<div dir="ltr"><div>Einstein estava certo: 100 anos depois, eis as ondas gravitacionais<br><br>Fenómeno teorizado por Einstein nunca tinha sido confirmado. Sinais foram identificados durante a fusão de dois buracos negros localizados a mais de mil milhões de anos da Terra<br><br>Há 1 hora Andreia Miranda<br><br><br>Cientistas do Observatório Norte-Americano de Interferometria Laser (LIGO) revelaram que detetaram pela primeira vez, diretamente, ondas gravitacionais, colocando assim termo a meses de rumores e grande expectativa entre a comunidade científica perante uma descoberta que abre a porta à redescoberta do Universo, desta vez sem necessidade da luz.<br><br>A descoberta foi anunciada numa conferência de imprensa em Washington. Os cientistas identificaram os sinais, durante a fusão de dois buracos negros localizados a mais de mil milhões de anos da Terra.</div><div><br><a href="https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=c7293kAiPZw">https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=c7293kAiPZw</a><br><br>"As ondas gravitacionais foram detectadas a 14 de setembro de 2015, às 8:51 da manhã do horário de Lisboa, por ambos detectores gémeos do Observatório Interferométrico de Ondas Gravitacionais LIGO (do inglês Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory), localizados em Livingston, Louisiana, e Hanford, Washington, nos EUA. Os Observatórios LIGO são financiados pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA (sigla NSF em inglês), e foram concebidos, construídos e são operados pelos institutos de Tecnologia da Califórnia e de Massachusetts (siglas Caltech e MIT em inglês). A descoberta, aceite para publicação no jornal cientifico Physical Review Letters, foi feita pela Colaboração Cientifica LIGO (a qual inclui a Colaboração GEO600 e o Consórcio Australiano de Astronomia Interferométrica Gravitacional) e a Colaboração Virgo utilizando dados dos dois detectores LIGO."<br><br>Segundo a mesma equipa, a primeira deteção destas ondas gravitacionais vai criar uma nova era para a astronomia, uma vez que é o culminar de décadas de investigação. O fenómeno, teorizado há 100 anos por Einstein na Teoria da Relatividade, nunca tinha sido confirmado. <br><br><br>O que são ondas gravitacionais e buracos negros?<br><br>As ondas gravitacionais deformam o "tecido" do espaço-tempo ao propagarem-se à velocidade da luz. Segundo Albert Einstein, as ondas gravitacionais transportam energia e radiação gravitacional.<br><br>De forma simplificada, imagine que o peso das pessoas aumentava para o dobro num momento e no momento seguir voltar ao normal.<br><br>Um buraco negro é geometricamente definido por uma região de espaço-tempo com bastante força gravitacional que nada pode escapar, incluindo partículas e radiação eletromagnética como a luz.<br><br>De forma simplificada, trata-se de uma região do espaço que possui uma quantidade tão grande de massa concentrada num espaço pequeno que nada consegue escapar da sua atração, nem mesmo a luz, e é por isso que são chamados de “buracos negros”.<br><br> <br><br>Leia o comunicado do Observatório</div><span style="font:inherit;margin:0px;padding:0px;border:0px currentColor;vertical-align:baseline;font-size-adjust:inherit;font-stretch:inherit"><div> </div><h1 style="margin:10px 0px 30px;padding:0px;border:0px currentColor;color:rgb(51,51,51);text-transform:none;line-height:1.1;text-indent:0px;letter-spacing:normal;font-family:Montserrat,sans-serif;font-style:normal;font-variant:normal;font-weight:400;word-spacing:0px;vertical-align:baseline;white-space:normal;font-size-adjust:none;font-stretch:inherit;background-color:rgb(255,255,255)"><a title="View Ondas gravitacionais detetadas pela primeira vez on Scribd" style="margin:0px;padding:0px;border:0px currentColor;color:rgb(0,182,149);line-height:inherit;font-family:Montserrat,sans-serif;font-style:inherit;font-variant:inherit;font-weight:400;text-decoration:underline;vertical-align:baseline;font-stretch:inherit" href="https://pt.scribd.com/doc/298973101/Ondas-gravitacionais-detetadas-pela-primeira-vez"><font size="4">Ondas gravitacionais detetadas pela primeira vez</font></a></h1></span><div style="font:14pt/normal Montserrat-light,sans-serif;margin:0px 0px 40px;padding:0px;border:0px currentColor;color:rgb(51,51,51);text-transform:none;text-indent:0px;letter-spacing:normal;word-spacing:0px;vertical-align:baseline;white-space:normal;font-size-adjust:none;font-stretch:inherit;background-color:rgb(255,255,255)"></div></div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 11 de fevereiro de 2016 17:27, João Costa > CT1FBF <span dir="ltr"><<a href="mailto:ct1fbf@gmail.com" target="_blank">ct1fbf@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div dir="ltr"><h1 style="margin:0px 0px 0.5rem;padding:0px;line-height:2.8rem;font-family:Roboto,sans-serif;font-size:2.4rem">Oiça: som de buracos negros