Re: ARLA/CLUSTER: Sobre a nova legislação
Mariano Gonçalves
ct1xi sapo.pt
Segunda-Feira, 8 de Janeiro de 2007 - 19:53:18 WET
Caro Neves, CT3FQ
Diz no seu e-mail que: «Primeiro, começaria por dizer que quem nunca foi CB
que atire a primeira pedra!»
Digo: Eu nunca fui "CB" ou nunca trabalhei nas faixas atribuídas ao Serviço
Rádio Pessoal - Banda do Cidadão.
Nunca operei nenhuma estação na faixa de frequências atribuídas ao Serviço
Rádio Pessoal ou Banda do Cidadão embora a tenha escutado algumas vezes, em
especial nos anos de 1965 até 1970, ainda no tempo das estações de AM em
Portugal.
Nessa época não existiam em Portugal nenhumas estações de CB (era ilegal por
imposição da PIDE-DGS), apenas se escutavam a América do norte e algumas
estações europeias. Raramente se recebiam estações do Brasil ou da América
latina. Tudo surgiu depois dos anos de 1970 e 1980.
Nunca fui CB - primeiro porque nunca me suscitou interesse, o que eu fazia
nas faixas do serviço de amador, bastava-me, e sobretudo porque, quando me
iniciei como amador de Rádio, o CB era liminarmente proibido em Portugal
(continental e insular).
A Banda do Cidadão apenas era tolerado (não era legal) nas antigas colónias
africanas, que só depois dos anos de 1970, começaram a utilizar essa faixa
de frequência, para a defesa civil.
Confesso que não me sinto minimizado por isso.
O que diferencia as pessoas, são as atitudes individuais e colectivas (de
grupo), não são as faixas de frequência.
Um bom cidadão ou um bom operador amador de rádio, tanto o é nos 27 MHz,
como o pode ser nos 3.6 GHz ou em 7 MHz.
Finalmente, sou da inteira opinião do nosso colega CT1EWA, concordo
absolutamente com as eventuais medidas restritivas e progressivas, impostas
no acesso de novos candidatos ao Serviço de Amador e Serviço Amador de
Satélite, porque quem gostar de aprender e praticar Rádio, seguramente que
se irá esforçar e melhorar no saber e nas competências, para alcançar novos
e melhores objectivos.
Espero sim, que venham a abrir o acesso às crianças e aos estudantes, a
partir dos 10 ou 15 anos, para poderem ingressar no radioamadorismo. O resto
se verá depois.
Hoje confunde-se e mistura-se tudo, onde tudo é tido como radioamador,
quando no quadro da Lei, são coisas absolutamente distintas umas das outras.
O Serviço Rádio Pessoal ou Banda do Cidadão não tem absolutamente nada a
ver com Serviço de Amador e Serviço Amador de Satélite, salvo se quisermos
(com boa vontade) dizer que em ambos os casos se opera um equipamento de
rádio, ou se fala a um microfone.
Um abraço amigo,
Mariano, CT1XI
----- Original Message -----
From: "Carlos Neves (CT3FQ)" <ct3fq ct3team.com>
To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA" <cluster radio-amador.net>
Sent: Monday, January 08, 2007 5:47 PM
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Sobre a nova legislação
> Caro Nuno e restantes colegas da Lista,
>
> Concordo plenamente com tudo o que escreveu mas permita-me acrescentar
> mais alguma opinião ao seu texto.
>
> Primeiro, começaria por dizer que quem nunca foi CB que atire a primeira
> pedra! Todos nós passamos por lá, e não há que ter vergonha em
> assumi-lo, para mim o radiomadorismo é uma evolução natural da Banda do
> Cidadão e por isso considero toda esta polémica uma disputa sem sentido.
>
> O verdadeiro tópico deste Post é sobre a nova legislação versus ANACOM e
> sobre isso poucos deram a sua opinião. Em Portugal temos medo de tudo, e
> pouca gente mostra coragem em assumir as suas opiniões, em participar e
> em contribuir para um eventual projecto-lei.
