<div dir="auto"><div dir="auto"><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Fonte: <a href="http://canaltech.com.br">canaltech.com.br</a> </div><div dir="auto">5 de Dezembro de 2019 08:54</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Uma mistura de mitos antigos com relatos de acidentes ou incêndios na imprensa deixam os utilizadores de smartphone cheios de dúvidas e em polvorosa. Afinal de contas, por quanto tempo se deve deixar a bateria do telemóvel carregando? Dá para estragar um aparelho deixando ele ligado na tomada a noite toda? Como manter a vida útil da bateria e evitar o desgaste desse componente?</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">A resposta não é tão complexa quanto as perguntas fazem parecer. Via de regra, a recomendação de todas as fabricantes de smartphones é que o recarregamento sempre respeite o ciclo completo das baterias. Ou seja, o ideal é que os aparelhos sejam conectados à tomada quando estiverem se aproximando do fim de sua carga corrente, com menos de 10% disponíveis, e permaneçam ligados até chegarem a 100%. O motivo para isso, porém, pode não ser bem aquele que você está pensando.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Sai o efeito memória, entram os ciclos</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">É comum, quando se fala em bateria de telemóvel, tentar evitar que ela “vicie”, perdendo rapidamente sua capacidade completa de carga por conta de um uso inadequado. Essa, porém, é uma relíquia do passado da tecnologia chamada de “efeito memória”, existente em baterias antigas de níquel cádmio (NiCd) ou níquel-hidreto metalíco (NiMH). Apesar de esse tipo de célula ainda ser usada em pilhas recarregáveis, nos smartphones essa combinação não é mais a norma há pelo menos 10 anos.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Mais do que perderem a capacidade de carga com mais facilidade, essa antiga composição tinha vida útil menor e era mais poluente quando descartada inadequadamente na natureza. Hoje, o mercado de telemóveis e a indústria de dispositivos tecnológicos em geral adota como padrão a bateria de lítio-íon (Li-ion), mais leves, menores e com maior capacidade de carga.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Baterias são, essencialmente, células de reação química que geram energia. E como nada é infinito na natureza, os componentes de Li-ion também possuem sua vida útil limitada, contada em ciclos de recarregamento. Explicando de maneira bem básica, é como se um novo ciclo fosse iniciado cada vez que você remove o telemóvel da tomada.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">As características variam entre fabricantes, capacidades e também tipo de dispositivo, mas de maneira geral, uma bateria é construída para ter uma vida útil de 500 a 600 ciclos antes de começar a apresentar problemas, sejam eles quais forem. As falhas podem variar desde uma redução na autonomia máxima até uma menor quantidade de energia sendo entregue ao dispositivo, resultando em lentidões e funcionamento anormal do sistema operacional.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">É justamente por conta dos ciclos que a recomendação das fabricantes é para que os utilizadores respeitem o tempo de descarregamento de um aparelho por completo. Ligar o smartphone na tomada antes disso “gasta” um ciclo enquanto ele ainda está bem longe de apresentar um nível crítico de bateria, e mantê-lo conectado mesmo com a carga completa pode fazer o mesmo diversas vezes seguidas, apesar de fontes mais modernas resolverem essa questão ao cortarem o fluxo de energia para o dispositivo quando ele atinge o nível máximo.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">O que as fabricantes dizem</div></div><div dir="auto"><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Até agora, estamos falando de recomendações e estimativas gerais, que valem de maneira genérica para todo o mercado de dispositivos eletrônicos. Mas é claro que cada empresa do setor tem sua própria abordagem quanto à bateria e, logicamente, dispositivos de proteção próprios para evitar problemas para os clientes, alongar a vida útil e a autonomia, além de evitar acidentes.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Em uma página dedicada somente às baterias em seu site oficial, a Apple recomenda que, além do uso de carregadores e cabos originais ou certificados, o utilizador retire o aparelho da capa na hora de fazer isso. É importante, também, evitar condições extremas durante a utilização e recarga dos dispositivos. O ideal é que iPhones, iPads, Watches e MacBooks sejam utilizados entre 0 e 35 °C, com temperaturas acima disso podendo interferir permanentemente na carga e autonomia da bateria. Abaixo de zero, os efeitos também são sentidos, mas apenas até que o aparelho retorne à operação em ambiente ideal.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Em seu site de suporte, a Samsung aponta que deixar o smartphone descarregar completamente antes de ligá-lo à tomada pode causar danos ao componente. A recomendação é que o dispositivo seja recarregado sempre que estiver abaixo da marca dos 20%.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">A Motorola, por outro lado, não dá indicações desse tipo e deixa os utilizadores livres para recarregarem seus aparelhos quando quiserem, desde que isso seja feito apenas com fontes certificadas ou originais da empresa. Em um guia de boas práticas, a LG também segue esta mesma linha, mas reforça a recomendação para que o smartphone não seja conectado à tomada durante tempestades ou em uma instalação elétrica inadequada.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Outras práticas</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Evite usar o celular durante o carregamento e retire-o da tomada quando a carga atingir 100%.</div><div dir="auto">Mais comportamentos comuns também podem auxiliar na preservação da vida útil da bateria do seu celular. Pelo mesmo motivo pelo qual o ideal é não manter o aparelho conectado depois de atingir carga completa, não é bom o utilizar durante esse processo, uma vez que o uso também consome energia, alongando o tempo de espera e entrando no caminho do sistema de ciclos.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Conforme nos explicou o engenheiro elétrico Levi Rodrigues da Silva, e de acordo com indicações das próprias fabricantes, o ideal é usar apenas carregadores originais ou, pelo menos, de marcas certificadas, evitando conectar o dispositivo à tomada durante tempestades ou momentos de oscilação elétrica.</div><div dir="auto"><br></div><div dir="auto">Ele também alerta quanto à prática de deixar o smartphone carregando durante a noite, enquanto o utilizador dorme. Isso não apenas pode consumir mais ciclos de bateria como causar acidentes, com o usuário incapaz de notar rapidamente quando um problema está acontecendo. “O ideal é desconectar o celular e tirar o carregador da tomada quando não precisar usar. Além da segurança, isso também proporciona uma pequena economia de energia elétrica”, completa.</div></div></div>