Re: ARLA/CLUSTER: Notas sobre a organização dos indicativos
Francisco Costa, CT1EAT
listas_ct1eat sapo.pt
Domingo, 29 de Abril de 2007 - 11:09:38 WEST
Caro colega
> Sigamos os exemplos das muitas Ilhas "Europeias" ( que também recebem
> dinheiro da Europa) espalhadas pelo mundo. Têm o mesmo prefixo do País
> colonizador? Claro que não!
Eu sei que a tentação é grande (eu também sofro) mas, por favor, vamos
conservar o assunto no que aos radioamadores diz respeito.
De contrário este debate não passa de tiros no pé, e para isso não
contam comigo.
> Por ingenuidade durante muitos anos defendi o prefixo XX para a Madeira,
> porque seria um modo de libertar o CT3 para o Rectangulo Português como
> tanto desejam. Infelizmente, e depois da indepedência de Macau, parece que
> Portugal perdeu esse prefixo.
>
> Desculpem uma pergunta idiota pois revela desconhecimento total dos
> processos. É possivel arranjar mais prefixos para Portugal?
De uma forma directa, a resposta é não. Para os obter, o representante na
UIT (a ANACOM-ICP) teria que, além de vontade e motivação, justificar
a necessidade. Dificilmente o conseguiria, mesmo com o apoio de um lobby.
O problema é que os blocos de indicativos estão (praticamente) todos
ocupados. Isto é de tal forma grave, que a UIT recomenda que se atribua
indicativos do tipo xxyxxxx (2x4) para resolver o problema da falta de
prefixos. Exactamente por esse motivo tenho tentado (se sucesso) promover
a "reciclagem" de indicativos usados (como é feito em outros países, e
durante várias décadas em Portugal).
A propósito desde assunto, recomendo uma leitura atenta do Regulamento
de Radiocomunicações, em particular a Resolução N.º 12 e 13.
> O CT1EAT diz que o CT3 é um indicativo histórico - e tem razão - mas
> lembremo-nos que a história não é estática e que as melhores decisões são
> aquelas que alteram o rumo da História. O exemplo da alteração de CT2 para
> CU não foi plenamente conseguido porque "queimaram" os dez numeros do
> prefixo nas nove Ilhas, não deixando espaço para indicativos especiais.
Mas assim, quem é que necessita de indicativos especiais?
Qualquer CU (talvez exceptuando o CU2 e CU3) é uma raridade.
Pelo que tenho observado, apenas solicitam indicativos especiais
nos Açores para actividades colectivas (IOTA, Faróis, etc.).
O mesmo, passaria a suceder no continente, se bem que com menos
raridade nas zonas mais populosas.
> De resto, hoje em dia, já ninguém confunde um CT2 com um Açoreano.
Olhe que não. Fale com os CT2 e verá que ainda existe confusão.
Mas estou certo que esse não será o maior obstáculo das reformas discutidas.
73 F.Costa, CT1EAT
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