<div dir="ltr">Bom dia colega Costa e restantes,<div><br></div><div>Há qualquer coisa aí que não bate certo...</div><div><br></div><div>" <span style="font-size:12.8px">desde 1950,</span></div><span style="font-size:12.8px">a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius. "</span><div><span style="font-size:12.8px"><br></span></div><div><span style="font-size:12.8px">Significa que nos últimos 67 anos a temperatura subiu 67 x 3 = 201 graus Celsius ???</span></div><div><span style="font-size:12.8px"><br></span></div><div><span style="font-size:12.8px">73 de CT1PT</span></div><div><span style="font-size:12.8px"><br></span></div><div><span style="font-size:12.8px">CP</span></div><div><span style="font-size:12.8px"><br></span></div></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">No dia 4 de maio de 2017 às 11:18, João Costa > CT1FBF <span dir="ltr"><<a href="mailto:ct1fbf@gmail.com" target="_blank">ct1fbf@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">A fissura num grande bloco de gelo, na plataforma Larsen C, partiu-se<br>
em duas, assumindo a forma de uma língua de cobra.<br>
<br>
A separação do icebergue está para muito breve, avisam os vigilantes cientistas.<br>
<br>
Há vários meses que o bloco de gelo é notícia, relatando-se cada<br>
avanço da fissura na plataforma Larsen C. Actualmente, existem 180<br>
quilómetros de uma fenda aberta no gelo da Antárctida que foi<br>
crescendo a um ritmo impressionante nos últimos meses. O final é mais<br>
ou menos previsível: um icebergue gigante, com cinco mil quilómetros<br>
quadrados, vai soltar-se da plataforma. E depois?<br>
<br>
Está quase. Desde Fevereiro que a fenda na plataforma Larsen C parecia<br>
ter abrandado a sua progressão no gelo, mas a 1 de Maio foi observada<br>
uma mudança no cenário branco. Uma das pontas do risco no gelo<br>
abriu-se em duas, apresentando agora uma bifurcação semelhante à<br>
língua de uma cobra. O “novo ramo”, que nasceu dez quilómetros antes<br>
do fim da fenda, surgiu mais perto do mar e dirige-se para a frente de<br>
gelo, segundo os dados recolhidos pelo cientistas do Projecto Midas,<br>
da Universidade de Swansea, no País de Gales (Reino Unido) que<br>
acompanham a evolução da plataforma Larsen C. O ramo que actualmente<br>
terá cerca de dez quilómetros de comprimento não aumenta o tamanho da<br>
fenda original, mas deverá aumentar a fragilidade do bloco do gelo<br>
formando uma ponta com duas brechas.<br>
<br>
Em Janeiro, quando só havia uma fenda, o rasgo no gelo já tinha cerca<br>
de 175 quilómetros, faltavam 20 para se partir. Agora, com o tal<br>
abrandamento registado desde Fevereiro, as duas pontas quase paralelas<br>
da fenda chegam aos 180 quilómetros. Segundo os investigadores, a<br>
abertura deste novo ramo terá surgido quando a fissura original<br>
atingiu gelo mais macio e por isso mais difícil de se fracturar,<br>
transferindo a pressão e tensão para outra zona do bloco.<br>
<br>
Segundo uma publicação dos investigadores no site do Projecto Midas, a<br>
observação directa do novo ramo da fenda é difícil por causa do<br>
Inverno que está actualmente instalado na Antárctida. Assim, explicam<br>
na nota, as observações foram apoiadas nas imagens de interferometria<br>
recolhidas pelos satélites Sentinela, da Agência Espacial Europeia.<br>
“Embora o comprimento da fenda tenha ficado estável durante vários<br>
meses, tem crescido de forma constante, a taxas superiores a um metro<br>
por dia. Este alargamento tem aumentado sensivelmente desde o<br>
desenvolvimento do novo ramo, como pode ser visto nas medições da<br>
velocidade do fluxo de gelo”, referem os cientistas.<br>
<br>
E agora?<br>
<br>
Quando este bloco de gelo se separar, a plataforma Larsen C perderá<br>
mais de 10% da sua área, fazendo com que a frente de gelo fique na<br>
posição mais recuada de sempre. “Este fenómeno vai mudar de forma<br>
fundamental a paisagem da Península Antárctica”, dizem os<br>
investigadores dedicados ao Projecto Midas, lembrando que a “nova<br>
configuração será menos estável”. Por outro lado, referem que é<br>
possível que a Larsen C siga o exemplo da sua vizinha (Larsen B), que<br>
se desintegrou em 2002, após um fenómeno semelhante ao que está agora<br>
a acontecer.<br>
<br>
Gigantesco icebergue prestes a nascer na Antárctida<br>
<br>
As lições aprendidas com a desintegração da Larsen A e a Larsen B, em<br>
1995 e 2002, mostram também que a entrada no oceano destes grandes<br>
blocos de gelo, que são a parte final dos glaciares, aumenta o nível<br>
do mar.<br>
<br>
Ao Inverno que alonga as noites na Antárctida e dificulta as<br>
observações e ao gelo macio, soma-se outro factor que pode acelerar o<br>
inevitável desfecho da separação do icebergue. O centro de<br>
investigação British Antarctic Survey publicou na semana passada um<br>
estudo que mostra que naquela zona sopra actualmente um especial vento<br>
quente (foehn) que cai sobre as montanhas da península para a<br>
plataforma de gelo Larsen C e que pode ajudar a derrete-la. Se um dia<br>
ocorrer o colapso da Larsen C (e para confirmar se isto acontece ainda<br>
será preciso esperar muito tempo), não será um caso inédito.<br>
<br>
A lista de plataformas de gelo que se partiram, recuaram ou perderam<br>
volume nas últimas décadas é longa. Faz parte do ciclo de vida dos<br>
glaciares. Uma das explicações para este tipo de fenómenos está<br>
centrada nas alterações climáticas. E a Península Antárctica é dos<br>
locais que têm estado a aquecer mais depressa no planeta: desde 1950,<br>
a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius.<br>
Porém, esta separação do icebergue da plataforma flutuante de gelo<br>
poderá ter também causas naturais, uma vez que os colapsos destas<br>
placas são frequentemente o resultado de questões dinâmicas. O mais<br>
provável mesmo será estarmos a assistir ao resultado da força da<br>
natureza, empurrada pela mão humana.<br>
<br>
Resta esperar. A cada seis dias, há um radar em satélites que envia<br>
informação sobre a superfície de gelo para os investigadores.<br>
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Fonte: Jornal Publico<br>
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