ARLA/CLUSTER: Fwd: Re: Indicativos

João Gonçalves Costa ct1fbf sapo.pt
Quarta-Feira, 9 de Maio de 2007 - 21:17:26 WEST


--- Em 
Legislacao_Portuguesa_sobre_Radioamadorismo  yahoogrupos.com.br, João 
Gonçalves Costa <ct1fbf  ...> escreveu

Já na devida altura expressei a minha opinião sobre o assunto e 
continuo a considerar que Portugal não tem dimensão territorial nem 
n.º de amadores de rádio que justifique a implementação de tal 
sistema que considero um retrocesso, olhando para o panorama actual 
a nível mundial e a começar aqui pelo nosso vizinho.

Fisicamente, não somos maiores que uma província espanhola e lá, por 
força da nova legislação, acabou-se com as categorias e todos 
ficaram com os mesmos direitos e deveres, mas não só lá, como por 
esse Mundo fora. 

Por sua vez sou contra uma "regionalização à portuguesa" ou 
processos que conduzam a tal, que me parecem politicamente 
totalmente irracional.

Sinceramente não consigo perceber as vantagens de tal sistema 
actualmente e tendo por base uma legislação compatível com aquilo 
que passou a ser pratica mais liberal, alem da existência de 
uma "miríade" de novos prefixos.


Portanto e concluindo sou contra este projecto, até filosoficamente. 

Penso que à 10 anos teria alguma razão de ser, actualmente e olhando 
para o que se passa à nossa volta não vejo razão de ser, alias 
aquela proposta da ANACOM de 3 velhas categorias mais 3 novas 
classes e tudo a conviver "harmoniosamente" parece-me um projecto 
surrealista com laivos de requentado legislativo purista, à muito 
tempo que se sabe que o "Rossio não cabe na Rua da Betesga" isto 
depois de se ter feito o que se fez anteriormente 
administrativamente. 

Se tal poderia ser possível antes; depois que os espanhóis fizeram 
sair a sua nova legislação tornou-se impossível de ser considerada a 
menos que queiramos reeditar uma nova versão do "orgulhosamente sós".

