<div dir="ltr"><div class="gmail_quote">Começou no dia 26 em São Paulo capital a edição 2015 da Futurecom,<br>
evento que visa discutir novas tecnologias de telecomunicações e<br>
prever tendências para esse mercado. O TecMundo esteve presente e pôde<br>
acompanhar alguns seminários pré-feira que serviram como ponto de<br>
partida para o congresso.<br>
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Uma dessas apresentações foi a da HomePlug Alliance, consórcio formado<br>
por 44 empresas cujos objetivos são certificar e desenvolver novos<br>
protocolos para a tecnologia de Power Line Communication (PLC). Já<br>
falamos sobre esse conceito aqui no TecMundo; trata-se daqueles<br>
extensores que utilizam a rede elétrica para expandir o alcance de sua<br>
rede de internet.<br>
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Rob Ranck, diretor da aliança, prevê que o Brasil logo se tornará um<br>
grande mercado para esse tipo de dispositivo, ressaltando que se trata<br>
de uma tecnologia complementar ao bom e velho WiFi. Com o advento do<br>
conceito de Internet das Coisas, é cada vez mais comum vermos<br>
televisores inteligentes e eletrodomésticos que precisam estar<br>
conectados à rede para funcionar de forma eficiente.<br>
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Avanços no setor<br>
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Essa mesma visão é compartilhada por Purva Rajkotia: o diretor de<br>
produto da Qualcomm Atheros comenta que os roteadores (certificados<br>
pela WiFi Alliance) são essenciais para dispositivos móveis, enquanto<br>
os dispositivos HomePlug podem ser usados para conectar aparelhos que<br>
naturalmente precisam estar sempre plugados em uma tomada. O executivo<br>
também ressalta o crescimento desse mercado ao longo dos últimos anos,<br>
afirmando que mais de 180 milhões de powerlines já foram vendidos<br>
desde 2011.<br>
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Rajkotia destaca que a HomePlug Alliance conta atualmente com três<br>
especificações para seus produtos: a Green PHY é otimizada para<br>
consumir menos energia elétrica, a AV representa a tecnologia<br>
“padrão”, e a recém-anunciada AV2 possui um desempenho até três vezes<br>
maior do que o protocolo original. Dispositivos com tal especificação<br>
possuem suporte a beamforming, ou seja, direcionam sua rede WiFi<br>
especificamente para os dispositivos conectados.<br>
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Além disso, embora os powerlines geralmente sejam vistos como um item<br>
de varejo, o executivo comenta que muitas provedoras de banda larga ao<br>
redor do mundo (especialmente aquelas que oferecem serviços de IPTV,<br>
ou seja, televisão por internet) têm adotado esses gadgets para<br>
oferecer uma melhor experiência para seus assinantes. Na América<br>
Latina, a principal companhia a adotar essa postura é a Telmex, do<br>
México.<br>
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Purva Rajkotia durante sua apresentação na Futurecom 2015<br>
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Atendendo às novas demandas<br>
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Nelson Ito, gerente de negócios ISP da TP-LINK, subiu ao palco e<br>
exemplificou por que os powerlines são necessários nos dias de hoje.<br>
“Para assistir a um filme na Netflix em resolução HD, por exemplo,<br>
você precisa de uma rede de 5 Mbps, sendo necessária uma conexão de 25<br>
Mbps para vê-lo em Ultra HD”, comentou, ressaltando o aumento do<br>
número de conteúdos na qualidade 4K.<br>
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De acordo com testes feitos pela própria TP-LINK com dispositivos<br>
próprios disponíveis no mercado, a taxa de transferência média<br>
alcançada por um repetidor comum é de 10 Mbps, enquanto os powerlines<br>
podem alcançar 50 Mbps com facilidade. Embora a companhia só ofereça<br>
dois modelos de extensores PLC nas gôndolas brasileiras (ambos com<br>
especificação AV), Nelson ressalta que a marca vem fazendo um amplo<br>
trabalho para educar o país a adotar essa tecnologia, participando<br>
inclusive de eventos de grande porte como a BGS 2015.<br>
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Nelson Ito fala sobre as vantagens do powerline em relação aos<br>
extensores WiFi convencionais<br>
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Mas, afinal, como funciona?<br>
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Vale a pena explicar novamente como os powerlines funcionam para quem<br>
ainda não conhece essa tecnologia.<br>
Trata-se de um pequeno gadget que, ao ser conectado ao seu roteador e<br>
em uma tomada comum, transforma toda a sua rede elétrica em uma rede<br>
de internet, puxando a conexão do router através de um cabo RJ45.<br>
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A partir daí, coloca-se uma segunda peça em qualquer tomada em outra<br>
parte de sua residência e ela se transforma em um segundo roteador,<br>
podendo também ser usada como ponto de internet cabeada através da<br>
porta ethernet. A ideia é usar a fiação de cobre já estabelecida em<br>
sua casa para aumentar o alcance de sua rede WiFi, sem ter que se<br>
preocupar com interferências físicas como paredes. Com a tecnologia<br>
PLC, todos os cômodos de uma construção são interligados de forma<br>
simples e eficiente.<br>
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Embora ainda seja difícil encontrar powerlines aqui no Brasil, eles já<br>
fazem um sucesso absurdo lá fora. No mercado estrangeiro, é possível<br>
achar até mesmo modelos que são equipados com sockets, para que você<br>
não perca aquela tomada onde o dispositivo está ligado. Na China, já<br>
são comuns também os roteadores com módulos PLC integrados, que já<br>
transformam sua rede elétrica em uma rede de internet assim que ele<br>
for eletrizado. Infelizmente, não há previsão para a chegada desse<br>
tipo de aparelho no Brasil.<br>
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Fonte: TecMundo<br>
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