ARLA/CLUSTER: Novo cabo... vida nova !!!!
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 14 de Setembro de 2007 - 14:37:10 WEST
Prezado Miguel Andrade(CT1ETL).
Foi com muito interesse que lie, alias como sem sempre leio até ao fim, o teu IMPORTANTE testemunho, pois desde á alguns anos me bato por transmitir, a fundamental importância, das linhas de transmissão, nas nossas estações amadoras.
Por várias vezes me tenho insurgido, em alguns fóruns, sobre a falta de importância que muitas vezes se dá a esse item.
Tenho assistido a discussões, que demonstram a total ignorância, sobre os factos importantes numa instalação de telecomunicações, em especial em VHF e superiores, se não vejamos:
- Acha-se perfeitamente normal que um bom transceptor custe 1.800 Euros ou mais.
- Também se acha normal, em Portugal, comprar uma antena vertical. Neste aspecto só um aparte, que tive hipótese de indagar junto de alguns vendedores; A antena Dual-Band V/UHF mais transaccionada é a Diamond X510N ou as equivalentes de "linha branca", para não lhes chamar outras coisas.
Mas normalmente, o "feliz" comprador solicita imediatamente o adaptador N/PL sendo obsequiado "gratuitamente" com um de proveniência mais que duvidosa.
Acreditem, é muito mais FÁCIL montar BEM uma ficha N que uma PL.
Outra das coisas, é a questão dos diplexers, muitos dos (in)felizes proprietários com bons transceptores, neste caso uma saída para cada banda; HF/50 MHz/VHF/UHF, não perdem a primeira oportunidade de arruinar a sensibilidade do equipamento colocando imediatamente um desses dispositivos.
Alias, muitos ficam totalmente indignados com os fabricantes por eles não colocarem uma só saída, estilo: 1..3...3 todos ao molho, e assim os fazerem gastar mais dinheiro... sem mais comentários, pois já estão a imaginar o resto.
- Bem, e depois, chegamos ao CABO COAXIAL, aqui é que se assistem a verdadeiras tragicomédias, regateando o preço/metro do "Cabo Grosso" quando não colocar tudo com o "fino".
Ora meus queridos, paga-se 1.800 Euros pelo rádio e achasse normal, paga-se 350 Euros pela antena vertical e acha-se normal e depois vai se regatear o preço por metro do cabo de baixas perdas, pois são precisos 25 metros...!?
Na minha modesta opinião, talvez optar por um bom transceptor usado por 550 Euros, fazer a antena ou as antenas, e gastar 500 Euros no cabo coaxial, é, acreditem, uma solução muitíssimo mais inteligente e tecnicamente muito mais perfeita, que gastar, "rios de dinheiro" para na "primeira curva" estragar tudo.
E já agora, façam as contas, pois uma pequena direccional de VHF mais outra de UHF, fica-vos muito mais barato que a famosa vertical. À pois, o rotor, um de 150 Euros serve perfeitamente para isto. E não se esqueçam do BOM CABO COAXIAL de BAIXAS PERDAS e BOAS FICHAS, pois gerar RF e depois converte tudo em calor, é só recomendado para antenas artificiais NÃO radiantes.
João Costa
CT1FBF
-----Original Message-----
From: cluster-bounces radio-amador.net [mailto:cluster-bounces radio-amador.net] On Behalf Of Miguel Andrade
Sent: quinta-feira, 13 de Setembro de 2007 22:56
To: 'Resumo Noticioso Electrónico ARLA'
Subject: ARLA/CLUSTER: Novo cabo... vida nova !!!!
Prezados colegas,
Aproveitando um dos raros momentos em que posso participar nesta lista ( sem ser apenas como leitor ), hoje venho divulgar-vos mais uma experiência pessoal.
Estava, desde o Concurso Dia da Marinha Portuguesa 2007, sem elementos irradiantes de VHF e UHF no exterior, pelo que, no primeiro fim-de-semana de Setembro ao regressar de férias, resolvi colocar um ponto final nessa situação.
