<div dir="ltr"><h1 class="gmail-pettitle" style="font-stretch:normal;font-size:18px;line-height:normal;font-family:tahoma,geneva,sans-serif;margin:0px auto;color:rgb(17,17,17)">Reposição dos indicativos de Chamada CU1 a CU9 dos Radioamadores da Região Autónoma dos Açores</h1><h2 class="gmail-petto" style="font-weight:normal;font-stretch:normal;font-size:14px;line-height:normal;font-family:tahoma,geneva,sans-serif;margin:0px;padding:10px 0px;color:rgb(17,17,17)"><span style="color:rgb(162,0,0);font-weight:bold;font-size:16px">Para:</span> Ex.ma Srº Presidente do Conselho de Administração da ANACOM, Professora Fátima Barros</h2><div style="font-stretch:normal;font-size:14px;line-height:1.43;font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(85,85,85);margin-top:15px">A actividade de Radioamadorismo na Região Autónoma dos Açores, regulada pelo decreto-lei 53/2009 de 2 de Março, e à semelhança do resto do mundo, tem vindo a adaptar-se à evolução tecnológica, cujo impacto traduziu-se no desenvolvimento de novas formas de operação e num posicionamento inovador perante a sociedade. <br><br>O desenvolvimento da internet e de todas as tecnologias associadas, permitiu a criação de canais de comunicação de fácil acesso e de relativo baixo custo à maioria da população mundial, no entanto, e não obstante se tratar de um hobbie, a actividade de radioamadorismo continua a desempenhar um papel relevante ao nível das comunicações, quer regulares quer em contexto de emergência, a proporcionar a promoção de temáticas relacionadas com a electrónica e telecomunicações, a facilitar e a promover o contacto inter-geracional e inter-comunitário, e a divulgar as culturas e as tradições dos povos, contribuindo para a sua aproximação e coesão. <br><br>Os radioamadores da Região Autónoma dos Açores não são excepção à regra e têm vindo a dar a sua contribuição no desenvolvimento social, na promoção cultural, no acompanhamento da evolução tecnológica, na promoção do associativismo e na gestão de situações de emergência, como foram os casos de tremores de terra, enxurradas, derrocadas, etc, trabalhando aliás sempre em estreita colaboração com o Serviço Regional de Protecção Civil. <br><br>Há mais de 30 anos, mais concretamente a 1 de Dezembro de 1985, foi atribuído ao serviço amador de radiocomunicações na Região Autónoma dos Açores, os denominados indicativos de chamada (IC): CU1 a CU9, permitindo assim uma identificação clara e inequívoca de cada uma das 9 ilhas dos Açores. A identidade de cada uma das ilhas permitiu uma gestão mais eficaz das comunicações quer em termos regionais, como é o caso de situações de emergência, quer nacional e internacionalmente pela fácil identificação do arquipélago e das suas ilhas. <br><br>Infelizmente com a publicação do Decreto-Lei 53/2009 de 2 de Março, e de acordo com o n.º 5 do seu artigo 16º, a ANACOM publicou um novo conjunto de procedimentos, através dos quais os referidos indicativos de chamada (IC) CU1 a CU9, são eliminados e substituídos pelo indicativo de chamada CT8. <br><br>Esta alteração levou a que a actividade de radioamadorismo na Região Autónoma dos Açores ficasse fortemente diminuída, ora veja-se: <br><br>•        Cada uma das ilhas dos Açores deixam de ser individualmente identificadas, não sendo agora possível identificar desde logo o local de operação do radioamador, o que se traduz numa descaracterização do arquipélago no que respeita à sua diversidade: 9 ilhas, 9 realidades distintas, passam agora a ser misturadas num uma única realidade, ou seja, um único indicativo de chamada CT8, em vez dos que até então estavam em vigor: <br><br>o        CU1 – Santa Maria <br>o        CU2 – São Miguel <br>o        CU3 – Terceira <br>o        CU4 – Graciosa <br>o        CU5 – São Jorge <br>o        CU6 – Pico <br>o        CU7 – Faial <br>o        CU8 – Flores <br>o        CU9 - Corvo <br><br>•        Acresce, que a gestão das comunicações em situações de emergência, como aliás comprovado no passado, é mais eficaz quando cada ilha tem a sua própria identificação; <br><br>•        Há uma desvalorização nacional e internacional em termos de procura pela Região Autónoma dos Açores e por Portugal, porque quem opera nas ilhas não tem logo uma identificação clara da sua localização, o que em concursos internacionais, que são variados, e na operação normal de um radioamador, é uma grande desvantagem competitiva, comparativamente com arquipélagos similares. <br><br>Conclui-se assim que a atribuição em 2009 do indicativo de chamada CT8 à Região Autónoma dos Açores, para além de ter criado as dificuldades já apresentadas, em nada valorizou o país como um todo, na medida em que se traduziu numa redução clara e inequívoca da percepção externa da diversidade de Portugal, o que per si deveria ser um factor diferenciador do país no mundo. <br><br>Note-se também que as regras relacionadas com as diversas categorias do serviço de amador de radiocomunicações são, num cenário de ICs CU1 a CU9, facilmente acomodadas, estando desde já os signatários disponíveis para propor um modelo adequado para o efeito. <br><br>Perante o exposto, os signatários desta petição vêm requerer a V. Exa. a reposição dos indicativos de chamada atribuídos ao serviço de amador de radiocomunicações na Região Autónoma dos Açores, para os IC CU1 a CU9, tal como estiveram em vigor desde 1985 a 2009, ou seja, durante mais de 20 anos. <br><br>A diversidade do País, onde se inclui a Região Autónoma dos Açores, não pode deixar de ser vista como um factor diferenciador em termos externos, e sem dúvida os IC CU1 a CU9 nos Açores, são mais uma contribuição neste âmbito. <br><br>Os Radioamadores da Região Autónoma dos Açores</div><div style="font-stretch:normal;font-size:14px;line-height:1.43;font-family:arial,helvetica,sans-serif;color:rgb(85,85,85);margin-top:15px">Fonte: <a href="http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ICs-Acores">http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ICs-Acores</a></div></div>