FW: ARLA/CLUSTER: Plano de Banda para os "ECHOLINKS"

Carlos Mourato radiofarol gmail.com
Sexta-Feira, 20 de Abril de 2007 - 14:43:57 WEST


Caro Roland e Costa

Na minha experiencia anterior, posso dizer-lhe que se calhar não vale mesmo
a pena dar "passos"...Esses passos foram dados à mais de 10 anos (quando
saiu o actual regulamento, com as suas aberrações e erros grosseiros), por
um punhado de amadores, do qual fiz parte,  que durante uma semana e até às
tantas da madrugada, passaram o regulamento então acabadinho de sair a pente
fino, e depois tiveram o trabalho de enviar ao então ICP, as correções e
alterações propostas, e tudo isso de acordo com as recomendações da IARU.
Depois de enviado esse trabalho, que por acaso foi muito elogiado no ICP, e
em que nos foi dita a celebre frase "isto basta uma assinatura de um
secretario de estado à hora do almoço e fica em vigor", veio-se a verificar
que tudo não passou de "tretas" e que o tal "secretario de estado" ou nunca
almoçou, ou nunca viu o nosso trabalho, que acabou esquecido dentro de
alguma gaveta, sem que o ICP nos desse a minima resposta ou avançasse com o
assunto.
Por tal, se alguem tem que dar "passos" desta vez acho por bem que seja a
ANACOM, pois nós já os demos anteriormente, e foram simplesmente ignorados.