Após uma cuidada manutenção à antena, lá voltei a instalar tudo de novo na cobertura do prédio, exactamente como estava antes do concurso.
Aferidos os sinais, o " velho " cabo CO-22 com 3 anos de uso continuava a dar a sua prestação de sempre, apesar das fichas novas.
Não sei o que me deu quando olhei para os cerca de 21 metros de cabo Heliax, ali enrolados num canto da arrecadação.
É hoje ! ( pensei ).
Se depressa pensei, logo me pus em marcha.
Retirei o cabo CO-22 de novo ( que masoquismo ) e toca de colocar as caríssimas fichas no Heliax para ver o que aquilo dava.
40 minutos depois a obra estava concluída e foi só trocar os cabos ( outro tanto tempo ), refazer os isolamentos, fixar as abraçadeiras e apertar as ferragens.
Assim que tudo ficou arrumado e limpo comecei os testes e... nem queria acreditar !!!
Tinha ganho um amplificador de recepção baratíssimo ou estava a sonhar.
A repetidora CQ0VSTC situada em Aldeia de Chãos - Santiago do Cacém, no canal RV56, foi o meu primeiro teste.
Uma hora e tal antes com o cabo original o retorno chegava misturado com o ruído... mas apenas quando utilizava a potência de emissão de 200 W ?!? ( o que era normal e espectável porque havia boa propagação ).
Com o cabo novo o amplificador estava desligado e a potência de emissão nos
15 W.
- Teste, teste, teste de CT1ETL - foi a minha chamada sem esperanças de ouvir retorno.
Do outro lado veio o pulsar do repetidor com sinal 5 !!!!!
Não podia estar a acontecer.
Tentei de novo agora com apenas 5 W e... sinal 5 de novo.
Desde esse dia nunca mais perdi uma tentativa de accionar esta repetidora, o que é fantástico para quem apenas com potência E NOS DIAS DE PROPAGAÇÃO a conseguia escutar de retorno.
O meu alcance melhorou ao ponto de aceder agora a estações repetidoras que antes nem sequer escutava, tanto em VHF como em UHF.
Nas ligações ponto a ponto ainda não tive oportunidades de testar os limites da estação, contudo os sinais recebidos dos colegas mais frequentes, são francamente melhores em relação ao padrão habitual como o cabo anterior.
Cauteloso como sou não quis vir aqui " deitar foguetes " antes de comprovar muito bem esta novidade.
Hoje, passados quase 15 dias posso atestar com segurança os resultados, visto ter já experimentado variações de sinal com a repetidora de referência, a CQ0VSTC.
O sinal mais extremo até agora recebido foi um inacreditável 6.
O sinal comum dos dias menos favoráveis é 1 mas sempre audível sem ruído a accionável com 7 W. Nos dias bons, o sinal varia entre 3 e 5.
Dada a minha localização geográfica e os obstáculos no azimute mais directo à repetidora, estes resultados são novidade para mim e algo inacreditável.
Se tiverem paciência confiram com o mapa ou no " Google Earth "
Mas que cabo maravilha é esse ?
É simplesmente um ANDREW FSJ4-50B super flexível.
Usem a Internet e vejam a fotografia do bicho.
E o preço, é acessível ?
Não !
O cabo é caro e as fichas são caríssimas, mas o meu saiu de graça porque era lixo.
Foi recolhido na sucata de uma daquelas empresas que trabalham nas instalações das redes de telefone celular ( vulgo telemóvel ).
O rolo era maior mas estava muito danificado em vários pontos. Tinha sido mesmo pisado por um automóvel nalguns sítios. Ainda assim consegui aproveitar o suficiente para a minha instalação.
Tive-o armazenado alguns anos, inicialmente por falta das fichas e depois porque... vá-se lá saber porquê.
Só me arrependo de não o ter montado já há mais tempo.
Quando aqui aparecem excelentes contribuições técnicas e se fala da importância dos cabos, das fichas e da sua correcta aplicação, nem nos apercebemos na prática dos resultados reais.