>
> Sei, de fonte segura, que o conteúdo esta lista chega ao conhecimento da
> ANACOM e por ser uma boa oportunidade queria era ver publicadas aqui,
> novas ideias, velhas ideias, ou apenas ideias. Alguém tem ideias sobre a
> nova legislação?
>
> Um abraço,
>
> Carlos Neves
> CT3FQ
>
>
>
>
> p.nuno wrote:
>
> >Boa tarde a todos os colegas.
> >
> >
> >
> >Há algum tempo que me mantenho em silêncio relativamente ao assunto “nova
> >legislação”, bem como em relação ao assuntos relativos ao nosso hoby.
> >
> >
> >
> >Por estes dias fui confrontado com uma situação caricata, que de novo me
fez
> >voltar a escrever sobre este assunto e mais pormenorizadamente reafirmar
a
> >minha opinião sobre as condições de acesso á carta de amador de rádio.
> >
> >
> >
> >Sou amador de rádio porque queria fazer mais DX do que fazia na Banda
dos
> >27MHZ e neste contexto ao fazer o exame de radioamador outros campos se
me
> >abririam.
> >
> >
> >
> >Na verdade acabei, após ter obtido a licença de amador de rádio,’ por
> >descobrir a “vastidão” e a capacidade de um mundo que ainda não “descobri
> >“(desculpem-me a contradição e o pleonasmo) e julgo que infelizmente
nunca
> >descobrirei.
> >
> >
> >
> >Aprendi a interessar-me por alguns assuntos técnicos, por novas formas e
> >métodos de comunicação, tive e tenho interesse em aprender e em estudar o
> >nosso hoby.
> >
> >
> >
> >Defendi e defendo que quem quizer ser amador de rádio não deve ter a vida
> >facilitada, pois hoje na sua maioria as razões que se escutam da maioria
dos
> >licenciados como amadores de rádio é que fizeram o exame para:
> >
> >- fugirem ao CH 34
> >
> >- licenciarem a estação de CB que têm em casa
> >
> >- falarem mais longe no repetidor sem ruído
> >
> >
> >
> >…bem como por outras razões que nada têm a ver com a evolução pessoal.
> >
> >
> >
> >( Ressalvo para as mentes mais limitadas que não é minha intenção fazer
> >qualquer crítica ao serviço da Banda do Cidadão, ou aos seus utentes em
> >geral. Eu também vim de lá e não me desonra em nada esse facto, antes
pelo
> >contrário.… muito menos fazer qualquer avaliação do que é melhor ou pior,
ou
> >do que é mais ou menos correcto. Apenas pretendo emitir a minha opinião
do
> >que entendo e quero para os amadores de rádio.)
> >
> >
> >
> >Raramente se escuta um novo amador de rádio dizer que veio para aprender
a
> >operar satélites,, para operar modos digitais, fazer meteoscater ou
> >meteoritos, para partilhar e aprender técnica…..raramente se observa
> >interesse em evoluir.
> >
> >
> >
> >Quem quizer ser amador de rádio não pode confundir este serviço com outro
ou
> >outros meramente e essencialmente recreativos. Gostar de falar para uma
PTT
> >( com todo o direito que todos temos a isso) não pode ser condição para
se
> >confundir o nosso hoby com outros serviços de comunicação.
> >
> >
> >
> >Por isso sou de opinião que só seja amador de rádio, quem tenha interesse
em
> >evoluir na sua capacidade pessoal e no conhecimento, devendo a ANACOM no
> >futuro regulamento salvaguardar esta situação de modo a existir alguma
> >seleção em relação aos candidatos à licença:
> >
> >
> >
> >- criando a obrigatoriedade de os candidatos passarem por um período como
> >escutas
> >
> >- não facilitando nos exames
> >
> >
> >
> >Desculpem aquilo que possam entender por cinismo, mas como homem, amador
de
> >rádio e dirigente associativo, gosto de cada coisa no seu lugar e tudo
bem
> >defenido!...
> >
> >
> >
> >“Nada de misturar alhos com bugalhos”!
> >
> >
> >
> >73’s
> >
> >CT1EWA
> >
> >Paulo Santos
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