<div dir="ltr"><div dir="ltr"><br></div><div class="gmail_quote"><div dir="ltr" class="gmail_attr">António Gregório <ct5ghu> domingo, 19/01/2020 à(s) 20:37:<br></div><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex">
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Temos assistido a uma evolução tímida das tecnologias das baterias de<br>
lítio. As atuais baterias deste tipo têm a sua densidade energética<br>
cada vez mais elevada, assim como os custos cada vez mais<br>
competitivos. Contudo, há um aspeto que ainda não foi totalmente<br>
resolvido e que está relacionado com a segurança. Desse modo, alguns<br>
setores, como a aviação, têm vindo a atrasar a aplicação deste tipo de<br>
baterias.<br>
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O calcanhar de Aquiles das baterias de lítio poderá ter sido<br>
resolvido. A novidade chega-nos pela mão de um grupo de investigadores<br>
da prestigiada Universidade Johns Hopkins.<br>
O grupo de cientistas da JHUAPL tem vindo a trabalhar numa nova célula<br>
de lítio. Então, as investigações feitas nos últimos 5 anos têm<br>
demonstrado uma resistência aos diferentes testes a que esta célula<br>
tem sido submetida.<br>
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O resultado, que foi mostrado pela primeira vez em 2017, revela uma<br>
bateria que pode ser cortada, dobrada e molhado sem afetar o seu<br>
desempenho.<br>
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No final de 2019, os últimos avanços permitiram mesmo um maior<br>
desenvolvimento, tornando estas baterias imunes ao fogo. Assim, com a<br>
melhoria de fatores como a tensão para os níveis das baterias<br>
comerciais, permitiu-lhes dar um enorme salto em frente na sua<br>
comercialização.<br>
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O segredo para fazer uma bateria indestrutível resume-se ao<br>
eletrólito, o componente químico que separa as pontas positivas e<br>
negativas de uma bateria. A maioria dos eletrólitos de lítio<br>
comerciais são uma mistura de sais de lítio inflamáveis e líquidos.<br>
Uma combinação perigosa. Se a barreira permeável que separa o cátodo<br>
do ânodo falhar, é produzido um curto-circuito e muito calor. Quando<br>
todo este calor atinge um material altamente inflamável como o<br>
eletrólito de lítio e o cátodo rico em oxigénio, o risco de incêndio<br>
aumenta.<br>
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Explicaram os responsáveis do projeto, apresentado pela equipa.<br>
Para a equipa da Johns Hopkins, o seu novo desenvolvimento evita estes<br>
problemas através da utilização de um eletrólito à base de água, e<br>
portanto, não inflamável e não tóxico. Apesar de ser uma tecnologia<br>
que existe há 25 anos, até agora tinha limitado as suas aplicações<br>
devido à sua baixa tensão.<br>
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Para resolver esta limitação, a equipa descobriu que, aumentando a<br>
concentração de sais de lítio e misturando o eletrólito com um<br>
polímero, poderiam aumentar a tensão elétrica dos apenas 1,2 volts<br>
atuais para 4 volts, o que é comparável aos números de uma célula de<br>
lítio comercial.<br><br>
Assim que a equipa montou um ânodo e um cátodo comercialmente<br>
disponíveis com este novo eletrólito aquoso, foram capazes de criar<br>
uma bateria de lítio diferente de qualquer coisa jamais vista antes. É<br>
transparente e flexível como uma lente de contacto, não tóxica e não<br>
inflamável, e pode ser fabricada e operada no exterior sem caixa.<br>
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O mais interessante de tudo é que esta bateria pode suportar<br>
praticamente qualquer situação, seja impacto, quebra, incêndio… algo<br>
que lhe dá um enorme potencial para uso em veículos terrestres, bem<br>
como aplicações mais extremas, como navios ou aviões. Foram mesmo<br>
realizados testes em vídeo para demonstrar o enorme potencial do seu<br>
desenvolvimento.<br></div></div></blockquote><div> </div><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex"><div><div>
Os testes mostraram que esta bateria pode agora adotar outras formas.<br>
Isto porque estas são células podem até ser dobradas. Nesse sentido,<br>
ao nível comercial permitirá tirar o máximo proveito das baterias.<br>
Além disso, o preço pode ser mais baixo, já que com esta<br>
revolucionária descoberta, ficam dispensados alguns dos elementos de<br>
segurança que protegem a embalagem em caso de impacto. Como resultado,<br>
iremos ter baterias mais leves, menos volumosas, com outras formas e<br>
mais baratas.<br>
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O melhor de tudo, a equipa indicou que este não é um projeto futuro.<br>
Estão já a trabalhar com alguns dos principais fabricantes para testar<br>
estas células em condições reais. Além das enormes vantagens do<br>
produto em si, é referido que para entrar em produção, as unidades de<br>
fabrico existentes não precisarão ser alteradas. Algo que permitirá a<br>
aceleração de uma produção que eles esperam iniciar em dois anos.<br>
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Assim, o espaço temporal até o produto aparecer no mercado dará tempo<br>
para de resolver os últimos desafios que esta tecnologia enfrenta, que<br>
tem nos ciclos de carga e descarga a sua limitação atual. O facto é<br>
que uma bateria média pode manter o seu desempenho sem muita variação<br>
por pelo menos 1000 ciclos, enquanto estas ainda não conseguem ir além<br>
de 100 ciclos. Uma limitação que tem de ser resolvida nestes dois<br>
próximos anos.<br><pre></pre>
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