<div dir="auto"><div>Dá toda a impressão Fernando que os condensadores electrólitos do Miguel deram a "alma ao criador" mas por vezes, mas nem sempre deitam um cheiro característico ou aquecem em demasia antes.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">João Costa (CT1FBF)<br><br><div class="gmail_quote" dir="auto"><div dir="ltr" class="gmail_attr">A domingo, 26/04/2020, 23:47, fernando silva <<a href="mailto:ct1dz1969@gmail.com">ct1dz1969@gmail.com</a>> escreveu:<br></div><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="auto">Não terá sido os electroliticos da fonte que se cansaram? </div><br><div class="gmail_quote"><div dir="ltr" class="gmail_attr">A domingo, 26 de abr de 2020, 23:10, Miguel Andrade <<a href="mailto:ct1etl@gmail.com" target="_blank" rel="noreferrer">ct1etl@gmail.com</a>> escreveu:<br></div><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div lang="PT" link="#0563C1" vlink="#954F72"><div><p class="MsoNormal">Caros colegas,<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal"><u></u> <u></u></p><p class="MsoNormal">No momento em que enfrentamos uma grave crise de Saúde Pública e não podemos simplesmente passar na loja mais próxima ao fim de um dia de trabalho, nem que seja no percurso de regresso a casa, temos que dar largas à nossa criatividade para solucionar os problemas e a lucidez para os antecipar.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Ao fim de 25 anos de serviço, com um cadastro impecável, a fonte de alimentação da minha estação de radiocomunicações cedeu perante o vírus Covid 19 das fontes de alimentação, precisamente quando mais falta fazia, ou seja, nesta quadra de confinamento em que estou a bater todos os recordes de horas de radiocomunicações, enfim, ainda que num rácio de 2:1, ou seja, 2 horas de receção para cada 60 minutos de emissão/receção, pois a rádio tem sido a minha companhia em momentos como este, enquanto vos escrevo estas linhas tendo como cenário uma conhecida estação de radiodifusão em Ondas Curtas.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Tudo se iniciou há cerca de uma semana, quando comecei a dar conta de algumas anomalias que se foram tornando mais e mais frequentes.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Às primeiras manifestações dos sintomas não estamos alerta, porque são factos espaçados no tempo e fenómenos de curta duração, pelo que a ânsia de, por exemplo, conseguir aquela “figurinha” no DX impediu-me de ler os sinais e perceber o que os intermitentes ruídos estranhos no equipamento “vintage” de VHF/UHF anunciavam.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">O segundo sinal de alerta já não passou tão despercebido.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Subitamente a ventoinha de refrigeração da fonte de alimentação tornou-se uma presença habitual e não apenas durante as emissões prolongadas ou com mais consumo de energia devido à potência de emissão.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">O terceiro presságio que ignorei foi o comportamento do sintonizador de antena exterior. Também este dispositivo que nunca me havia falhado antes, repentinamente perdia agora a sintonia, obrigando-me a desligar toda estação e a esperar que a tensão chegasse aos 0 voltes antes de voltar a ligar tudo de novo (sim, reconheço que um simples interruptor resolvia o reinício do sintonizador, sempre que necessário, mas nunca antes havia sentido necessidade de o ter sequer previsto no esquema elétrico).<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Por fim, para não ser demasiado fastidioso com todas as manifestações mais próprias de uma obra como o Malleus Maleficarum Maleficat & earum haeresim, ut framea potentissima conterens, mais conhecido como Malleus Maleficarum ou O Martelo das Bruxas (<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Malleus_Maleficarum" rel="noreferrer noreferrer" target="_blank">https://pt.wikipedia.org/wiki/Malleus_Maleficarum</a>), o epílogo das exteriorizações quase “paranormais” deu-se quando o mais moderno equipamento da estação começou, inesperadamente, a cortar o cordão umbilical com o computador sem razão aparente.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">As consequências dessa quebra de comunicação só podem ser compreendidas e antecipadas pelos apreciadores de um bom contacto em comunicações digitais, nomeado pela frustração de quando o mesmo fica incompleto e o retomar da operação dependente de um reinício do programa (com a correspondente perda dos dados e registo) assim como da irritante necessidade de desligar e voltar a ligar o próprio transcetor.