<div dir="ltr"><h1 class="gmail-css-1z36ek" style="color:rgb(51,51,51);font-family:&quot;Graphik Web&quot;;font-size:40px;background-repeat:no-repeat;box-sizing:border-box;margin:0px;font-weight:500;text-align:center;line-height:1.2;padding-bottom:0.625em"><div><img src="cid:ii_k6204qkj0" alt="image.png" width="757" height="505" style="margin-right: 0px;"><br></div></h1><div class="gmail-css-1qe21z8" style="color:rgb(130,130,130);font-family:&quot;Graphik Web&quot;;font-size:18px;background-repeat:no-repeat;box-sizing:border-box;text-align:center;line-height:1;padding-bottom:1em"><br></div><br>Para que estamos olhando? A imagem pode parecer confusa, lembrar ouro ou favos de mel, mas é na verdade a melhor fotografia já tirada da superfície do sol.<br><br>Ela só foi possível graças ao Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST) no Havaí, o maior telescópio solar do mundo.<br><br>“Vimos agora os menores detalhes sobre o maior objeto do nosso sistema solar. O que pensávamos anteriormente como um ponto brilhante, uma estrutura, agora está se dividindo em muitas estruturas menores”, disse Thomas Rimmele, diretor do DKIST.<br><br>Com esse observatório e o lançamento de duas novas sondas, uma nova era para o estudo do sol está despontando.<br><br><br>Super resolução<br><br>A foto tem cinco vezes mais resolução do que as melhores imagens anteriores da nossa estrela.<br><br>Essa é a primeira vez que conseguimos observar essas pequenas estruturas. O padrão visto é formado por “células” de plasma que dançam pela superfície do sol. Embora pareçam minúsculas, cada uma tem centenas de quilômetros.<br><br>Os centros brilhantes das células marcam onde o plasma está subindo e os contornos escuros onde estão “afundando” de volta no sol.<br><br>O vídeo abaixo mostra dez minutos da turbulência solar em 14 segundos, cobrindo uma área de cerca de 200 milhões de quilômetros quadrados: <a href="https://youtu.be/ELTNqOiJ6Lk">https://youtu.be/ELTNqOiJ6Lk</a><br><br>DKIST<br><br>Os cinco instrumentos do DKIST foram projetados para fazer imagens e pesquisar o campo magnético do sol, permitindo que os pesquisadores definam sua força e orientação.<br><br>Um dos objetivos dos astrônomos é utilizar os dados para resolver um mistério antigo sobre a coroa solar – ou corona, o envoltório luminoso do sol -: por que ela é milhões de graus mais quente que a superfície da estrela?<br><br>“Campos magnéticos em tamanhos menores são a chave para resolver esse mistério”, afirmou Rimmele.<br><br>E esse é só o começo. A imagem foi feita em 10 de dezembro, o primeiro dia de operações do telescópio. Diversos instrumentos científicos ainda serão instalados.<br><br>Era de ouro<br><br>Além de revelar segredos da coroa, o DKIST também deve ajudar os cientistas a prever erupções solares – quando o sol envia rajadas de plasma para a Terra, que podem ser perigosas para o funcionamento de satélites e redes elétricas.<br><br>Junto com o DKIST, duas novas sondas também irão fornecer informações preciosas para os astrônomos, que poderão entender melhor o ciclo de atividade solar, os ventos solares e muito mais.<br><br>Uma delas já está em órbita: a Parker Solar Probe, da NASA, lançada em agosto de 2018. Ela voará repetidamente pelo sol a 700.000 quilômetros por hora pelos próximos cinco anos, e já está fazendo medidas valiosas do material ejetado pela estrela.<br><br>A outra, a Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia (ESA), deve ser inaugurada em 7 de fevereiro. Essa missão deve fazer as imagens mais detalhadas já vistas do sol.<br><br>Além de fazer close-ups, a Solar Orbiter também poderá utilizar encontros repetidos com Vênus para gradualmente aumentar a inclinação de sua órbita – se a missão for estendida além dos sete anos iniciais, conforme é esperado – chegando a 33 graus acima do plano dos planetas. Isso permitirá que ela rbite o sol em um ângulo alto, capturando imagens dos seus polos.<br><br>Juntas, essas novas missões anunciam uma próxima “era de ouro” para os estudos solares. “Eles têm o potencial de definir a direção futura da pesquisa solar e heliofísica”, disse Gregory Fleishman, do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (EUA).<br><br>“Teremos essas três [missões] diferentes para nos fornecer todas essas observações diferentes, coisas como nunca tivemos antes. Espero que possam responder a algumas dessas grandes perguntas que temos na física solar no momento”, completou Stephanie Yardley, física solar da Universidade de St. Andrews (Escócia). <br><br>Fonte: [NewScientist, ScientificAmerican]</div>