<div dir="ltr">Novas pesquisas realizadas como parte da contínua busca pela energia escura, Dark Energy Survey (DES), usaram a forma sobre como a massa distorce a luz para produzir um mapa maior e mais detalhado da estrutura de matéria escura do Universo.<br><br>Não só as medidas sustentam a visão de que cerca de 23 por cento do Universo é constituído por fenômenos e objetos misteriosos, descobriu-se que sua distribuição é um pouco mais leve do que se havia estimado anteriormente e, caso  confirmado, poderia inclusive surgir uma física completamente desconhecida para o homem.<br><br> <img src="cid:ii_15e2a12fb9f8041a" alt="Imagem intercalada 1" width="719" height="332" style="margin-right: 0px;"><br><br>Desde 2013, a equipe internacional por trás do DES vem realizando uma varredura profunda e ampla de cerca de 1/8 do céu noturno em um esforço para coletar dados sobre cerca de 300 milhões de galáxias em uma distância de bilhões de anos-luz da Terra, tudo para entender um pouco mais sobre a matéria e energia escura circundante no cosmos.<br><br>A energia escura e a matéria escura não têm muito em comum, a não ser o fato de serem ambas desconhecidas sobre sua natureza. A energia escura é como um enigma que explica por que o Universo parece estar se acelerando em sua expansão, uma observação amplamente aceita agora por pelo menos duas décadas.<br><br>Seja como for, o assunto é amplo já que representa cerca de 68% da energia total do Universo. Por outro lado, a matéria escura diz mais sobre puxar objetos do que separar o espaço em si. Tão misteriosa, é mais um enigma que explica por que as galáxias mantêm-se unidas, apesar de não parecer ter matéria visível o suficiente para tal.<div><img src="cid:ii_15e2a136adcbd397" alt="Imagem intercalada 2" width="726" height="295" style="margin-right: 0px;"><br><br>Saber mais sobre como o Universo se expande ao longo do tempo e como sua matéria se aglomera, pode revelar mais sobre como tudo exatamente é no espaço. Porém, isso exige saber como talvez tudo teria sido há cerca de 14 bilhões de anos, quando o Universo ainda estava em seu estágio primordial.<br><br>Felizmente, é exatamente isso que o telescópio Planck pode fazer: o equipamento forneceu apenas um vislumbre sobre a forma de microondas cósmicas, gerando um mapa da radiação ainda soando pelo universo como um eco de seus primeiros dias. Em 2015, o DES lançou o primeiro de seus mapas do cosmos com base em dados de 2 milhões de galáxias coletadas por sua Câmera de Energia Escura, dando aos pesquisadores um vislumbre do “agora” relativamente mais recente para comparar com o passado.<br><br>Isso foi um avanço rápido para a atualidade, já que agora temos um mapa novo que é 10 vezes maior, com base na análise das formas de 26 milhões de galáxias usando lentes gravitacionais, um fenômeno predito pela relatividade geral de Einstein e observado pela primeira vez em 1919, lançando o gênio nascido na Alemanha ao foco público. Veja a seguir o mapa:</div><div><img src="cid:ii_15e2a1404067ccd7" alt="Imagem intercalada 3" width="729" height="379" style="margin-right: 0px;"><br><br>Hoje, podemos usar o fato de que a massa muda o espaço para “ver” a matéria escura, medindo como a luz se distorce a medida em que passa por tais locais, dando-nos uma maneira de medir a quantidade e a distribuição de ambos os tipos de matéria em uma parcela do Universo.<br><br>Comparando o mapa de Planck com o produzido pelo DES, há um consenso sobre a quantidade de matéria escura e energia escura que parece existir.<br><br>“As medidas do DES, quando comparadas com o mapa Planck, apoiam a versão mais simples da teoria da matéria escura / energia escura”, diz o pesquisador Joe Zuntz, da Universidade de Edimburgo. “No momento em que percebemos que nossa medida correspondia ao resultado de Planck em 7%, foi um momento emocionante para todos os colaboradores”.<br><br>.O valor de 7 por cento está próximo, mas o fato de não ser exato também pode ser excitante por outro motivo – afinal, caso confirmado, a diferença entre os dois resultados pode significar que a massa está se aglomerando mais lentamente do que a física atual prevê, insinuando algum fenômeno adicional ainda não descoberto. É uma aposta justa de que dados adicionais verão se os números se aproximarão mais no futuro e, considerando que os resultados ainda não foram revisados em pormenores, todas as precauções usuais da ciência se aplicam.<br><br>Entretanto, as descobertas em astronomia muitas vezes começam com discrepâncias como essa, por isso vale a pena esperar por mais observações. “O Dark Energy Survey já forneceu algumas descobertas e medidas notáveis, e elas mal riscaram a superfície de seus dados”, diz o diretor da Fermilab, Nigel Lockyer. “Os resultados mundiais de hoje indicam os grandes passos que o DES irá tomar para entender a energia escura nos próximos anos”.<br><br>Com mais um ano para permanecer em busca e apenas 1/30 do céu até agora mapeado, esperamos um mapa ainda maior e melhor no futuro próximo.<br><br>Os resultados atuais da pesquisa podem ser encontrados no site do DES. [Science Alert]</div></div>