73 de CT4RK


Em 20/04/07, Roland Gonçalves Gomes <Roland.Goncalves  oni.pt> escreveu:
>
> Estimado CT1EAT
>
>
>
> Caros colegas
>
> > Falemos em PLANO de ATRIBUIÇÃO de FREQUÊNCIAS, versus Recomendação
> > IARU !!
> > Pois bem, dentro da legalidade imposta pelo regulador nacional
> > continuo a utilizar as Frequências legisladas pois é por ai que tenho
> > que me orientar, caso contrário estaria a incorrer numa falta perante
> > a soberania do estado Português.
>
> Sem dúvida. Só que a questão não pode (não deve) ser colocada de uma forma
> tão simplista. Como disse anteriormente a um colega assíduo desta lista, não
> podemos olhar apenas para o nosso umbigo...
> Vamos analisar a questão por partes.
>
> - Ninguém tentou abordar a questão de uma forma simplista, apenas fiz um
> reparo perante a soberania do estado Português, do qual faço parte e pago as
> minhas contribuições, e como tal volto a frisar " É soberano ", se o
> regulador Português está desajustado dos regulamentos recomendados,
> internacionalmente então terá que ser feita uma chamada de atenção, coisa
> que até agora não me parece que tenha acontecido.
>
>
> Em primeiro lugar há que entender que legislação nacional e as normativas
> da IARU tem natureza diferente. As primeiras são de cumprimento obrigatório,
> cuja violação pode implicar uma sanção (coima, cancelamento da licença,
> etc.).
> Por outro lado, as segundas são apenas um dever de qualquer radioamador
> esclarecido, e plenamente integrado numa comunidade mais alargada, que
> transcende as fronteiras do próprio país, facultativas, portanto.
>
> Em segundo lugar, é necessário perceber que a função da legislação
> nacional, é tão somente transpor para o ordenamento nacional, as normas de
> tratados internacionais a que o nosso estado livremente aderiu. É o caso da
> Convenção Internacional de Comunicações, e do célebre Regulamento das
> Radiocomunicações (RR), que todo o rádio amador deve conhecer.
> Por outro lado, Portugal é membro de organizações internacionais que
> debatem estas questões, como é o caso da UIT, União Internacional de
> Telecomunicações. É esta entidade que promove as conferências WARC,
> certamente conhecidas de todos. O que se faz nestes encontros é,
> essencialmente, dividir (diria até retalhar) o espectro de frequências pelos
> diversos serviços de radiocomunicações, procurando conciliar todos os
> interesses (comerciais e não comerciais).
> Posteriormente, dentro de cada um desses segmentos, de acordo com as
> normas internacionais, cabe ás entidades reguladoras de cada país (o
> ICP-ANACOM, no nosso caso), determinar os diferentes modos de transmissão
> aceites, e quais os sub-segmentos que devem ser usados.
> Por último, a IARU, organização composta exclusivamente por radioamadores,
> de acordo com as leis de cada estado membro, vai "arrumar" as diferentes
> modalidades de operação, de acordo com os interesses de todos ou, ao menos,
> da maioria.
>
> Portanto, uma coisa não se sobrepõe à outra: complementa-se.
> Isto é, as normas da IARU devem complementar a legislação nacional, e não
> o contrário.
>
> Em terceiro, e último lugar, há que ver que as questões de
> radiocomunicações não dizem apenas a um determinado território (um país, por
> exemplo), simplesmente porque não se podem ser confinadas a esse espaço
> geográfico.
> Portanto há que ver o problema numa escala global.
>
>
> - Por fim Porque não apresenta tudo o que escreveu ao nosso Regulador
> ?!?!?
>
> Seja um dos primeiro a dar o passo para a uniformização dos regulamentos e
> legislações !!!!!
>
> Como já lhe disse uma vez volto a dizer até regulo-me pela legislação
> nacional, foi com base nela que efectuei o exame "É apenas uma questão de
> Opção".
>
>
>
>
> ---------------------------------------------------------------------------------
> | Resumindo, na minha perspectiva, devem ser observadas prioritariamente
> |
> | as regras da IARU, sempre que as mesmas não colidam com as leis
> nacionais!
> |
>
> ----------------------------------------------------------------------------------
>
>
> > Assim sendo não seria mais sensato pressionar a ANACOM no sentido de
> > uniformizar o plano de Atribuição de Frequências ? Onde já muita coisa
> > muda ?!?!?!?!
>
> Pessoalmente acho que, num universo de radioamadores responsáveis (e estou
> piamente convencido que a esmagadora maioria o é), acho que a legislação
> deve ser o mais ampla e ambígua quanto possível.
> Para quê? Para, dentro dos limites fixados na lei, possa permitir o avanço
> da técnica sem frustrar, diria mesmo castrar, aquelas que são as legitimas
> aspirações dos radioamadores.
>
>
> > Muito obrigado pela vossa atenção espero receber criticas
> > construtivas, não destrutivas.
>
> Espero não o ter desapontado.
>
> 73 F.Costa, CT1EAT
> www.qsl.net/ct1eat
>
>
>
> -----Original Message----
> From: cluster-bounces  radio-amador.net
> [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] On Behalf Of Carlos Neves
> (CT3FQ)
> Sent: quinta-feira, 19 de Abril de 2007 11:12
> To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Plano de Banda para os "ECHOLINKS"
>
> Bom dia João,
>
