ARLA/CLUSTER FW: [Arvm-P.Civil] Edifícios pouco seguros

Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano arla clix.pt
Sábado, 4 de Março de 2006 - 22:28:05 WET


-----Mensagem original-----
De: Arvm-list-bounces  arvm.org [mailto:Arvm-list-bounces  arvm.org]Em nome de
p.civil  arvm.org
Enviada: sábado, 4 de Março de 2006 12:33
Para: arvm-list  arvm.org
Assunto: [Arvm-P.Civil] Edifícios pouco seguros


 Construções podem não estar preparadas para resistir a um sismo.

    Muitos edifícios não estão preparados para uma catástrofe natural como
os sismos, de acordo com o professor da Escola Superior de Tecnologia da
Universidade do Algarve, Carlos Martins. A instituição é parceira num estudo
sobre os riscos sísmicos e de maremotos no Algarve, cujo protocolo foi
assinado ontem em Faro, no Dia Mundial da Protecção Civil. O docente vai
coordenar o trabalho da universidade, "o levantamento do parque edificado da
região".

   Nunca foi realizado um estudo, mas as simulações feitas indicam que em
caso de catástrofe haveria milhares de mortos. Dados avançados peio
Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) são pouco animadores. No
caso, de um abalo mais forte haveria 11 mil mortos, quase sete mil feridos e
16500 edifícios entrariam em colapso.

    "Um dos problemas mais frequentes são edifícios desadequados às
condições locais ao nível de registo sísmico", diz o professor ao METRO. De
acordo com Carlos Martins, "o Estado é exigente sobre as obras públicas, mas
não presta tanta atenção às obras particulares". O docente garante que a
legislação é rígida, mas questiona a forma como os técnicos actuam: "O
edifício é aprovado com a assinatura de um termo de responsabilidade de um
técnico.

    E há de facto construções que indiciam mau desempenho."

    ''A compra de casa é um esforço tão grande para a maior parte dos
portugueses... É preciso ter segurança. A declaração é obrigatória, mas não
há garantias do seu cumprimento", alerta.

    O jurista da Deco - Associação para a Defesa do Consumidor, Joaquim
Rodrigues Silva, explica ao METRO que as autarquias têm de vistoriar as
normas de construção. Mas admite que as declarações passadas podem falhar.
"Isso também depende da idoneidade dos técnicos." E acrescenta: "Acredito
que a maior parte não irá averiguar as condições até ao ponto de verificação
da estrutura do edifício."


        O estudo vai ser desenvolvido por dois anos. Já tinha sido
apresentado em 2001, mas ficou parado devido às mudanças de Governo. "Os
tsunamis foram incluídos agora. No Algarve, o risco é elevado. Há muita
construção na orla costeira." E refere que um maremoto em tempo de época
alta seria uma catástrofe.

in jornal Metro Março 2006






Mais informações acerca da lista CLUSTER