ARLA/CLUSTER : AQUI D´EL REI QUE NOS ESTÃO AS USAR-Carta de protesto de CT1CHT.

João Gonçalves Costa joao.a.costa ctt.pt
Segunda-Feira, 21 de Agosto de 2006 - 15:49:26 WEST


Caros colegas:
 
Acabo de publicar o texto anexo no site da ARBL www.arbl.org, façam dele o que melhor lhes merecer a consideração. 

Felicidades 73 .
CT1CHT


AQUI D´EL REI QUE NOS ESTÃO AS USAR

Surge com grande estrondo na comunicação social nacional uma notícia falaciosa e facciosa onde os Radioamadores são tidos e dados à opinião pública como um bando de malfeitores que escutam as comunicações de segurança do Estado das Forcas de Segurança, Investigação Criminal, e assim por diante. Aqui d'el Rei!

Quanto aos organismos representativos dos Radioamadores, ou tidos como tal, dois dias passados nem uma palavra. Aqui d'el Rei! Diremos agora nós.

Será aos radioamadores que interessam de sobremaneira e para fins menos lícitos conforme foi a tónica das parangonas a darem de barato para consumo imediato?

Bem na TV apareceu um condutor de reboque auto a quem estava exemplarmente a ser confiscado um Scanner. Seria o homem radioamador? Não foi referido.

Se os Radioamadores são outro sim parte integrante do sistema de comunicações de emergência no âmbito do Sistema Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, tal como a Câmara Municipal do concelho a que pertenço galhardamente exibe o meu e outros indicativos de estações locais de radioamador, mesmo os infelizmente já desaparecidos, no se site oficial, e durante vários anos e por diversos meios reclamaram entre outros meios de controle de acesso a esta actividade, o regresso do registo obrigatório dos equipamentos vendidos no comércio da especialidade bem como a obrigatoriedade de apresentação do Registo Criminal ou outra prova de idoneidade ao candidato sem nunca serem atendidos, serão então esses os malfeitores que querem fazer de nós?

Ainda assim atente-se nas palavras de Carlos Anjos, presidente da ASFIC/PJ - Associação Sindical dos Profissionais de Investigação Criminal quando diz: 
"O actual sistema de comunicações é frágil, caro e obsoleto a introdução do SIRESP resolvia alguns problemas de comunicações das forças de segurança. Esta questão não é nova. O sistema rádio que as forças de segurança utilizam é altamente falível porque divide o mesmo espaço radioeléctrico aberto, apenas operando em frequências diferentes. Já alertámos para essa situação. Qualquer cidadão que tenha conhecimentos de rádio amador pode ter acesso às frequências onde operam as forças policiais. 
As intromissões no sistema de pessoas estranhas não colocam em perigo uma operação policial. O facto de alguém exterior ouvir as comunicações não coloca uma investigação ou operação em risco porque estas nunca são planeadas ou combinadas via rádio. A intercepção de comunicação pode acontecer durante uma operação quando os profissionais estão a alterar ou aperfeiçoar algum pormenor"
E ainda:
"A introdução do SIRESP não é nova, já se falava aquando do Campeonato da Europa de Futebol de 2004. Pelo que sei, o Estado compra o sistema (O sistema? Um só Sistema? Existem outros Sistemas? E o concurso público?) e depois, através de uma entidade administrativa a quem as forças de segurança vão pagar a utilização, vai pagá-lo novamente"
Pois aqui é que esta a razão da utilização serôdia e bacoca da palavra Radioamador para explicar uma negociata que se arrasta há anos em tentativas mais ou menos goradas de impingir ao Estado um sistema que só existe em protótipo e ao mesmo tempo uma operação financeira de larga escala, vejam só como a coisa está a correr bem, vão ser integrados no sistema, "forças de segurança e altas figuras de Estado" nomeadamente:
PSP, GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Corpos de Bombeiros Voluntários e Profissionais, Cruz Vermelha Portuguesa, Polícia Judiciária, Direcção Geral dos Serviços Prisionais, Instituto de Conservação da Natureza, Agência de Segurança das Actividades Económicas, Direcção-Geral dos Recursos Florestais, Instituto Nacional de Emergência Médica e Serviços de Protecção Civil dos Açores e da Madeira.

Que tal? O tipo que comprou o sistema ao inventor, investiu, andou anos a tentar legitimamente diga-se, aplicar o seu investimento, fazendo-o finalmente render alguns milhões à custa do Orçamento de Estado, com uns trocos de remuneração contínua durante uns bons anos já que nosso Estado até vai pagar a dobrar, (maravilha) e então como se intoxica a opinião pública para amenizar o impacto da coisa neste país onde o dinheiro escasseia?
 Usam-se os Radioamadores, fazem-se deles em duas frases um bando de malfeitores, e, entre a sobremesa e o café, estão definitivamente dados à sociedade como a razão de todos os males que impendem sobre as comunicações do universo da segurança nacional e das altas figuras do estado, que por acaso quando foram da sua própria cor partidária até tiveram medo de pegar na coisa...
Portanto caros companheiros a partir de agora passaram todos, da noite para o dia, a ser odiados pela sociedade séria, crente na autoridade do estado e das suas instituições, com a mágoa de termos sido abandonados pelas nossas instituições, e, cobiçados por toda a espécie de vigaristas, ladrões, burlões, agiotas, e quejandos, sem esquecer os rebocadores que se podem tentar, que vão andar a rondar as nossas portas porque onde se virem antenas no ar para esses vai assinalar o sítio onde existem equipamentos que afinal até disseram nas notícias serem deles e não nossos.
Quanto ao tal sistema designado por SIRESP, alguém perguntou se é imune a piratas informáticos, daqueles que entram nos "Main Frames" do FBI, NASA e afins?

Ou depois vão ser as cobaias da actual revolução digital de alta velocidade que passam a ser os malfeitores?

Como sabemos as comunicações digitais quer via suporte físico quer via rádio não são para nós propriamente novidade, aliás diga-se que existem diversos sistemas desenvolvidos, testados e aperfeiçoados pela comunidade radioamadorística nacional e internacional que poderiam ter aplicação directa em várias áreas da segurança e protecção civil, como por exemplo o APRS, quer nos corpos de Bombeiros quer nas forças de segurança territorial, ou até o Rádio-Voip, tipo EchoLink, eQSO, IRLP, etc. nos serviços de emergência médica, onde à frente do operador de uma central agora existe um rádio para cada canal de comunicação, passaria a existir um computador com uma sala de conferência em comunicação falada, escrita e de intervenção identificada com registo de chamadas e até gravação de todo o tráfego.
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Que pena os Radioamadores não terem nada para vender ao Estado.




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