> Penso que a análise à  problemática dos "echolinks" - cujo funcionamento
> não tem nada a ver com radioamadorismo - deve ser mais generalista e
> pensada. Na minha opinião o problema não se resume a escolher a melhor
> frequência para que o "echolink" não chateie os radioamadores.
>
> Penso que   antes de tudo, deve-se pensar no global e, por exemplo,
> começar por obter respostas  às  seguintes questões:
>
> 1) Permitir os "echolinks" e não permitir os links entre repetidores não é
> contrasenso da ANACOM? Qual é a diferença?
> 2) Não permitir a ligação entre a rede telefónica pública  (phone patch) e
> os radios, e permitir o "echolink"?  Um é digital e outro é analógico?
> E se for por GSM?
>
>
> Tenham dó! Ou autorizam tudo, ou mandem os "echolinks" para os 24GHz!
>
>
> E para terminar :  - o mais engraçado  disto tudo é  saber que o meu
> colega   CT3??  conseguiu um  "Echolink DXCC"  :-)
> e  já agora proponho-vos  o "Skype DXCC", o "Messenger DXCC", o
> "VoIPBuster DXCC" !
>
> 73
> CT3FQ
>
> Carlos Neves
>
> João Gonçalves Costa wrote:
>
> >Prezados Colegas.
> >
> >Penso que seria de todo o interesse começar-se a discutir um Plano de
> >Banda para a instalação em Portugal dos Echolink (Internet Voice
> >Gateway) e para que de uma vez por todas não se assista á  proliferação
> >selvática de Echolink "pessoais" em especial em VHF em frequências que
> >nunca deveriam ser utilizadas para esse efeito. Existem ou já existiram
> >echolinks a trabalhar em 144.300 MHz ou em 145.500 MHz, para se ter uma
> >ideia, pois como sabem estas frequências são recomendas para outros
> >fins pela IARU-Região I à décadas.
> >
> >Por uma  breve pesquisa concluiu-se que pelo menos duas organizações da
> >IARU-REGIÃO I, a DARC-Deutscher Amateur-Radio-Club  e a RSGB-Radio
> >Society of Great Britain contemplam  nos seus Planos de Bandas
> >frequências para este novo sistema de comunicação á disposição dos
> radioamadores.
> >
> >Por sua vez, a IARU-Região I num seu documento datado de Março de 2007,
> >consultavel em: http://www.iaru-r1.org/Newsletter_45.pdf dava conta da
> >discussão tida em Viena no "Meeting" de 24 e 25 de Fevereiro onde o
> >tema foi abordado; documentos B19 e B25, e onde se pretende um consenso
> >na definição futura de segmentos ou frequências tanto em VHF como em
> >UHF destinadas a este modo de comunicação.
> >
> >A DARC define duas frequências em VHF; 144.962,5 MHz e 144.975
> >MHz(canalização de 12,5 KHz) http://www.darc.de/vus/daten/2m.pdf e
> >quatro frequências em UHF; 432.800, 432.825, 432.850 e 432.875
> >MHz(canalização de
> >25 KHz) http://www.darc.de/vus/daten/70cm.pdf como sendo o recomendado
> >para a instalação destes equipamentos.
> >
> >A RSGB define um sem numero de frequências  espalhadas tanto em VHF
> >como em UHF para a implementação destes dispositivos, ver em:
> >http://www.feldhellclub.org/rsgb%20band%20plan%203.pdf
> >
> >Existe, no entanto, informalmente, uma discussão em alguns países que
> >deixaram de ter repetidores com desfasamento de 1,6 MHz em UHF para que
> >se utilizem os canais de saída destes ex-repetidores, como segmento de
> >banda em UHF para os "Echolinks". Assim, está a sugerir-se que se
> >utilize esta faixa "vaga" no Plano de Banda da IARU - Região I,  para a
> >instalação dos Echolinks entre 434.600 a 434.975 MHz  com uma
> >canalização de 25 KHz, principalmente devido ao elevado numero de
> >possíveis instalações e principalmente para que estejam concentrados
> >todos num segmento especifico na Banda de 70 cm e não dispersos.
> >
> >Como sabem, em Portugal, e por proposta da ANACOM os "Echolink
> >"integrados futuramente nas estações de uso comum, conhecidas e somente
> >licenciáveis como as estações dos clubes ou associações, por exemplo,
> >ficaram restritos á Banda dos 70 cm  e não serão permitidos
> >repetidores, ou seja, cada ligação será apenas composta por um
> >equipamento transceptor, uma antena e obviamente um PC ligado á
> >Internet. Nesta parte, a LART - Liga de Amadores de Radio Transmissões
> >que se tem destacado nesta área e que difunde duas conferencias, sendo
> >a principal a Lusofona, tem a maior parte dos seus Echolinks já em UHF a
> partir de 434.500 MHz para cima.
> >
> >Em Portugal e devido ás interferências  dos LPD`s  está a utilizar-se a
> >frequência de 434.500 MHz ao invés de 433.500 MHz para Chamada Móvel
> (Freq.
> >de chamada em Concursos em FM).
> >
> >Na minha modesta opinião penso que a "terceira via" entre 434.600 a
> >434.975 MHz com uma canalização de 25 KHz seria a mais adequada de modo
> >a poder albergar num só segmento as múltiplas conferencias difundidas
> >por este meio e que hoje "selvática"  e descontroladamente pululam nas
> >bandas ao belo desígnio individual.
> >
> >Gostaria de ter a vossa opinião sobre o tema.
> >
> >João Costa
> >CT1FBF
> >
> >_______________________________________________
> >CLUSTER mailing list
> >CLUSTER  radio-amador.net
> >http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster
> >
> >
> >
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BPL/PLC ......No thanks!!!
Best 73 from:
regards from:
CT4RK
Carlos Mourato
Sines - Portugal

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