a colidirem prova Teoria da Relatividade Geral</h1><div style="margin:0.5rem 0px;padding:0px;color:rgb(26,26,26);text-transform:uppercase;line-height:1.4rem;font-family:Roboto,sans-serif;font-size:0.81rem">HÁ 2 HORAS<span title="409 partilhas" style="margin-right:6px"><span style="text-transform:none;line-height:1;padding-right:4px;font-family:icomoon!important;speak:none"></span>409 PARTILHAS</span></div><div style="margin:0px;padding:0px;color:rgb(26,26,26);line-height:16px;font-family:Roboto,sans-serif;font-size:16px"><p style="margin:0px 0px 1.2rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-family:inherit;font-size:1.2rem">Um grupo de cientistas conseguiu ouvir a colisão entre dois buracos negros, provando que as ondas gravitacionais existem. A Teoria da Relatividade Geral de Einstein foi finalmente comprovada.</p></div><div style="margin:1rem 0px;padding:0px;color:rgb(26,26,26);line-height:16px;font-family:Roboto,sans-serif;font-size:16px"><a style="color:rgb(38,38,38);line-height:inherit;text-decoration:none" href="http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/02/11153808/black-hole_770x433_acf_cropped.jpg" target="_blank"><img style="border: currentColor; width: 669.32px; vertical-align: middle; display: inline-block; min-height: auto; max-width: 100%;"></a><div style="margin:1rem 0px 0px;padding:0px"><p style="margin:0px 0px 1.25rem;padding:0px;color:grey;line-height:1.6;font-family:inherit;font-size:0.8rem">Wikimedia Commons</p></div></div><div style="padding:0px;width:auto;color:rgb(26,26,26);line-height:16px;font-family:Roboto,sans-serif;font-size:16px;max-width:none"><div style="margin:0px;padding:0px 0.93rem;width:174.82px;float:left"><div style="margin:0px 0px 1rem;padding:0px"><h6 style="margin:0.2rem 0px 0.5rem;padding:0px;color:rgb(0,188,240);line-height:1.4;font-size:1rem">Autor</h6><ul style="list-style:none;margin:0px;padding:0px;line-height:1.6;font-family:inherit;font-size:1rem"><li style="margin:0px 8px 12px 0px;padding:0px;line-height:1.2rem;clear:left;font-size:0.8rem;float:none;min-height:auto"><span style="padding:0px 4px 0px 0px;width:32px;text-align:center;color:rgb(38,38,38);line-height:1.1rem;text-decoration:none;margin-right:6px;float:left;min-height:28px"><a style="padding:0px;color:rgb(38,38,38);line-height:1.1rem;text-decoration:none" href="http://observador.pt/perfil/mlferreira/" target="_blank" rel="author"><img width="200" height="200" style="border-radius: 15px; border: currentColor; width: 28px; margin-right: 6px; vertical-align: middle; display: inline-block; min-height: 28px; max-width: 100%;"></a></span><span style="padding:4px 0px 0px;color:rgb(38,38,38);line-height:1.1rem;font-weight:600;text-decoration:none;float:none"><a style="padding:0px;color:rgb(38,38,38);line-height:1.1rem;text-decoration:none" href="http://observador.pt/perfil/mlferreira/" target="_blank" rel="author">Marta Leite Ferreira</a> in Observador</span></li><li style="margin:0px 8px 6px 0px;padding:2px 0px 0px;line-height:1.2rem;clear:left;font-size:0.8rem;float:none;min-height:24px"><a style="padding:0px;color:rgb(38,38,38);line-height:20px;text-decoration:none" href="mailto:mlferreira@observador.pt" target="_blank"><font color="#262626"><span style="line-height:1;padding-right:12px;padding-left:4px;font-family:icomoon!important;font-size:1.2rem;vertical-align:middle;speak:none"></span></font><font color="#262626"><span style="line-height:20px"> </span></font></a></li></ul></div></div><div style="margin:0px;padding:0px 0.93rem;width:524.48px;float:right"><div style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-family:Georgia,Times,"Times New Roman",serif;font-size:1.1rem"><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">A Teoria da Relatividade Geral de Einstein foi oficialmente confirmada esta quinta-feira. Um grupo de astrónomos afirmou ter conseguido ouvir e gravar o som de dois buracos negros a colidirem a mil milhões de anos-luz de distância, produzindo ondas gravitacionais. Esta é a primeira prova de que essas deformações existem mesmo no tecido espaço-tempo e que perturbam os campos gravitacionais, algo que Albert Einstein havia previsto no século passado.</p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">O anúncio foi realizado pelos cientistas do Observatório de Interferometria Laser de Ondas Gravitacionais dos Estados Unidos da América. De acordo com as informações dadas aos jornalistas na conferência de imprensa convocada esta tarde, estas ondas gravitacionais (com 50 vezes mais energia que todas as estrelas do universo) fizeram vibrar as antenas do LIGO montadas em Washington e no Louisiana.