RE: ARLA/CLUSTER: 1º DX de Campo ARLA.
João Gonçalves Costa
joao.a.costa ctt.pt
Sexta-Feira, 29 de Setembro de 2006 - 20:10:09 WEST
Prezado Carlos Gonçalves.
Quanto á denominação do evento foi adoptada a internacional, se preferir, First DX Camp"ing" ARLA 2006, obviamente que para Portugal poderá ser eventualmente traduzida como "1ª Expedição DX de Campo ARLA 2006", muito embora " Camping "possa ter mais haver com Acampamento, sendo o que inicialmente se pretendia, no entanto, isso não será muito importante..
A sua ausência foi bastante notada, pois temos para todos que a estar presente, podería-mo-nos ajudar a todos com os seus profundos conhecimentos.
Recordo-me que lhe foram enviados diversos mails, tanto pela ARLA, por mim, como inclusivamente pelo Miguel Andrade e ao conhecimento da Lista, mas nunca obtivemos resposta, infelizmente e provavelmente a sua ausência não possibilitou a sua leitura em tempo oportuno. Também constato que grande parte dos contactos tidos com a RDP Internacional dentro e fora desse período foram também enviados, tanto por nós, como pela Dra Isabel Saraiva ao seu conhecimento.
O intuito de todo o evento está enunciado no mail a esta Lista em 10 de Julho de 2006 ás 14H21 intitulado " 1ª DX CAMP ARLA 2006.", como poderá verificar na área de arquivos desta lista referente a esse mês.
Nunca se tratou de algo muito elaborado, antes um singelo e simples acontecimento que cativasse os jovens e não só, á pratica salutar da escuta radiofónica e de outros modos no espectro radioeléctrico.
Como pode constatar, não só tivemos o apoio da RDPi - Rádio Portugal, muito pelos contactos anteriormente desenvolvidos pelo Carlos Fonseca, como mais tarde a PRO_FUNK de Sines associou-se, graças aos bons ofícios do Carlos Mourato junto da administração, no intuito de se promover uma demonstração publica da recepção de sinais em DRM, possivelmente a primeira realizada nestas condições em Portugal.
Quanto á parte técnica a que se refere, penso que os comentário foram escritos pelo Miguel Andrade e que os poderá melhor fundamentar.
Quanto á escolha do período, era inicialmente minha intenção ser um acontecimento de pelo menos 24H, abarcando largamente a noite de sábado para domingo. Infelizmente, quando solicitamos apoio a nível de uma vigilância de proximidade pelas Forças de Segurança que supervisionam a área, estas não se mostraram muito receptivas, invocando que não disponham de elementos suficientes para esse função e fico por aqui, porque posso ter entendido mal o que me foi sugerido como alternativa.
Em virtude do elevado valor do equipamento, entretanto, disponibilizado pela Estação retransmissora da Radio Deutsche Welle de Sines á ARLA - Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano para o acontecimento, avaliados em mais de 15 000 EUR e tendo em atenção os constrangimentos enunciados, achei que não estavam reunidas as mínimas condições para avançar para um período nocturno de escutas.
Quanto á selecção de antenas, estas foram as possíveis tendo em atenção o tempo disponível para a sua montagem e o tempo para escuta, optando-se por solicitar aos participantes que apresentassem algumas simples sugestões. Neste caso, deixe-me elogiar a antena vertical construída pelo Carlos Fonseca com materiais totalmente recicláveis, como pode ver nas fotos.
Quanto á alimentação, os equipamentos disponibilizados pela Estação Retransmissora da Radio Deutsche Welle exigiam 220V, alguns amperes e 50 Hz e o portátil da ARLA, não tendo nós outras alternativas de como o alimentar e estando as baterias no fim da sua vida, também. Assim, não nos restou outra opção que recorrer a um gerador, que como se veio a verificar, foi uma péssima aposta pois as interferências causadas foram totalmente desastrosas. No domingo, ainda se tentou optar por um conversor para alimentar a antena activa, o receptor EK070 e principalmente o receptor /analisador de DRM, DT700 da Rohde & Schwarz, mas este conversor não tinha a mínima capacidade, nem para alimentar o receptor.
Quanto ao material de apoio, vulgo listagens, foram inseridas no portátil as listagens que encontramos na Internet "actualizadas" caso da ILG Radio, HFCC, BLC News, FCC HF STATIONS, European and African Medium Wave Guide, etc e inclusive pretendíamos utilizar as suas escutas disponibilizadas em 11 de Julho e 19 de Julho de 2006 nesta mesma Lista ARLA/CLUSTER.
