RE: ARLA/CLUSTER: Cobre p/ terras e protecções.

Roland Gonçalves Gomes Roland.Goncalves oni.pt
Quarta-Feira, 15 de Novembro de 2006 - 10:25:54 WET


Bom dia estimados colegas

Bem, o tema continua aceso, não quero deixar de participar dando relato do que presenciei mas também da forma como construí as minhas terras.

Pois bem, a minha vida profissional é ligada ás telecomunicações, tudo começou como Controlador Aéreo, e está agora na fase de Gestão de Projectos e Consultoria.

Pois bem, na empresa que actualmente estou é prática o uso de Torres, as quais fazem parte da infra-estrutura de suporte ás comunicações em FH e FWA. Como estão a ver um dos ingredientes perfeito para o chamariz dos tão temidos relâmpagos.

Sempre foi um tema de grande preocupação, a protecção dos equipamentos, ora bem então construímos as nossa terras com base em estudos e casos práticos do dia a dia, assim temos:

Em geral optamos por instalar 6 varetas de cobre com 2 metros cada disposta em forma do tradicionalmente conhecido pé de galo, o cabo de interligação tem a secção de cerca de 50mm. Assim sendo temos um meio de dissipação com cerca de 100mm e varetas de cobre instaladas á distância de cerca de 2 metros entre elas, não usamos a tradicional abraçadeira que em geral acompanha a vareta mas sim um ligados em inox que têm 3 parafusos de aperto e são em formato de mordentes, Quando tudo está ligado envolvemos o ligados em vaselina e finalizamos com o envolver do mesmo em plástico aderente tipo do que se utiliza para tapar ou envolver comida, isto serve para que não haja oxidações permutaras, depois de espetadas as varetas costumamos no mesmo buraco deitar uma solução á base de Sulfato de Cobre, para proporcionar um maior campo de dissipação eléctrica (e resulta em cheio). Posto isto vamos a medições, em 97% dos casos conseguimos terras com valores que oscilam entre os 0,3 e 3 Ohm, é claro e como os nossos colegas apontaram tudo depende do local (em rocha é para esquecer estes valores).

Constatação:

Este ano como acontece todos os anos fomos atacados pelos malvados, este caso que relato teve o meu acompanhamento por isso falo sobre ele.

Foram as ditas trovoadas secas, a torre foi literalmente atacada pela fúria de um relâmpago que desesperadamente procurava um local para se esconder, e eis que encontra a nossa torre, certo é que tamanho foi o sarrabulho que deu direito a pegar fogo ao restolho que circundava a torre, foram maiores os prejuízos causados pelo fogo que os na torre e equipamentos, do que estava protegido pela terra apenas e digo apenas, um Ruter queimou a porta ethernet, as terras aguentaram-se á fúria do dito cujo, contudo e como geralmente acontece também a terra ali á volta ficou com uns bocados aqui outros ali vidrados, também outro fenómeno consequência da tamanha violência agora foi constatado com as primeiras chuvas, " Á volta da torre num raio de cerca de 4 metros a terras ficou esterilizada, não nasce lá nada !! "


Posto isto a construção das minhas terras:

A minha torre tem 15 metros de altura com um conjunto de várias antenas em que a mais alta faz com que o conjunto tenha cerca de 24 metros de altura, como podem ver tanto alumínio, cobre e ferro mesmo a pedi-las.

As terras, 3 varetas de cobre com 2 metros instaladas pelo mesmo processo descrito anteriormente e mais uma adicional feita com o mesmo cabo de 50mm e mais 2 de 16mm tudo cobre a nú, na ponta 2 termoacumuladores de 80 litros (arranjados num ferro velho) em cobre, cortados a meio e enterrados a cerca de 1,5 metros, e tudo isto regado com a solução de Sulfato de Cobre.

Ou seja está servido o prato ....

Agora só espero que a sorte continue e que os ditos encontrem outro restaurante que não seja o meu, porque tenho plena consciência que se for bafejado com um raio algo vai desta para melhor isto nem que seja pelo efeito de espalhamento que o raio provoca nas redondezas.

Mas enquanto nada acontece tiro partido de uma terra que está com 0,5 Ohm, e que tem resultados surpreendentes na Long Wire, assim como o facto de ter eliminado a RF nos equipamentos.


Cordiais cumprimentos e que a sorte esteja sempre do nosso lado pois bem precisamos.

Obs: continuo a desligar os cabos dos equipamentos ... O seguro morreu de velho  




Roland Gomes

Gestor de Projectos/Consultor

OniTelecom/Infra-estruturas Cliente e Gestão de Projecto

Telefone: +351 21 000 53 27 Telemóvel: +351 91 278 93 70

 


-----Original Message-----
From: cluster-bounces  radio-amador.net [mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] On Behalf Of Carlos Mourato
Sent: quarta-feira, 15 de Novembro de 2006 5:05
To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Cobre p/ terras e protecções.

Caro Carlos
Num terreno rochoso a unica solução é encontrar uns "palmos " de terra e enterrar a vara, se tiver rocha a menos de 1m deve-se usar placas de cobre zincado,  com pelo menos 1X0,8m, e se possivel mais do que uma, e interliga-las. Por ser uma terra de proteção pode ficar desviada do equipamento a proteger, interligando-se com um cabo grosso, que pode ou não ser isolado.

73 de CT4RK


Em 14/11/06, Carlos L. R. de A. Gonçalves <carlos-relvas  sapo.pt> escreveu:
>
> Cf. sugestão do Colega João Costa, a quem tb. respondo por esta msg., 
> passo a indicar o vendedor onde tenho adquirido varetas de cobre e tb. 
> fio unifilar p/ antenas, a saber:
>
> Casa Félix - Material Eléctrico, Ldª
> Rua Teixeira de Pascoais, 21-E
> 1700-364 LISBOA
> 21-848 33 80
>
> Entre os clientes deles, contam-se a EDP, CP, pelas razões óbvias.
>
> O fio unifilar que comprei é de 1,75 mm de diâm. e, òbviamente, s/
> isolamento.  Aqui, há vantagens e desvantagens.   P/ soldar, é muito
> prático, porque basta lixar p/ remover qq. oxidação; p/ antenas 
> longas, torna-se deveras "pesadão", mormente se forem algo mais do que 
> meros dipolos c/ apenas um condutor p/ cada lado ou semelhante,. quiçá 
> o tipo de antenas de fio mais populares entre os amadores-emissores.
>
> Experimentei alguma dificuldade durante a construção e montagem de 2 
> antenas "T2FD", uma de 20 - ainda activa -, outra de 30 m de extensão.
>
> Tanto p/ terra da estação/antenas/rx como p/ terra de protecção, 
> sugiro as varetas maciças, em cobre quase puro, mas há sempre a 
> hipótese de deparar c/ dissabores ao enterrar-se uma vareta, que - a 
> propósito - têm que ser
> cortadas ao comprimento pretendido.   Os troços são de 6 m, salvo erro.
>
> Mas, se o terreno ajudar, creio que uma vareta de 1~1,5 m já dá p/ notar
> alguma coisa.   Falo por experiência própria.
> __________
>
> O relato sobre a "seriedade" dos técnicos nessa instalação da Serra 
> d'Aire é
> interessante, mas certamente revelador do que abundará por aí...   Já
> agora,
> uma pergunta:
> Numa instalação sita em terreno rochoso, porque as há, um plano de 
> terra artificial p/ o sistema irradiante, se necessário, pode sempre 
> criar-se, mas qual a forma eficaz de dotar o sistema de Terra de 
> Protecção?
>
> 73.
> Carlos Gonçalves.
>
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Carlos Mourato
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