ARLA/CLUSTER: O ponto de vista do Colega António Matias (CT1FFU)
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Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2007 - 13:55:47 WEST
Caro António
> a regulamentação dos indicativos em Portugal sofreu algumas alterações ao
> longo dos anos, mas a emenda sempre saiu pior do que o soneto.
Concordo.
> 1º Temos os prefixos disponíveis, mas NÃO os usamos, e corremos o risco de
> um dia os perder.
Não me parece que exista alguma ameaça. Até porque não são só os
radioamadores a quem é atribuido indicativo. E ainda que alguns
prefixo não sejam usados por radioamadores, são atribuidos a outros
serviços (/MA /MM, etc.)
> vejam o que aconteceu ao prefixo XX0 até XX9 que era português e foi-nos
> retirado por não ter sido usado, apenas usamos o XX9 em Macau, os outros
> foram parar a China.
Isto é um caso muito particular. Até porque Macau não era um território
Português, mas sim sob administração de Portugal. Para o comum dos mortais
isto é "igual ao litro", mas juridicamente tem muita relevância.
> 2ºcom a distribuição de Prefixos como eu propus, teremos mais diversidade
> de indicativos
Naturalmente.
> e isto vai estimular os concursos e diplomas em Portugal,
Não vejo como, mas haverá certamente mais procura por parte
dos "caçadores" de prefixos.
> além de cada um de nós, á partida, ficarmos com 10 amigos novos,
> dos quais iremos partilhar o sufixo.
É uma perspectiva interessante. É como o sufixo fosse o nosso
nome de familia... Mas, tal como nas familias, isso não nos torna
necessáriamente amigos ;o)
> 3ºOutra vantagem vai para os Açores, que não tinham nenhum indicativo
> especial
Nem precisam, digo eu. Talvez um CU3 seja corrente, mas qualquer
CU4, CU5, etc. é mais procurado que muitos DXCC...
> 4º Quase todas os novos indicativos terão apenas duas letras no sufixo.
Concordo.
> 5º Não haver pessoas a usar o mesmo indicativo especial
Esta não entendi.
> 6º O "lock" do prefixo CR para a protecção civil é um disparate sem pés
> nem cabeça e de acordo com a razão nº 1 deve ser "solto"
Aqui é necessário haver alguma sensibilidade... Talvez daqui a um par
de décadas o assunto estará ultrapassado, mas actualmente acho melhor
não lhe tocar.
> 7ºas classes de amador, havendo ou não, estariam devidamente identificadas.
Se não houver, não parece haver necessidade de as identificar...
> Penso que todos concordam que temos de tomar uma decisão radical.
Este é que é o cerne da questão. Embora gostasse de concordar contigo,
tal como afirmei anteriormente, penso que esse sentimento é apenas partilhado
por uma pequena minoria. A verdade é esta: a maioria dos CT não quer
mudar de indicativo, por mais imperfeito que seja o sistema actual.
O marasmo não os incomoda minimamente, desde que mantenham
o seu indicativo, em particular o sufixo, que para muitos é um pseudónimo.
Obrigá-los a mudar de indicativo, é como forçá-los a mudar de nome!!!
Tambám por isto deixei de defender a minha proposta.
Agora peço apenas que se dê a hipótese de mudar de indicativo a quem
o solicite, "reciclando" indicativos (em particular os de duas letras), que
há muito não são usados (> 10 anos).
Esta parece-me uma proposta mais razoável e exequivel, para a qual deveriamos
unir esforços. Que opinas?
73 F.Costa, CT1EAT
www.qsl.net/ct1eat
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