Quero deixar os meus agradecimentos públicos ao Rui Penaguião ( CT1ZX ) e ao João Martins ( CT1WV ), pois sem a sua ajuda nunca teria conseguido nem o cabo nem as respectivas fichas aqui há uns anos atrás.
Depois deste meu testemunho e a terminar, alguns dados curiosos para vos aguçar o apetite :
FSJ4- 50B
FSJ450B,
HELIAX® Superflexible Foam Coaxial Cable, corrugated copper, 1/2 in, black PE jacket
CHARACTERISTICS
Construction Materials
Jacket Material - PE
Dielectric Material Foam - PE
Flexibility - Superflexible
Inner Conductor Material - Copper-clad aluminum wire Jacket Color - Black Outer Conductor Material - Corrugated copper
Dimensions
Nominal Size - 1/2 in
Cable Weight - 0.21 kg/m | 0.14 lb/ft
Diameter Over Dielectric - 0.350 in | 8.890 mm Diameter Over Jacket - 0.530 in | 13.462 mm Inner Conductor OD - 0.140 in | 3.556 mm Outer Conductor OD - 0.480 in | 12.192 mm
Electrical Specifications
Cable Impedance - 50 ohm ± 1 ohm
Capacitance - 83 pF/m | 25 pF/ft
dc Resistance, Inner Conductor - 0.820 ohms/kft | 2.690 ohms/km dc Resistance, Outer Conductor - 1.000 ohms/kft | 3.281 ohms/km dc Test Voltage - 5000 V Inductance - 0.063 µH/ft | 0.207 µH/m Insulation Resistance - 100000 MOhm Jacket Spark Test Voltage (rms) - 5000 V Operating Frequency Band 1 - 10200 MHz Peak Power - 15.6 kW Pulse Reflection - 1%
Velocity 81%
Environmental Specifications
Installation Temperature - -40 °C to +60 °C (-40 °F to +140 °F) Operating Temperature - -55 °C to +85 °C (-67 °F to +185 °F) Storage Temperature - -70 °C to +85 °C (-94 °F to +185 °F)
Mechanical Specifications
Bending Moment - 2.0 ft lb | 2.7 N-m
Flat Plate Crush Strength - 2.0 kg/mm | 110.0 lb/in Minimum Bend Radius, Multiple Bends - 1.25 in | 31.75 mm Minimum Bend Radius, Single Bend - 1.25 in | 31.75 mm Number of Bends, minimum - 20 Number of Bends, typical - 50 Tensile Strength - 175 lb | 79 kg
Standard Conditions
Attenuation, Ambient Temperature - 68 °F | 20 °C Average Power, Ambient Temperature - 104 °F | 40 °C Average Power, Inner Conductor Temperature - 212 °F | 100 °C
Attenuation
Frequency (MHz) Attenuation (dB/100 m) Average Power (kW)
0.5 0.231 15.60
1 0.327 15.60
1.5 0.401 15.60
2 0.463 15.60
10 1.044 10.14
20 1.485 7.12
30 1.828 5.79
50 2.377 4.45
88 3.187 3.32
100 3.406 3.11
108 3.546 2.98
150 4.214 2.51
174 4.558 2.32
200 4.908 2.16
300 6.095 1.74
400 7.121 1.49
450 7.592 1.39
500 8.042 1.32
512 8.148 1.30
600 8.891 1.19
700 9.683 1.09
800 10.431 1.01
824 10.605 1.00
894 11.101 0.95
960 11.555 0.92
1000 11.824 0.89
1250 13.423 0.79
1500 14.906 0.71
1700 16.027 0.66
1800 16.57 0.64
2000 17.624 0.60
2100 18.137 0.58
2200 18.641 0.57
2300 19.138 0.55
2500 20.11 0.53
2700 21.056 0.50
3000 22.432 0.47
3400 24.198 0.44
4000 26.727 0.40
5000 30.693 0.34
6000 34.427 0.31
8000 41.403 0.26
10000 47.914 0.22
© 2007 Andrew Corporation, Westchester, IL 60154 US All specifications are subject to change. Please see www.andrew.com for the most current information.
73's de Miguel Andrade ( CT1ETL )
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