Tendo em conta a nossa falta de experiência e tendo em atenção tudo o que acabo de descrever, penso que correu bem e possibilita-nos ver os erros cometidos, que esperamos corrigir para o futuro. Obviamente, que esperamos contar sempre com a sua inestimável colaboração, pois como lhe referi tanto pessoalmente como particularmente é uma grande honra com uma profunda admiração ter alguém como o Carlos Gonçalves no nosso seio.
Em boa altura a ARLA soube reconhecer em Portugal, aquilo que é uma grande evidencia internacional, não só pela sua continua e esforçada actividade, como pela elevada capacidade técnica sempre e diáriamente demonstrada, e por tudo o mais que tem feito em pró da radioescuta não só aqui, como a nível mundial.
João Costa
CT1FBF
-----Original Message-----
From: cluster-bounces radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces radio-amador.net]On Behalf Of Carlos L.R. de
A.Gonçalves
Sent: sexta-feira, 29 de Setembro de 2006 17:04
To: ARLA-Cluster
Subject: ARLA/CLUSTER: 1º DX de Campo ARLA.
Caro Carlos Fonseca:
Creio que o móbil do m/ escrito sobre o 1º DX de Campo ou 1ª Expedição DX,
no caso, da ARLA, terá sido erradamente apreendido por si, porquanto não
teci críticas ao que deu a atender: nem gerais nem em particular - antes,
louvo, sim, a iniciativa, a que não pude juntar-me pelo principal motivo de
ela ter coincidido c/ ausência.
Sem embargo, confesso que a m/ eventual participação tb. teria sido
muitíssimo limitada por uma simples razão: pouco mais do que rxs poderia
levar comigo!
Não estou nem nunca estive preparado p/ DX de campo, pela exigência de
material extra p/ esse preciso efeito, que não tenho. Refiro-me,
naturalmente, às antenas, mesmo tratando-se de coisas tão simples como
Beverages, p/ as quais há que estar preparado c/ umas boas, mesmo boas
centenas de metros de fio, p/ não falar nos transformadores. Tudo o que
tenho está em instalações fixas.
Louvo o facto de a RDPi - Rádio Portugal se ter juntado à iniciativa, que
terá sido a primeira na história da emissora. Ignoro, todavia, se o tom da
rubrica permanece tal como os raros exemplares escutados...quando o programa
não sai da grelha, o que já sucedeu.
Como viu, apenas apontei a designação do acontecimento, mais nada.
De seguida, quanto à técnica, o que me pareceu caricato foi - perante tal
panóplia de equipamento - ter-se registado problemas da índole tocada na
passagem transcrita do boletim, e só a estes me referi e poderei referir-me:
nada de DRM, nada de emissão em HF, e muito menos em VHF e superior, e
afins.
Por outras palavras, soou-me estranho que rádio-amadores que tenho por
experimentados, face ao que tenho lido, se tivessem deparado c/ aqueles
fenómenos ao efectuarem buscas na faixa de MF/OM.
Lamento que tenha intuído outra razão p/ aquela mensagem.
Agora, se me permite, o que posso aconselhar em termos de futuras expedições
semelhantes é, com toda a franqueza, o óbvio, v.g.:
a) escolha de período nocturno, se o pretendido é tb. DX em LF e MF, já que
o DX diurno, ainda que possível, é relativo, ainda que interessante; salvo
algumas excepções, o que mal se capta por horas mais adversas, como o meio
do dia durante o Verão, por ex., já não é DX à noite, embora muitas vezes
ser esse tb. um período ingrato por ficarem certas estações "cobertas" por
outras mais distantes.
b) selecção de antenas, que não necessitam de grandes alturas, bem pelo
contrário; aqui, e pela experiência acumulada, sugeriria algo já objecto de
artigos meus enviados p/ a ARLA, e - inevitàvelmente - as antenas Beverage,
utilíssimas mesmo em HF!
c) alimentação de corrente por baterias, por forma a excluir QRN de
geradores... que basta o QRN "derramado" pela rede eléctrica; outro óbice no
que tocaria à m/ participação!
d) finalmente, listas adequadas, que sei serem algo arredado dos amadores
emissores, por razões òbviamente naturais visto não ser essa a sua
actividade.
73.
Carlos Gonçalves.
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