<div dir="auto"><br><div class="gmail_quote" dir="auto">---------- Mensagem encaminhada ----------<br>De: &quot;Antonio Gregorio - CT5GHU&quot;<br>Data: 18/11/2017 11:31 da manhã<br><br><blockquote class="quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div text="#000000" bgcolor="#FFFFFF"><div class="m_-2411300437669397846moz-forward-container"><table class="m_-2411300437669397846moz-email-headers-table" cellspacing="0" cellpadding="0" border="0"><tbody><tr><th nowrap valign="BASELINE" align="RIGHT"></th><td>O primeiro grande exercício de segurança, a envolver todas as polícias, militares e meios de socorro (INEM e bombeiros) não cumpriu</td></tr></tbody></table>a Lei de Segurança Interna (LSI). </div></div></blockquote></div><div dir="auto"><br></div><div class="gmail_quote" dir="auto"><blockquote class="quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div text="#000000" bgcolor="#FFFFFF"><div class="m_-2411300437669397846moz-forward-container">O simulacro pretendia testar a capacidade de coordenação de toda estas entidades num &quot;incidente tático-policial grave&quot; - um acidente entre um autocarro de passageiros e um comboio, uma tomada de reféns no comboio e depois o derrame de matérias perigosas - cuja protagonismo a legislação, aprovada em 2008, atribui ao secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), mas foi a GNR quem organizou, coordenou e executou o exercício, designado Railex17.<pre>
Questionado pelo DN sobre esta contradição, o chefe de estado-maior da
Unidade de Intervenção da GNR, coronel Pedro Oliveira, que assumiu a
direção do exercício, relativizou e, politicamente correto, disse que
&quot;a Sra. Secretária-Geral acompanhou e coordenou durante todo o tempo&quot;
o simulacro.

No terreno, no entanto, não foi isso que foi observado. Várias fontes
envolvidas confidenciaram, sob anonimato, ao DN, que todo o trabalho
foi da GNR, que conseguiu com sucesso juntar 42 entidades, e em
nenhuma fase do exercício receberam qualquer ordem do SSI. Caso a
coordenação fosse desta estrutura, seria o que devia acontecer. &quot;Se
houve coordenação do SSI foi de faz de conta&quot;, ironizou um dos
oficiais de ligação. Aliás, dois responsáveis de duas forças de
segurança envolvidas, contaram ao DN que as polícias e o Serviço de
Informações de Segurança (SIS) foram informadas, a poucos dias do
exercício, que toda as orientações para passariam a ser dadas a partir
da GNR e não, como estava previsto, do SSI, existindo registos
escritos destes contactos.

Facto é que, o simulacro começou logo às oito da manhã, quando ocorreu
o primeiro incidente, ainda fora dos olhares da comunicação social, e
a secretária-geral do SSI, Helena Fazenda, só chegou pelas 10.45,
seguida do ministro da Administração Interna, às 11 horas, para o
&quot;briefing&quot; feito pela GNR. Facto é que, na apresentação da Guarda o
SSI aparece como &quot;entidade supervisora do exercício&quot;, uma competência
que nem está prevista na LSI. Comando, direção, coordenação e controlo
são os poderes do secretário-geral do SSI, sendo que, em casos como o
que foi testado, um &quot;incidente tático-policial grave&quot; deviam ter sido
ativados.

Na verdade, desde que foi criado o SSI nunca foi feito um exercício
como este Railex17 que testasse de facto a capacidade coordenação,
comando e controlo do secretário-geral, a única entidade a quem a lei
delega estas capacidades de articulação entre polícias, militares,
secretas, bombeiros, INEM e Proteção Civil. O DN tinha questionado
anteriormente o ministério da Administração Interna sobre esta lacuna,
mas não obteve resposta. A mesma ausência de exercícios conjuntos e de
resposta do gabinete de Eduardo Cabrita, acontece em matéria de
terrorismo. A Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo, aprovada
em 2015 e coordenada pelo SSI, prevê &quot;executar exercícios regulares no
âmbito da coordenação, controlo e comando operacional das forças e
serviços de segurança, sobre incidentes tático-policiais que envolvam
ações de natureza terrorista&quot;, mas nunca foi nenhum realizado.

O relatório final do Railex17 , que não será público, permitirá
melhorar muitos dos procedimentos. Um deles será certamente dos
bombeiros que socorreram os primeiros feridos: ficaram parados, de
macas no chão, enquanto as vítimas ensanguentadas saiam pelo seu pé.
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