ARLA/CLUSTER: Ainda as terras

Manuel Jesus mojesus pedradaciencia.com
Sábado, 25 de Novembro de 2006 - 22:14:50 WET


Caros colegas espero que este artigo vos seja útil, a propósito ainda das
terras, descargas atmosféricas, trovoadas, equipamentos queimados. Aqui vos
envio algo de forma profissional que vos poderá ajudar nas vossas montagens
com eléctrodos de terra.

 

Introdução

 

O eléctrodo de ligação à terra é um componente essencial para o sistema de
ligação à terra. Existe uma vasta gama de eléctrodos diferentes, alguns
"naturais" e outros "fabricados”. Os de tipo natural incluem tubos de água
metálicos subterrâneos, a estrutura metálica de um edifício (se
efectivamente ligada à terra), um fio de cobre, uma barra de reforço numa
fundação de cimento ou sistemas subterrâneos. Deve ser dada atenção à
ligação de eléctrodos naturais para garantir a continuidade eléctrica. Os
eléctrodos "fabricados" são especificamente instalados para melhorar o
sistema de ligação à terra. Estes eléctrodos de ligação à terra têm que
penetrar idealmente no nível húmido do subsolo para reduzir a resistência.
Também têm de incluir condutores metálicos (ou uma combinação de tipos de
condutores metálicos), que não corroam excessivamente durante o período de
tempo que se espera a sua utilização. Os eléctrodos fabricados podem ser
varetas metálicas conduzidas para dentro da terra, placas ou grelhas
metálicas enterradas, elementos de grafite ou um anel de fio de cobre ou aço
à volta da estrutura.

 

As tubagens de gás subterrâneas ou eléctrodos de alumínio. NÃO são
permitidos utilizar como eléctrodos de ligação à terra.

 

 

Eléctrodos ditos em piquet

 

Os eléctrodos de ligação à terra são frequentemente seleccionados com base
na respectiva resistência à corrosão. O outro factor principal é o custo.
Com demasiada frequência, o custo de um produto é visto como o preço
inicial, mas o custo real é determinado pela durabilidade de funcionamento
do eléctrodo de ligação à terra. O mastro de aço galvanizado é o tipo de
mastro mais económico disponível no mercado. No entanto não é eficaz, uma
vez que este possui uma curta durabilidade de funcionamento. Os mastros de
cobre maciço e de aço inox têm uma longa durabilidade de funcionamento, no
entanto, são consideravelmente mais caros do que os mastros de aço
galvanizado. Além do mais, os mastros de cobre maciço não são adequados para
grandes profundidades ou para curtas distâncias em solos duros pois podem
dobrar. Como compromisso, foram desenvolvidos eléctrodos com núcleo de aço,
moldados com revestimento de cobre. 

 

O eléctrodo de ligação à terra com revestimento de cobre possui um
revestimento electrolítico de cobre colocado sobre uma camada de níquel.
Este processo assegura uma longa durabilidade através de uma ligação
molecular entre a camada de cobre e o núcleo de aço. È recomendável o uso de
eléctrodos de ligação à terra com revestimento de cobre porque a camada de
cobre não descola nem rasga durante a colocação do eléctrodo, nem parte se
este dobrar. O núcleo duro de aço de carbono tem boas características para a
colocação em profundidade. Os eléctrodos de ligação à terra com revestimento
de cobre têm uma elevada resistência à corrosão e oferecem um percurso de
baixa resistência até à terra.

 

O eléctrodo de aço cobreado é assim o mais utilizado actualmente, pois
permite de uma forma rápida e económica constituir uma terra eficaz, e
permite paralelamente ser colocado em profundidade. 

No entanto existem no mercado eléctrodos em ferro com um banho de cobre
mínimo, os quais não cumprem as especificações das normas Europeias de
protecção não cumpram os requisitos mínimos exigidos. 

 

As normas actuais exigem que estes eléctrodos tenham pelo menos 2m de
comprimento e 14mm de diâmetro, bem como 250µm de revestimento mínimo de
cobre. 

É importante ter em consideração que determinados solos e terras podem não
ser compatíveis com o cobre, devido a problemas de corrosão. Nestas
situações, o aço inox é a melhor opção. O custo elevado dos mastros de aço
inox impede a sua utilização alargada.

 

 

Eléctrodos em placa

 

Estes eléctrodos apresentam boas características de resistência terra,
quando utilizados em conjunto com um produto de melhoramento de terras do
tipo GEM. O seu elevado custo impede a sua utilização em larga escala.
Actualmente utilizam-se apenas em zonas rochosas de difícil perfuração. As
normas existentes exigem que estas placas sejam em cobre com dimensões
mínimas de 500mm X 500mm X 2mm.

 

 

Eléctrodos de Grafite

 

São um tipo de eléctrodo que se destaca por apresentar bons valores de terra
e óptima resistência á corrosão e durabilidade a longo prazo. Pelo facto de
se tratar de um material inerte (grafite), o valor de terra não se degrada a
longo prazo, pelo contrário tem tendência a melhorar com o passar do tempo.
São cada vez mais utilizados em zonas rochosas de difícil perfuração, zonas
de alta resistividade do solo, e zonas com solos susceptíveis de corrosão.

 

 

Memória Descritiva para utilização em projectos

 

Os eléctrodos a instalar têm de ter como dimensões mínimas 2m e ø 14mm.
Deverão ser em aço cobreado, com um revestimento de cobre electrolítico
colocado sobre uma camada de níquel com uma espessura mínima obrigatória de
250µm. Todos os eléctrodos deverão apresentar certificação KEMA que é uma
certificação Alemã e que é aceite como a certificação mundial a nível dos
eléctrodos de terra.

 

No caso de terrenos com níveis de corrosão superiores ao normal, ou zonas
com alto valor de resistividade do solo, como sejam zonas de areia etc,
deverão ser aplicados eléctrodos em grafite em conjunto com um produto de
melhoramento de terras do tipo GEM ou equivalente.

 

CT1AXZ

Manuel Jesus

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