ARLA/CLUSTER: Ainda a "bigamia" dos indicativos.

[Carlos Neves (CT3FQ)]

Caros Colegas,

Permitam-me voltar ao assunto dos indicativos, por achar muito grave, 
esta posição da ANACOM.

Não sou legislador, por  isso acho  incrivel que passados 10 anos da 
publicação do Dec-Lei alguém consegue encontrar um "buraco" que permite 
a qualquer radioamador licenciar qualquer estação em qualquer parte do 
Território Português. E porque a Madeira e os Açores são parte 
integrante de Portugal, a Lei é aplicável. O Problema é que esse 
"buraco" parece ser maior do esperado.

Vamos ser directos. O que acontece neste País é que as pessoas tomam as 
decisões, baseadas em omissões da lei (o que é discutível)  sem ponderar 
nas suas consequências.

A primeria coisa que um bom gestor  faz  antes de tomar qualquer decisão 
é simular cenários, assim e  a titulo puramente académico,  permitam-se 
simular os seguintes cenários:

Cenário nº1: O CT1BOH licenciava a estação CT3NT e ninguém dava por 
isso: - "No problem"

Cenário nº2: O CT1BOH licenciava a estação CT3NT e alguém se apercebeu: 
"No problem! A ANACOM conseguiu descobrir, 10 anos depois, que a  Lei é 
omissa e portanto o acto é legal!"

Cenário nº3: O CT1XXX  declara uma morada dum Hotel na Madeira, pela 
lista telefónica, e pede o licenciamento duma estação CT3:-  "No Prolem! 
A ANACOM  como já licenciou uma  já não pode parar, e atribuiem-lhe o 
indicativo CT3XX"

Cenário nº4: O CT3XX decide operar portátil CT3XX/p  na Serra do Açor: 
"No problem está portátil! Afinal o buraco legal é maior do que 
esperado!" (se duvidam disto, leiam a Lei!!!)

Cenário nº 5: A IARU descobre que afinal o indicativo CT3 pode ser usado 
portátil em qualquer ponto do território português e chama burros aos 
Portugueses: "No problem! Já estamos acostumados!"



Desculpem o humor e o vocabulário, mas acho tudo isto muito triste...

73 da Madeira/Açores/Portugal

Carlos neves
CT3FQ