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Não sendo a perda de vários contactos coisa de pouca mota, o epílogo foi ter que me levantar duas vezes durante uma noite, quando o equipamento estava apenas em receção em WSPR.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Foi assustador. Parecia que o equipamento estava possuído por demónios eletrónicos, ligando-se e desligando-se por vontade própria e por vezes com uma intermitência e cadência tão assustadoras que me levou a desliga-lo de vez a meio da madrugada.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">De início o culpado encontrado foi o computador, o qual não foi parar à fogueira, mas foi prontamente substituído por outro, mais antigo é certo, mas ainda assim teoricamente mais fiável. Na prática a solução encontrada verificou-se um malogro apenas em escassos dias.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Como estes fenómenos eram aleatórios e pouco consistentes, lá fui preenchendo os meus dias de reclusão com muita rádio, como desde o início dos dias de isolamento social, até que ontem, durante o QSO na estação repetidora que assinala quase todos os meus Sábados, após as 21:30, precisamente durante uma pausa nas transmissões em VHF, o “modernaço”, que tinha como serviço recear em WSPR as estações na faixa dos 630 metros, entra subitamente em convulsões num ataque digno de uma forte acometida de epilepsia.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Assutado pela ferocidade dos acontecimentos que afetaram pela primeira vez os 3 equipamentos que estavam ligados à mesma fonte, reparo, pela primeira vez, que no vintage a luminosidade dos seus instrumentos analógicos ia perdendo brilho de forma sincronizada com os achaques dos restantes.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Além de desligar tudo, incluindo a própria fonte, muni-me de um multímetro digital, pois a escala analógica do voltímetro da fonte mal se movimentava.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Mesmo sem consumo, as variações de tensão eram visivelmente rápidas e amplas, numa dança compreendida entre os 10 e os 14 voltes, com bruscas quedas aos 8 voltes (precisamente quando o “modernaço” se desligava, embora o vintage nunca perdesse a compostura para além da diminuição do brilho e da potência de emissão). <u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Moral da história: não releguem para segundo plano incidentes ou sinais de alerta.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Partilho esta história convosco para os mais distraídos e confiantes não arriscarem avarias desnecessárias e quiçá dispendiosas, por negligenciarem a monitorização de todos os elementos da estação, nomeadamente através de um voltímetro digital na(s) fonte(s) de alimentação ou o essencial aferidor da relação de ondas estacionárias, só para mencionar dois instrumentos essenciais à prevenção de avarias e dissabores.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">É importante também não negligenciar meios redundantes na estação.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Por não ter uma outra fonte de alimentação de reserva, neste momento estou a fazer rádio à custa de uma bateria de 12 V 25 Ah, a transmitir apenas com 5 watts e a fazer contas de cabeça para calcular se tenho autonomia para deixar o “modernaço” toda a noite a receber WSPR num dos próximos dias, nem que tenha que programar a temporização do ecrã para os 2 minutos e suprimir completamente o som nos altifalantes, a fim de poupar mais uns minutos de autonomia.<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal">Já tive uma estação independente da rede elétrica e com uma autonomia de quase uma semana em termos energéticos, mas dei como certo que a minha única fonte de alimentação era o suficiente para assegurar muitos anos de rádio e agora estou a fazer gestão de recursos à moda da Apolo 13, lembram-se como foi? (<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apollo_13)" rel="noreferrer noreferrer" target="_blank">https://pt.wikipedia.org/wiki/Apollo_13)</a>... "Houston, tivemos um problema".<u></u><u></u></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif">Um abraço e...<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif">73 de Miguel Andrade (CT1ETL)<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif">IM58js CQ Zone 14 ITU Zone 37<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma",sans-serif"><a href="http://www.qrz.com/db/CT1ETL" rel="noreferrer noreferrer" target="_blank"><span style="color:#0563c1">www.qrz.com/db/CT1ETL</span></a><u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal"><u></u> <u></u></p></div></div>______________________________________________________________<br>
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