ARLA/CLUSTER: Terras e "terras."
Carlos Neves (CT3FQ)
ct3fq ct3team.com
Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006 - 12:06:53 WET
Paulo deixe-me que lhe diga que não basta desligar os equipamentos das
antenas e da rede electrica. O campo electromagnético gerado pelo arco
de um relampago pode danificar qualquer equipamento mesmo a quilometros
do acidente. Que o diga o nosso colega CT3CD que ficou sem recepção no
seu ICOM 775 no CQWW em Outubro. Que o digam também os muitos GasFets
que já substitui nos meus preamplificadores de VHF e UHF.
Desligar os cabos pode atenuar o efeito do brutal campo eletromagnético
gerado por um relampago.O modo mais seguro é desligar o cabo da antena
e encaixar uma ficha PL curtocircuitada no receptor, ou em alternativa
ter um comutador de antenas com fecho à massa, ou então ser mais
arrojado e construir um "shack" como uma gaiola de faraday.
Penso que é tudo uma questão de estatística. O que mais me preocupa é
que a probabilidade de cair um raio é maior do que sair o Euromilhões...:-)
Para quem gosta do assunto recomendo a consulta do site:
http://www.lightningsafety.com
73
Carlos Neves (CT3FQ)
Paulo Santos wrote:
> São tudo situações arrepiantes, mas mais vale prevenir do que remediar
> e desligar toda a estação, geralmente é que faço.
>
> Como vivo numa zona bastante plana e humida e dos quais a minha casa é
> a mais alta do pequeno povoado, torno-me simplesmente num potencial
> pára-raios dos meus vizinhos. Ah e ainda tenho o maldito rio a cerca
> de uns 40mts da traseira da casa sim esse maldito que de vez enquando
> lembra-se de entrar shack comercial a dentro.
>
> Já não basta no inverno passado verificar uma descarga tão forte na
> margem do rio que o desgraçado platano ficou aberto ao meio. Foi
> simplesmente magnifico e aterrador ao mesmo tempo. O estrondo foi táo
> grande que acho que os clientes que estavam ao balcão a beber o café
> se engasgaram hehehehe.
>
> Apartir desse dia simplesmente quando vejo aproximar mau tempo desligo
> todos os cabos coaxiais e não só, como alguém disse noutros
> comentários rezar a Deus que a leve daqui para fora.
>
> 73's e boas faiscadelas.
>
> CT2IVH Paulo Santos.
>
>
>> From: "Carlos Mourato" <radiofarol gmail.com>
>> Reply-To: Resumo Noticioso Electrónico ARLA<cluster radio-amador.net>
>> To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA"<cluster radio-amador.net>
>> Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Terras e "terras."
>> Date: Tue, 14 Nov 2006 01:18:23 +0000
>>
>> Ahhh esqueci-me de referir as varetas de terra!
>> Salvo aquelas belissimas placas de cobre zincado que faziam
>> antigamente as
>> belas terras das torres de suporte das linhas de HV (nessa altura
>> havia uma
>> coisa que já não se ve hoje! Brio profissional) , Eu já assisti a
>> montagens
>> profissionais de alto gabarito. Uma vez na Serra D`Àire, como aquilo
>> lá em
>> cima é só rocha calcária, os "técnicos" instaladores, (certamente até
>> certeficados pela ANACOM) não estiveram com muito trabalho para
>> enterrar a
>> vara de terra. ...Simplesmente deitaram a vara no chão e
>> colocaram-lhe uma
>> camada de pedras em cima!!!!....E isto é verdade...Não é só
>> publicidade!.
>>
>> Mas tambem vos digo que as faiscas é que escolhem onde cair. Uma vez na
>> Igreja lá da minha aldeia, uma ignorou pura e simplesmente o
>> pára-raios e
>> mandou uma porrada no sino que até o mandou ao chão. Acho que na terra
>> devem existir "manchas" mais ou menos carregadas, o que provoca
>> diferenças
>> de potencial diversas entre a terra e as nuvens. Lembro-me que já
>> este ano,
>> estava eu na casa de meus pais, lá na aldeia, e que a casa fica no
>> fundo de
>> um vale e por cima a mais de 300m de altura passam 6 linhas de alta
>> tensão
>> vindas da barragem de Belver. No entanto, estava eu sentadinho na
>> varanda a
>> ver uma trovoada e então uma faisca enfiou-se por entre as linhas de
>> alta
>> tensão, ignorou simplesmente o cimo do montes e caiu bem lá no fundo do
>> vale, num ribeiro. Lembram-se daquela moça que morreu carbonizada faz
>> 2 anos
>> na praia do Guincho??? Pois é!, com a serra de Sintra mesmo ali ao
>> lado, tão
>> alta, e com tanto lugar onde o raio podia ter saltado, logo teve a
>> infelicidade de ser ela o pára-raios, só porque estava no lugar errado à
>> hora errada.
>>
>> 73 de CT4RK
>>
>>
>>
>>
>> 2006/11/14, Carlos Mourato <radiofarol gmail.com>:
>>
>>>
>>> Caros colegas
>>> Estou 100% de acordo com o que diz o Carlos Gonçalves e o CT1FBF.
>>> Cá para mim, eu tenho em cima do predio uma pequena torre com
>>> antenas e
>>> não um pára raios.. Por tal, a unica ligação à terra é o betão do
>>> predio,
>>> que espero que seja bom isolador. Na entrada da janela coloquei um
>>> perfil em
>>> L com 16 passadores coaxiais, do tipo PL e N. Aí chegam todos os cabos
>>> vindos das antenas, e daí é que partem os cabos para os equipamentos.
