ARLA/CLUSTER: Hinos e culturas, rádio e amadores

[Mariano Gonçalves]

Caro Mourato,


Os Hinos como em tudo na vida, nas artes e nas culturas, são manifestações 
que resultam das competências e dos saberes humanos, são partes da 
multidisciplinaridade das pessoas e das civilizações que no seu saber saber, 
saber fazer e saber estar, empregam meios e substratos que lhes permitem dar 
corpo, voz e formas diversas daquilo que lhes está na alma e espírito de 
humanos.



Entre os Amadores de Rádio, tal qual nos cidadãos comuns e incógnitos, 
existem essas capacidades, uns de falar, outros de construir, outros de 
estudar e investigar.



O Radioamadorismo representa (em Portugal apenas 0.053%) uma ínfima parte de 
toda essa diversidade que é afinal de contas uma parcela dos nossos valores 
comuns, das pessoas e das sociedades.



Bandeiras e diplomas, postais, taças, medalhas e hinos, são vulgares 
manifestações algo acessórias, e há quem pague por elas. Tal qual na Rádio e 
nos amadores que a praticam, sem fins lucrativos, pelo exercício da cultura, 
pela ciência e tecnologia, ou por vulgar lazer e desporto, nem sempre 
transmitir poderá ser tido como a essência de radioamadorismo, há quem 
prefira, receber, apenas, das comunicações aos sinais radioeléctricos, sejam 
artificiais ou naturais, dos tW aos kW, pois tudo são radiações, que se 
querem receber ou não, para tanto basta sintonizar e desmodular.



A propósito de radiações, parabéns pelo teu excelente trabalho de construir 
mais uma coisa, uma coisa para dar a causas comuns, uma coisa para se poder 
receber, são os beacons de VHF e UHF, desculpa mas não envio QSL. Aqui no 
meu piano, eu toco um Hino.



73, Mariano