</p><div style="margin:0px;padding:0px;text-align:center"></div><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">O relatório da descoberta, escrito por mais de 1000 autores incluindo alguns cientistas europeus, foi publicado esta quinta-feira na Physical Review Letters. “Acho que este vai ser um dos maiores avanços na física por muito tempo”, disse Szabolcs Marka, um cientista e académico do LIGO. Oiça aqui em baixo a gravação que o LIGO fez do som produzido pelos dois buracos negros a colidirem.</p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem"></p><div style="margin:0px;padding:329.65px 0px 0px;width:494.48px"></div><p></p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Três dos cientistas mais envolvidos na descoberta foram Kip Thorne (Instituto da Tecnologia de Califórnia), Rainer Weiss (Instituto da Tecnologia de Massachusetts) e Ronald Drever, um cientista reformado da Caltech. Eles explicam que até agora o tecido espaço-tempo “nunca tinha sido visto em perturbação”: seria o mesmo que nenhum de nós ter visto o mar revoltado ou num dia de tempestade. Quando os dois buracos negros colidiram, “o fluxo de tempo acelerou, depois abrandou e depois voltou a acelerar”, conta ao <a style="color:rgb(0,188,240);line-height:inherit;text-decoration:none" href="http://www.nytimes.com/2016/02/12/science/ligo-gravitational-waves-black-holes-einstein.html?action=Click&contentCollection=BreakingNews&contentID=58902517&pgtype=Homepage&_r=0" target="_blank">The New York Times</a> o astrónomo Kip Thorne.</p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Em 1951, Albert Einstein veio colocar um ponto de interrogação nas afirmações de Newton, que defendiam uma estrutura fixa do universo. Ao contrário do cientista britânico, o criador da Teoria da Relatividade Geral veio afirmar que a matéria e a energia podiam distorcer o universo. Como? Imagine que coloca uma bola de ferro em cima de uma esponja. Essa bola vai deformar a esponja, fazendo com que ela se curve. De acordo com a Teoria de Einstein, essa curva é a gravidade.</p><div style="margin:0px;padding:0px"><img width="787" height="820" style="vertical-align: middle; display: inline-block; min-height: auto; max-width: 100%;" alt="JERUSALEM - MARCH 7: In this handout file photo provided by The Hebrew University of Jerusalem shows a page from Albert Einstein's General Theory of Relativity which is going on display at the Israeli Academy of Sciences and Humanities on March 7, 2010 in Jerusalem, Israel. The complete original manuscript of Einstein's ground-breaking theory, which he donated to the university during its inauguration in 1925, is being displayed in its entirety for the first time. (Photo by The Hebrew University of Jerusalem via Getty Images)"><p style="margin:1rem 0px 2rem;padding:0px;line-height:1.2rem;font-family:Roboto;font-size:0.85rem">Uma das páginas do documento onde Albert Einstein explica a Teoria da Relatividade Geral. Créditos: The Hebrew University of Jerusalem via Getty Images</p></div><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Esse é ponto assente, agora que pudemos ouvir dois buracos negros a colidirem: os corpos com grande massa curvam o tecido espaço-tempo. Por isso, se dois corpos de grande massa chocarem, a colisão iria provocar ondas nesse tecido que podem viajar no vazio à velocidade da luz (aproximadamente 300.000.000 metros por segundo). De acordo com as observações dos cientistas, as ondas gravitacionais comprimem o universo numa determinada direção, mas têm o efeito exatamente contrário na direção inversa.</p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Esta não é a primeira vez que os cientistias dizem ter encontrado ondas gravitacionais, mas é a única onde as provas da descoberta são fiáveis. Em 1969, o físico Joseph Weber anunciou ter conseguido detetar ondas gravitacionais utilizando um cilindro de alumínio como antena, que vibrava quando detetava ondas numa determinada frequência. Os resultados não puderam ser duplicados em laboratório por outros cientistas, por isso o anúncio foi descredibilizado.</p><div style="margin:0px;padding:0px;text-align:center"></div><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem"></p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Menos de dez anos mais tarde, Joseph H. Taylor Jr. e Russell A. Hulse descobriram duas estrelas de neutrões que orbitavam uma em redor da outra. Uma delas era uma pulsar: de cada vez que emitia um impulso de radiação eletromagnética, ambas perdiam energia e aproximavam-se na mesma magnitude em que o fariam se emitissem ondas gravitacionais. Esta explicação valeu-lhes o Nobel da Física em 1993.</p><p style="margin:0px 0px 1.6rem;padding:0px;line-height:1.7rem;font-size:1.1rem">Mais recentemente, em 2014, o grupo científico Bicep disse ter detetado indícios da existência de ondas gravitacionais vindas do Big Bang através de um telescópio montado do Polo Sul, mas veio a corrigir o comunicado admitindo que os dados recolhidos podem ter sido deturpados pela interferência de poeira interestelar.</p></div></div></div></div>
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