>>> Inclusive o cabo do rotor é interrompido aí! Caso eu "sonhe" que
>>> andam por
>>> aí descargas atmosfericas, desligo tudo nos passadores coaxiais,
>>> junto à
>>> janela e todos os cabos terminam aí. Apesar de que posso ficar com a
>>> parede
>>> toda chamuscada, e com os cabos feitos num 8, sempre acho que os
>>> equipamentos ficam mais protegidos. Mas aqui as trovoadas, como diz
>>> o Carlos
>>> Gonçalves, não brincam em serviço. Quando se junta o ar frio e
>>> humido do
>>> Oceano, com o quente e seco da planicie, e se começa tudo a enrolar
>>> aqui por
>>> cima da costa, é de ter respeitinho.
>>> Aqui no batente uma vez vi uma das antenas rotativas levar com umas
>>> quantas descargas em cima
>>> Era com cada tiro que abanava o edificio. Mas felizmente nada de
>>> anormal
>>> aconteceu o emissor desligava e rearmava de novo. Para proteção,
>>> temos nas
>>> antenas, o ponto de alimentação ligado à terra através de uma bobine de
>>> elevada indutancia . Só que existe um problema que nem todos
>>> conhecem, e
>>> julgam-se protegidos.
>>> É que uma descarga sobre um dos elementos da antena, provoca um
>>> violento
>>> impulso nas linhas. Esse impulso é uma onda quadrada e como tal tem
>>> harmónicas muito poderosas até frequencias muito elevadas. Então
>>> logo produz
>>> uma forte corrente electromagnética nas linhas que pode ser muito
>>> perigosa e
>>> que acima de certas frequencias "ignora" simplesmente os choques de
>>> terra.
>>> Salva-nos o BALUN, que é uma estrutura completamente ligada à terra
>>> e de
>>> banda estreita.
>>> Para finalizar, e quando estiverem na presença de uma trovoada,
>>> desliguem
>>> tudo e ...rezem!!!!...rezem muito!
>>>
>>> 73 de CT4RK
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> Em 13/11/06, Carlos L. R. de A. Gonçalves <carlos-relvas sapo.pt>
>>> escreveu:
>>> >
>>> > João Costa, e demais Colegas:
>>> >
>>> > Se já viu uma torre de transporte ter a "sorte" que descreveu,
>>> > imagine-se o
>>> > que sucede numa torre-antena ou num sistema de irradiação mais
>>> > complicado...
>>> > bom, foi quase o que sucedeu há pouco mais de um ano no centro
>>> emissor
>>> > automatizado de Rangitaiki, da R.Nova Zelândia Intl.
>>> >
>>> > Passou mais de um mês até regressarem ao éter! Tiveram estragos
>>> > importantes, mormente no (único) tx de que tinham. Suponho que os
>>> > sistemas de protecção das torres-emissoras de LF e MF, concedem maior
>>> > protecção.
>>> >
>>> > Mas imagine-se o equivalente numa estação amadora, por mais
>>> sofisticada
>>> > que
>>> > seja!
>>> >
>>> > Todavia, parece que mesmo só os amadores se podem permitir usar da
>>> > prudência - e, como diz, e bem, confiar na estatística!... -, porque
>>> > muitos
>>> > serviços de LF~HF simplesmente não desligam os equipamentos,
>>> > restando-lhes
>>> > confiar na sofisticação das protecções.
>>> >
>>> > Tenho meditado sobre isto cada vez que, na costa SW, se assiste a um
>>> > "documentário" de descargas ao largo, e - por prudência, mas
>>> confiando
>>> > na
>>> > tal estatística... - mantenho tudo desligado. Como sabe,
>>> algumas das
>>> > antenas por lá são Beverage...
>>> >
>>> > Terras. A questão do acessório p/ substituir a terra não será
>>> mais uma
>>> > das
>>> > "maravilhas" apregoadas pela MFJ?
>>> >
>>> > Restando-nos confiar mais na estatítica, de uma lado, defendo que
>>> será
>>> > mesmo
>>> > de tentar o melhor que pudermos quanto ao ruído, por outro,
>>> sabendo que
>>> > uma
>>> > boa dose dele pode ser encaminhado p/ o chamado potencial nulo, logo,
>>> > será
>>> > mesmo de apostar numa terra.
>>> >
>>> > Como aludiu ao seu distema no outro QTH, pergunto-lhe: fia-se nas
>>> comuns
>>> >
>>> > varetas de terra, que, de cobre, apenas têm uma finíssima camada
>>> que é
>>> > corroída ao fim de pouco tempo, ou em varetas de cobre puro? Estou
>>> > ciente
>>> > de que as ditas "apropriadas" até permitem, mercê da sua rigidez,
>>> > fixação de
>>> > umas às outras, mas nada como varetas de cobre puro, e uma for
>>> > insuficiente,
>>> > sempre se pode recorrer a uma bateria delas, não será?
>>> >
>>> > Melhores 73.
>>> > Carlos Gonçalves.
>>> >
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>>> BPL/PLC ......No thanks!!!
>>> Best 73 from:
>>> regards from:
>>> CT4RK
>>> Carlos Mourato
>>> Sines - Portugal
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