda tem muito para desvendar.
Mas bem este meu email é dirigido às associações que pretendam aplicar o
sistema, vem em forma de aviso.
Num sistema de RF, temos uma fonte de alimentação, que estando "folgada"
e devidamente protegida, quer termicamente quer contra qualquer hipótese
de sobrecarga, terá uma duração que podemos estimar de 5 anos sem
manutenção, temos o sistema repetidor, que sendo devidamente protegido
tanto termicamente como a nível de sistema irradiante não irá dar
problemas no mesmo período e acabam-se por aqui (duma forma simplista)
os problemas.
O D-Star.
O seu sistema repetidor não mais é do que os nossos velhos sistemas mas
a ele junta-se uma novidade para alguns colegas, um *servidor*, que para
azar tem um sistema operativo "esquisito". Pois bem é aqui que reside o
problema. Quando iniciámos esta actividade não nos disseram que tínhamos
que ser "expert" nessa matéria que é a informática e no caso do D-Star é
dose para burro, as variáveis são tantas e o sistema pode arraiar por
tanto sítio quanto o número dessas variáveis. Senão vejamos:
1º - temos que ter o servidor instalado com o CentOS 5.1 mas ele insiste
em actualizar à versão 5.2, aqui começa o azar, a versão 5.2 introduz
umas alterações que deixam o sistema instável e às vezes mesmo sem
comunicar com o "trusted server", solução formatar e instalar de novo
não permitindo as actualizações.
2º - O link de acesso: - quase todos os repetidores estão em zonas
inacessíveis e nós temos que fornecer-lhe acesso à internet porque sem
ela passaremos a ter um repetidor igual aos já instalados mas mais caros
e devido ao sinal necessário para não haver "drop outs" no áudio com
menos cobertura, portanto precisamos mesmo da internet. Este é mais um
problema, tem solução como tudo na vida, mas a sua manutenção tal como a
do servidor já não se pode basear nos tais 5 anos, talvez seja uma visão
optimista pormos a situação em 5 meses.
3º - e último, a falta de informação generalizada ensinando, formando os
futuros "sysop's" dos sistemas.
É aqui que eu queria chegar, a todas as associações que pretendam
instalar este fantástico sistema têm que contar com a disponibilidade de
um técnico cujo o grau de conhecimentos já não se compatibiliza com a
simples formatação e saber fazer umas cópias por uma rede, já têm que
ter conhecimentos profundos (pelo menos do Linux , roteamentos, entender
um pouco a filosofia da Gateway) e essencialmente a disponibilidade, o
sistema actualiza-se de 15 em 15 minutos, uma falha desta actualização
significa no seu pior, que por exemplo um colega com um "Dongle" não
aceda ao repetidor ou um colega em móvel que estava a falar com outro
colega num repetidor de repente perde-o. Esta necessidade já foge um
pouco ao espírito do nosso hobbie que é, praticamo-lo quando temos
tempo, pois o D-Star não pode ficar à espera de "quando tivermos tempo".
É só este o aviso que pretendo deixar aos colegas que pretendam ou que
tenham sistemas digitais, escolham um técnico peçam-lhe disponibilidade
e dentro do meu conhecimento disponibilizo-me para na medida do possível
os formar, naquilo que eu continuo a afirmar, ser um sistema com muitas
potencialidades.
Divirtam-se com o D-Star.
Jorge Santos - CT1JIB
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