ARLA/CLUSTER : Ainda a RL/REL na Catalunha, e a RDP.

[Carlos L.R. de A.Gonçalves]

CATALUNHA
A data de hoje corresponde à que foi marcada p/ a demolição da
retransmissora dos EUA em Platja de Pals, a Praia de Pals, perto de Girona.
O centro-emissor foi construído pouco depois do de Glória do Ribatejo,
Portugal.
Sugiro uma incursão na págª www.radioliberty.org/radio-ie1024.html, onde
estão disponíveis versões em "català", castelhano ou inglês.   (Carlos
Gonçalves, Lisboa)

PORTUGAL
Provàvelmente, alguns conhecem a designação dada outrora pela EN-Emissora
Nacional ao centro-emissor que serve a capital e uma vasta zona do centro e
sul: o chamado (pomposamente) "CEN"-Centro Emissor Nacional.   Até à
remodelação do parque emissor de OM, o txs principais do CEN eram 2 Brown
Boveri de 135 kW, utilizados durante anos a fio pelos programas1 e 2, depois
pelos 1 e 3 e  1 e R.Comercial, mais tarde apenas pela Antena 1.
Actualmente, todos os txs de OM da RDP são transistorizados, utilizandos
potências de 2 e 10 kW, e estão automatizados, como passou a estar em parte
o CEOC-Centro Emissor de Onda Curta, ex-CEU-Centro Emissor Ultramarino.
Assim sendo, o que fora pretenciosamente apelidado de "CEN" - e que mantém a
designação internamente como se muito mais complexo do que os seus "irmãos"
no contimente ou ilhas - já não tem ninguém... é do género casa abandonada
ou ainda algo mais, infelizmente...

A visita realizada em 1989 ou 1990 mostrava já sinais de franca degradação
nos imóveis, compostos pelo edifício principal ou dos txs e posto da GNR, e
os fracos arranjos nos espaços verdes emprestavam sòmente uma aparência do
que o CEN teria tido "no seu tempo", em que terá ocupado muito pessoal, do
jardineiro ao técnico-chefe.

Em Novembro de 2005, uma passagem pelo mesmo posto revelou o que nem deveria
ser relatado!    A entrada no pátio exterior pode ser franqueada sem qq.
obstáculo e o que se depara ao visitante é um conjunto de instalações não
identificadas, de aspecto desprezado, desde o referido edifício principal à
casa da guarda e à casota anexa ao cercado protegendo (?) o acesso à torre
emissora.

Só um conhecedor compreende que está no "CEN"... qual parque de sucata
automóvel.    Não é engano, não me desviei do tema, o que resolveram
"arrumar" junto à casa da guarda e por trás do edifício principal é mesmo
isso, sucata: vários veículos atirados para ali.

Tudo sereno, não fosse um cão de uma casa ali bem perto vir indagar o que se
passava (não "disse" se era o guarda das instalações...), e lá se segue pela
vereda encimada por uma das linhas de transmissão até à próxª relíquia, uma
construção tipo casamata, mas elevada, já "decorada" com muitas fendas", no
interior da qual se faz o acoplamento das duas linhas de transmissão (à
mercê de quem quer que seja) à torre irradiante, por trás.   Assim é, quem
desejar pregar uma partida de muito mau gosto, basta meter uns arames pelas
linhas... desde que se acautele - já não 135 kW, mas 10 kW já chegam.

Falta acrescentar o que a curiosidade pelas coisas da rádio levou a que
descobrisse... Pela janela do edifício dos txs, vê-se muito material
arrumado no vestíbulo e mais além.   Nada de estranho: a própria estação já
mo confessara, quando explicou ter "arrumado as botas" do Centro de Recepção
e Medidas, instalado num velho moinho adiante da carreira de tiro do Estádio
Nacional, e levado o recheio p/ Castanheira.

Optei por documentar fotogràficamente o que pude.   O exemplo anexo é uma
das inúmeras fotografias que confirmam o constatado; as instalações à esqª
estão identificadas como posto da GNR.

Do mal o menos, poder-se-ia alegar, pois o sinal sai bem, mas não foi ele o
móbil do comentário expedido em Janº'06 p/ a RDP sobre o estado em que essa
"res publica" se encontrava à data mencionada!    A "pormenorizada"
resposta, muito tardia e recebida só por certa insistência chegou-me em
22Mar'06 como segue, canalizada pelo Gabinete de Tecnologias de Transmissão
e Difusão, que (sou levado a crê-lo) a terá obtido da respectiva
Administração:

"Quanto à questão relativa ao CEN deverá reencaminhar o seu protesto para a
GNR."

Abstraindo o facto de poder até interpretar o teor do texto de forma
muito pouco airosa - visto detectar-se mais do que um intuito naquela -, não
é um frase verdadeiramente deliciosa?

Ora, na hipótese de tratar-se de um bem privado, o estado da coisa
importaria ùnicamente ao seu proprietário.    Mas que dizer quando se trata
de bem público?    Abundam exemplos semelhantes doutras tutleas, como
sabemos.

Melhores 73.
Carlos Gonçalves,
Lisboa.