João Costa
CT1FBF





--- Em 
Legislacao_Portuguesa_sobre_Radioamadorismo  yahoogrupos.com.br, "Fran
cisco Costa, CT1EAT" <ct1eat@> escreveu
>
> Caro Artur
> 
> Li com atenção os seus comentários, que acho muito oportunos.
> 
> 
> > Esses países criaram o sistema logo de início e portanto não 
tiveram que
> > fazer alterações a posteriori, que são sempre complicadas e com 
efeitos
> > perniciosos.
> 
> "Logo de início" suponho que se refere a 1948, após a reorganização
> de indicativos. Porque antes disso a realidade era muito diferente,
> logo o seu argumento não tinha cabimento. Ainda assim, muitos 
países
> recentemente, fruto de alterações políticas, tiveram que redefinir 
as
> fronteiras, e consequentemente, a estrutura dos indicativos dos 
países
> teve que ser alterada. Dir-me-à que não tiveram alternativa, e nós 
temos.
> É certo, mas o que releva aqui é aquilo que chama de efeito 
pernicioso
> e ser complicado...
> Se ouvir qualquer entrevista de rua na tv, seja qual for o assunto 
ou a 
> questão,
> invariavelmente alguém dirá que é muito complicado.
> Nos meus tempos de estudante, lembro-me que o que era complicado
> era a equação de Schroedinger, que ninguém era capaz de resolver.
> Tudo o resto tinha solução. Basta querer resolver.
> 
> 
> > Pela análise que fiz das propostas, e perdoem-me se estou 
enganado, um
> > Amador residente em, por exemplo, Lisboa se mudar de residência, 
terá que
> > mudar de indicativo.
> 
> Não necessáriamente.
> Se mudar para Cascais, não. Se mudar para o Porto, sim.
> E então? Não me diga que mudar de indicativo causa mais
> transtorno que mudar de casa, de vida, de trabalho, etc.
> Em alternativa, mediante o que for definido em regulamento próprio,
> poderia usar o indicativo/zona actual. Por ex. CT1XX/7.
> Simples, não é?
> 
> 
> > Criar nove regiões em Portugal? Para quê? Qual seria a vantagem?
> 
> Já dei a minha opinião noutro email, que transcrevo:
> "Então para que serve? Na minha perspectiva, principalmente para 
duas
> coisas:
> 1- Maior racionalização do uso dos indicativos (mais sufixos de 
duas
> letras, e não três), com todas as vantagens que são evidentes. (se 
não
> for assim tão evidente, desenvolverei a idéia no próximo email)
> 2- Maior facilidade de organização dos radioamadores (em vez das
> actuais associações, poderia haver apenas uma em cada uma dessas
> regiões. Pode ser apenas um sonho, mas penso que é mais real que
> alguma vez criar uma federação com as actuais associações.
> Se não percebem esta idéia, por favor leiam este artigo:
> http://www.qsl.net/ct1eat/Comentario_CT1ETL.pdf )
> Poderia ainda acrescentar outras vantagens, mas parece-me que
> estas sintetizam todas as outras."
> 
> 
> > Os U.S.A. continentais estão divididos em 10 regiões numeradas 
de 0 a 9 
> > mas
> > veja-se por exemplo a região 5 : Arkansas, Louisiana, 
Mississippi, New
> > Mexico, Oklahoma e Texas , em que só o Texas tem 678.000 Km 
quadrados e
> > 21.000.000 de habitantes.
> 
> E? Não percebi a sua idéia?
> Se a questão é o número de habitantes versus o tamanho de 
território,
> o exemplo da China é bem melhor.
> 
> 
> > O número de Amadores nos U.S.A  é de cerca de 680.000, e quando
> > mudam de residência, conservam o seu indicativo original,  tendo 
apenas
> > que comunicar ao FCC a nova morada.
> 
> É verdade. Mas durante décadas, sempre que mudavam para outra
> zona do prefixo, tinham que mudar de indicativo. E não consta que
> isso levasse alguém a abandonar o hobby...
> 
> 
> > Uma estação de amador ao contactar um Amador Português pouco lhe 
importa 
> > se
> > este está em Lisboa ou em Freixo de Espada à Cinta, pois o que 
conta para 
> > o
> > DXCC é a entidade - Portugal. Perdoem-me os que não gostam de DX.
> 
> Sim. Mas o Dx não se resume ao DXCC. Com uma reforma
> deste género, o diploma WPX ganha outra dimensão em CT,
> não lhe parece?
> 
> 
> > Sejamos realistas. Mudar só porque se pensa que é preciso
> > mudar não leva a nada de bom.
> 
> Mudar só por mudar, também não concordo. Mas eu acho que
> é preciso mudar.
> 
> 
> > Houve erros no passado que só o tempo irá corrigir. Temos que 
pensar no
> > futuro, criando um sistema simples e eficiente. Para isso tenho 
uma 
> > proposta
> > que vale o que vale, e que é apenas a minha opinião
> >
> >
> >
> > CONTINENTE                          MADEIRA
> > AÇORES
> >
> >
> >
> > Classe C /III      CT5                        CS0 ou CR0
> > CU0
> >
> >
> >
> > Classe  B/II       CT2             CS3
> > CR1 a CR9
> >
> >
> >
> > Classe  A /I        CT1             CT3
> > CU1 a CU9
> 
> Se eu fosse o negociador dessa proposta, diria que ela é "ruinosa"
> para o continente. Não só ficaríamos na mesma, como o prefixo CR
> (além do CU), ficaria todo "queimado" nos Açores.
> Acho que os adeptos de concursos não vão gostar da sua idéia...
> 
> 73 F.Costa, CT1EAT
> www.qsl.net/ct1eat
>

Fim da mensagem encaminhada ---






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